NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Um brado por justiça no Brasil - O Estado de Direito e a barbárie do STF

Se houver um leitor de qualquer parte do Mundo, por favor divulgue!!!
quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O Estado de Direito e a barbárie do STF

O Outro Lado da Notícia



O Estado de Direito é um projeto racional. Ele é, a um só tempo, produto da civilização e um dos mecanismos políticos que a garantem. O Estado não pode funcionar pelo impulso de um momento de dor ou de revolta. Ou seja: não pode atuar movido por emoções individuais. Por mais naturais e compreensíveis que sejam esses sentimentos, eles não podem ser institucionalizados. O Estado precisa ser equilibrado. Ímpetos não podem virar leis.


O bom Estado — aquele que queremos construir para elevar a sociedade a um novo patamar — é o Estado que pertence e serve a todos em geral e a ninguém em específico. O Estado, em última análise, deve existir para instaurar a ordem e a igualdade de direitos e deveres entre os cidadãos. O pano de fundo desse cenário democrático é a tolerância, o viés humanista, as forças da civilização. A alternativa a tudo isso é a barbárie. Não há a menor justiça na justiça feita com as próprias mãos. Ou com a própria cabeça, como fizeram os ministros do STF que votaram contra a lei. Nem mesmo quando é o aparato estatal que intermedeia a desforra.


O Estado não pode jamais abdicar da civilização que representa e jogar pelas anti-regras da barbárie que suplanta. Sobretudo, é importante compreender que justiça não é vingança e que vingança não é justiça. Segundo o filósofo Paul Ricoeur, um dos mais importantes pensadores franceses do século XX, a função do Estado é atuar como o terceiro elemento, neutro, em um litígio, e estabelecer "uma justa distância entre a transgressão que desencadeia a cólera privada e pública, e a punição infligida pela instituição judicial". Enquanto a vingança estabelece um "curto-circuito entre dois sofrimentos, o suportado pela vítima e o infligido pelo vingador", a justiça "interpõe-se entre os dois, instituindo a justa distância" entre agressor e agredido, sob a égide da lei.


Somente o Estado de Direito colocado nesta posição imparcial, segundo Ricoeur, pode gerar justiça, ou seja, levar ao restabelecimento do direito. A sentença, para Ricoeur, ao transformar a punição em palavra, constrói a justa distância entre o crime e o seu castigo. A sanção, ancorada na lei, quebra o moto-contínuo de violência entre eles. E assim dirime a vingança, a tentação da barbárie, a truculência que de outro modo se reproduziria ad infinitum entre vítima, criminoso e vingador. Esse raciocínio confirma que a anti-regra do "olho por olho, dente por dente" é coisa afeita ao tempo dos clãs, onde não havia Estado de Direito, lei ou justiça. Imperava a lógica da vingança. Quem matava morria, quem mutilava era mutilado. Uma realidade anterior à civilização, em que reinava o caos.


É triste, muito triste, como cidadão moderno, democrata do século XXI, ver esses lamentáveis juízes do STF que condenaram José Dirceu e outros sem provas empenhados em retornar às sombras. No Estado democrático, a punição que se inflige a um criminoso não é devida à vítima. Ela é devida à lei. Ou melhor, segundo Ricoeur, é "devida à vítima porque devida à lei". Pensar no Estado como um veículo de vingança — ou que chancela a vingança — e não de justiça é sistematizar o linchamento. A grande questão que se impõe, e que ajuda a definir o estágio de civilização de uma sociedade, é que o direito à justiça deve ser garantido inclusive para quem o violou.


Um assalto não se torna legal por ser praticado contra um ladrão. Com o homicídio, dá-se o mesmo. O ato de matar não se torna correto por ser praticado contra quem matou. Se é para retornar ao regime do Talião, seria melhor que abstraíssemos a intermediação algo deslocada do Estado legal. A vítima ou seus familiares deveriam poder matar o assassino, estuprar o estuprador, esfolar quem esfolou etc. José Dirceu, José Genoíno e outros injustiçados são cidadãos civilizados e sabem que a barbárie não há de imperar como espada de Dâmocles sobres suas cabeças por muito tempo. A Justiça virá.

Leia mais em: O Esquerdopata: O Estado de Direito e a barbárie do STF
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terça-feira, 2 de outubro de 2012

A política de DESINFORMAÇÃO da Imprensa- Empresa no Brasil Nacionalização do petróleo na Venezuela: Exxon perde em tribunal internacional de arbitragem


Terça-feira, 2 de outubro de 2012

A política de DESINFORMAÇÃO da Imprensa- Empresa no Brasil


Nacionalização do petróleo na Venezuela: Exxon perde em tribunal internacional de arbitragem


O presidente venezuelano, Hugo Chávez adotou linha dura com as companhias petrolíferas multinacionais e está rindo à-tôa!

A notícia não é nova: é de janeiro desse ano. Nós a usamos, só, para um exercício de demonstração, a comprovar o que já se sabe: o ‘'jornalismo'’ no Brasil não vale naaaaaaaaaada, e comprado e pago para ser lido, é puuuuuuro prejuízo para qualquer leitor-consumidor à procura de informação.


No ponto em que paramos de copiar notícias, porque era tuuuudo igual, um veículo do Grupo GAFE (Globo-Abril-Folha de S.Paulo-Estadinho – e a BBC!) copiando o que o outro publicara e todos copiando as agências internacionais de repetição de noticiário gerado nos EUA, a situação, no “jornalismo” (só rindo!) no Brasil-2012 era a seguinte:


No jornal O Globo, a mesma notícia aparece como “Exxon receberá 908 milhões em disputa com a Venezuela”;
Na revista Exame, do Grupo Abril, aparece como “Venezuela terá de pagar 900 milhões à Exxon”;
Na Folha de S.Paulo, aparece como “Exxon receberá 908 milhões em disputa com a Venezuela”;
No Jornal do Brasil, aparece como “Venezuela é condenada a pagar 907 milhões de dólares à Exxon” ;
Na BBC-Brasil aparece como “Venezuela terá de indenizar petroleira em US$ 908 milhões após nacionalização

Nos dispensamos de traduzir a matéria da Al-Jazeera – que não faz nenhum jornalismo excepcionalmente excelente, mas é infinitamente melhor que o “jornalismo” do Grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadinho - e da BBC!), que é o pior do mundo – porque o que há a dizer até que quase-aparece, sim, no jornalismo desinformativo brasileiro, desde que devidamente despido das camadas e camadas de manipulação e encobrimento dos fatos.


O fato que, dessa vez, o “jornalismo” do Grupo GAFE desinforma é simples:


O governo do presidente Chávez estatizou em 2007 as instalações e a operação da petroleira norte-americana Exxon, na Venezuela. A Exxon recorreu à Câmara Internacional de Comércio [orig. International Chamber of Commerce (ICC)], que tem sede em Paris, “exigindo” mundos e fundos a título de “reparação de danos”. Em janeiro de 2012, afinal, o recurso foi julgado.


Resultado desse julgamento, a ICC decidiu que a Exxon não tem direito a praticamente nenhuma das reparações que pediu.


“Dispensam-se comentários” – disse o presidente Chávez rindo de orelha a orelha. – O tribunal internacional decidiu que a Exxon só tem direito a 10% do que pediu. Vamos indenizar apenas o investimento inicial da empresa. Não chega a 10% do que a Exxon pedira. E pagaremos com dinheiro nosso congelado no exterior e dinheiro que a Exxon nos deve. Não desembolsaremos mais de $255 milhões”.


A única notícia, afinal, verdadeira, é a única que NÃO apareceu no “jornalismo” do Grupo GAFE e, pelo menos, apareceu em Al-Jazeera:


“Hugo Chávez está feliz. A Exxon pedira indenização de mais de $12 bilhões de dólares. A Venezuela pagará, no máximo, 5% do que a Exxon demandou, em processo que, de fato, a petroleira norte-americana perdeu – como admitiram vários especialistas consultados.
Eva Golinger, advogada, resumiu:


O governo da Venezuela oferecera $1 bilhão no início do processo de nacionalização. A Exxon recusou a oferta e processou a Venezuela exigindo $10 bilhões. Agora, depois de quatro anos de processo, com a sentença final do tribunal internacional, a Exxon receberá apenas $255 milhões.

“Tradicionalmente, a Exxon sempre procura o litígio, jamais o acordo” – disse a Al-Jazeera Steve LeVine, professor de segurança energética na Georgetown University. “Todo esse caso foi tentativa de a Exxon mandar “um recado” ao mundo, a todos que tentem discordar dos planos da empresa”.


Depois de recusar-se a obedecer às novas leis venezuelanas para o petróleo, em 2007, segundo as quais as empresas estrangeiras teriam de se tornar parceiras minoritárias da estatal venezuelana PDVSA, a Exxon e a ConocoPhillips, outra empresa norte-americana, retiraram todas as suas operações da Venezuela.


Há muitos boatos de que outras empresas estrangeiras estariam cancelando os projetos de petróleo na Venezuela. Mas além da Exxon e da ConocoPhillips, todas as demais multinacionais ocidentais ficaram, provavelmente porque os custos de saírem seriam altos demais – noticia a Al-Jazeera.


“A ChevronTexaco continua lá. Empresas europeias, francesas e italianas, continuam na Venezuela; os russos, chineses, indianos e brasileiros continuam onde sempre estiveram” – disse Golinger à Al-Jazeera. “Nenhuma empresa estrangeira deveria arriscar-se a usar o próprio poder político e econômico para tentar burlar legislação dos países onde operam. Foi o que a Exxon tentou fazer. E perdeu”.


A notícia de que a Exxon perdeu, em processo judicial contra a Venezuela, é, precisamente, o fato ativamente sonegado a quem busque informação no “jornalismo” brasileiro do grupo GAFE (Globo-Abril-FSP-Estadinho - e a BBC!). Até quando?!
Chris Arsenault
Do Al-Jazeera | Qatar
Traduzido e comentado pelo pessoal da Vila Vudu e redecastorphoto (título da postagem


Postado por zcarlos no Com Texto Livre

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Esses Malditos Comunistas "n+1" - En Cuba derrotaron al mal de Parkinson


En Cuba derrotaron al mal de Parkinson

Investigadores cubanos desarrollaron una técnica de implantes de células nerviosas vivas en lo profundo del cerebro que cura la enfermedad de Parkinson. El Dr. Julián Alvarez Blanco, director del Centro Internacional de Restauración Neurológica (CIREN), explicó que este logro de la medicina cubana se debe al desarrollo de un procedimiento quirúrgico de avanzada llamado cirugía estereotáxica, o cirugía de mínimo acceso, junto con novísimas técnicas de mapeo computarizado del cerebro y registros superficiales y profundos de la actividad eléctrica cerebral.

“Esto nos permite hoy colocar con precisión las células generadoras e implantarlas exactamente en las áreas afectadas -a través de una cánula de pequeñísimo diámetro- y con un mínimo riesgo para la vida del paciente”, precisó el Dr. Alvarez. “Es decir, se ha logrado establecer trayectorias muy certeras para llegar a estructuras profundas del cerebro. Nos enorgullecemos ciertamente de ser uno de los centros más avanzados del mundo en esta actividad de las neurociencias”, dijo el especialista cubano. El CIREN también da esperanzas a quienes han sufrido daño y muerte de células cerebrales que les ha producido afasias (dificultades de expresión y comprensión) a causa de accidentes encefálicos, trombosis, traumas cráneo-encefálicos y hemiplejías.

Los pacientes tratados en el CIREN recuperan muchas de las funciones perdidas al aplicárseles nuevos métodos neuro-restaurativos. Milagros médicos María José (Pepi) es una joven hispana que hace cuatro años quedó postrada, sin poder comer ni hablar, después de un accidente de automóvil. Su madre consiguió trasladarla al CIREN, donde logró aprender de nuevo a deglutir y a conectarse con el mundo exterior. Pepi mejoró así su calidad de vida. Héctor, empresario minero chileno que sufrió un accidente vascular encefálico, fue llevado a Cuba en camilla y al término del tratamiento regresó caminando. El hijo de un conocido político de la derecha chilena que padeció un grave accidente neurológico mejoró notablemente su calidad de vida tras su tratamiento en el CIREN. Cuando falleció, de vuelta en Chile, por otros motivos de salud, el joven pidió que sus restos fueran trasladados a Cuba, deseo que la familia cumplió.

El CIREN es un centro de restauración neurológica que también ha tenido interesantes resultados en la lucha contra el mal de Alzhaimer. En el instituto utilizan la capacidad del propio sistema nervioso para regenerar algunas células dañadas. Así lo explicó su director, el médico Julián Alvarez Blanco*: -Los principios de la restauración neurológica se sustentan en la reconocida capacidad del sistema nervioso central y periférico de reparar, en aras de la funcionalidad, los daños que se puedan ocasionar.

En general, el sistema nervioso contiene una cantidad de tejidos y células superiores a los que utiliza habitualmente, por lo que cualquier afectación parcial que sufra es posible suplirla mediante un trabajo sistemático de reactivación y lograr con ello, en un alto porcentaje, su funcionalidad. Existen evidencias científicas de que el daño neuromotor ocasionado por una lesión cerebral de determinada magnitud, puede reducirse notablemente estimulando los elementos supletorios del tejido subyacente.

En otras palabras, puede lograrse la restauración neurológica causada por accidentes cerebrales encefálicos, trombosis, traumas cráneo-encefálicos y hemiplejías, estimulando las funciones supletorias del tejido y las células mediante fármacos, estímulos psicológicos y psicométricos y activación muscular o del sistema osteomioarticular, explicó el Dr. Alvarez. Con representaciones en diferentes países, el CIREN ofrece sus servicios internacionalmente, compitiendo con centros médicos como Houston, pero sus tarifas son más bajas que las de sus competidores. El instituto selecciona previamente a los pacientes, es decir, no recibe a enfermos considerados “casos perdidos” sólo para sacarles dinero a sus angustiadas familias, como suele estilarse en la llamada “industria de la salud”. Quizás la única excepción sea el caso de la española Pepi, rechazada varias veces previamente, precisamente como “caso perdido”, cuya madre abordó al Dr. Alvarez en un congreso médico para obtener la oportunidad de terapia para su hija. Cuba también ofrece salud gratuita en Latinoamérica y otros lugares del planeta.

Por ejemplo en Chile, 60 jóvenes becarios pobres viajarán este año a comenzar a estudiar gratis en la Escuela Latinoamericana de Medicina en el próximo curso que comienza en septiembre. Treinta hombres y otras tantas mujeres fueron seleccionados equitativamente en todas las regiones del país, para completar un total de 400 alumnos chilenos que gratuitamente cursan medicina en Cuba, con una beca que incluye los estudios, el hospedaje, la alimentación y materiales de estudio. Hasta ahora 80 jóvenes chilenos se han graduado de médicos en la Isla. Derrota del Parkinson El CIREN se ha especializado en atacar la enfermedad de Parkinson. Esa fue la línea de trabajo en restauración neurológica que formó el núcleo original del centro. “Mediante cirugía estereotáxica -o de mínimo acceso-realizamos implantes en zonas profundas del cerebro de células de tejido embrionario, productoras de dopamina”, explicó el Dr. Alvarez. “Es un hecho demostrado que el Parkinson se produce por una inadecuada producción de dopamina, imprescindible sustancia para el control de los movimientos del ser humano”, añadió el galeno.

“En esta investigación sólo se incluye a los portadores de un Parkinson primario, cuya causa no sea secundaria a problemas vasculares o de otra índole, y en los cuales el tratamiento medicamentoso no surta los debidos efectos o sea el causante de trastornos tóxicos secundarios”, precisó el Dr. Alvarez. Los pacientes sometidos a esta técnica están comprendidos en un protocolo de investigación llamado CAPIT donde participan varios países que compatibilizan internacionalmente sus resultados. El Dr. Alvarez explicó que el CIREN ha desarrollado procedimientos quirúrgicos de avanzada, como la cirugía estereotáxica (de mínimo acceso), técnicas de mapeo computarizado del cerebro y registros superficiales y profundos de la actividad eléctrica cerebral.

“Esto permite hoy colocar con precisión las células generadoras e implantarlas exactamente en las áreas afectadas –a través de una cánula de pequeñísimo diámetro–, y con un mínimo riesgo para la vida del paciente”, precisó Alvarez. “Es decir, se ha logrado establecer trayectorias muy certeras para llegar a estructuras profundas del cerebro. Nos enorgullecemos, ciertamente, de ser uno de los centros más avanzados en el mundo en esta actividad de las neurociencias”, dijo el especialista cubano. Los neurotrasplantes aplicados a enfermos de Parkinson han tenido éxitos indiscutibles. Se aplican cuando el paciente ya no responde a los tratamientos medicamentosos. ‘Es un hecho comprobado que estos trasplantes disminuyen considerablemente el consumo de fármacos y mejoran también la calidad de vida de estos pacientes, los que pueden de inmediato incorporarse a sus actividades habituales sin las grandes limitaciones que produce la enfermedad”, indicó Alvarez.

Los éxitos en neurotrasplantes a enfermos de Parkinson se deben también al empleo de la cirugía estereotáxica (de mínimo acceso) y al perfeccionamiento logrado en Cuba de la tecnología de mapeo computarizado del cerebro y el registro y digitalización de las señales eléctricas de las zonas profundas del cerebro. Otras cirugías anti-Parkinson Los pacientes de Parkinson también tienen alivio con las técnicas llamadas Subtalamotomía selectiva, Palidotomía y Talamotomía, destinadas a eliminar los temblores en exceso o la rigidez de movimiento que manifiesta habitualmente esta afección, sin que ninguna técnica sea excluyente de otras, explicó el Dr. Alvarez.

En 1995, los investigadores del CIREN aplicaron por primera vez en el mundo una nueva técnica para el tratamiento quirúrgico del Parkinson, que en lenguaje médico se denomina ‘subtalamotomía dorso-lateral selectiva’. La técnica ‘consiste básicamente en ‘lesionar’ el núcleo subtalámico, una estructura neuronal, localizada en la profundidad del cerebro y que desempeña un papel fundamental en el control de los movimientos”, explicó el Dr. Alvarez. En los ‘90 se realizaron experimentos para conocer el rol del subtálamo en la disfunción del circuito motor en la enfermedad de Parkinson y el posible efecto terapéutico si se lo ‘lesiona’ para controlar los síntomas motores que produce el Parkinson.

“El estado del conocimiento actual de los mecanismos que originan los signos cardinales de la enfermedad de Parkinson -lentitud del movimiento, rigidez, temblor y alteraciones de los reflejos posturales- han permitido un renacer de las técnicas quirúrgicas para su tratamiento, apoyado en el desarrollo tecnológico”, señaló el Dr. Alvarez. La hipótesis de que una lesión parcial en la estructura del núcleo subtalámico pudiera revertir los síntomas principales de la enfermedad de Parkinson y las experiencias en primates, más el conocimiento de casos clínicos en que una lesión hemorrágica espontánea de esa estructura modificó favorablemente las manifestaciones clínicas de la enfermedad, condujeron a los cubanos a proponer un protocolo de investigación conjunta entre el CIREN y expertos españoles de la Clínica Quirón, de San Sebastián, para evaluar la eficacia de esta nueva técnica en pacientes con Parkinson avanzado. Desde 1987 Cuba utiliza la técnica del neurotrasplante y métodos de cirugía funcional estereotáxica (de mínimo acceso) como la Palidotomía y la Talamotomía. Numerosos estudios experimentales habían sugerido que el núcleo subtalámico podría constituir una estructura crucial en las manifestaciones motoras de la enfermedad. Otra línea de investigación clínica del quehacer científico del CIREN es la cirugía de las distonías, considerada uno de los cuatro temas principales que ocupan a las neurociencias del siglo 21, junto al Parkinson, demencias y enfermedades neuromusculares

. En general, el Centro dispone de servicios especializados para la atención de otras enfermedades degenerativas. Además del Parkinson, las distonías, el mal de Alzheimer, la esclerosis múltiple y el envejecimiento cerebral, el CIREN también atiende las lesiones de la médula espinal, nervios periféricos y enfermedades neuromusculares. Asimismo, trata enfermedades cerebrovasculares oclusivas como los infartos del cerebro. Además del tratamiento de traumatismos cráneo-encefálicos, ofrece un servicio de neuropediatría dedicado a la recuperación de niños con lesiones estáticas del sistema nervioso. Tratamientos multidisciplinarios Los tumores cerebrales se tratan con un enfoque neurobiológico que da resultados muy positivos, indicó Alvarez.

Según el médico cubano, en los medios científicos existe aún cierto escepticismo sobre las posibilidades de restablecimiento de personas con traumas de la médula espinal (paraplejias, cuadriplejias). Alvarez acepta que la recuperación es difícil para quienes sufren sección o lesiones medulares, pero afirma que para su mejoramiento resulta indispensable una acción integral y mancomunada de especialistas en rehabilitación, defectología, logopedia, psicología y electroestimulación, entre otras disciplinas. Según el Dr. Alvarez, el CIREN cuenta con un colectivo de profesionales que trabajan multidisciplinariamente, con programas diseñados para cada paciente. “No recibe el mismo tratamiento un paciente con lesión medular completa, sin conductividad eléctrica, que quien sufre de una lesión raquimedular y mantiene la conductividad”, dijo. “Y aquellos que presentan lesión con espasticidad (rigidez) recibirán un tratamiento diferenciado de quienes su trastorno les produzca flacidez. Ello hace posible programar objetivos a alcanzar durante el tratamiento, en correspondencia con las posibilidades reales del paciente. Para ello existe un esfuerzo de todo el colectivo de la institución, que viene logrando importantes éxitos en esta labor”.

En el Centro laboran 259 trabajadores profesionales, entre neurólogos, neurocirujanos y otras especialidades. El Dr. Alvarez insistió que “en nuestra institución no se brinda tratamiento a los pacientes como es tradicional en la medicina sintomática. Los especialistas del Centro abordan la terapéutica de manera multidisciplinaria, con un diseño especial para cada paciente, que abarca desde la administración de medicamentos de última generación hasta la cirugía más especializada, con aplicación de técnicas para la rehabilitación y corrección de defectos físicos e intelectuales y otras terapias dirigidas a la actividad psíquica, intelectual, sensitiva y motora. Por ello, se produce una incorporación social más rápida y efectiva de nuestros pacientes. Prueba fehaciente de ello es la opinión de miles de enfermos atendidos en la institución”.

domingo, 30 de setembro de 2012

O efeito das armas sujas! ou O que mesmo que os EEUUAA foram combater no Iraque?


Meu Pitaco: Não consegui ver todo o documentário! É forte demais! Os meus amigos e familiares que me protegem alertando sobre a minha Pressão Arterial, saibam que política não me altera! O que me altera é o banditismo yankee e seus apoiadores! O que me altera é saber que a nossa imprensa e seus seguidores nunca irão comunicar isso, assim como não comunicam as outras armas genocidas que não matam apenas militares, matam indiscriminadamente mulheres, crianças, velhos e agora... fetos. Onde estão os cristãos que são contra o aborto? Onde estão os que apoiaram o Grande Assassino do Norte na intentona contra armas químicas que não existiram, por serem de destruição em massa? A grande falácia que destruiu e está destruindo um povo! Por "money", para vender mais armas, para massacrar os mais fracos. Não é atoa que soldados que estão nesses "fronts" matam-se por serem criados para amarem a Deus e a matar por amarem assassinos que lhes comandam! Até quando! Até quando...
domingo, 30 de setembro de 2012

Contraponto 9353 - "O efeito das armas sujas"
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30/09/2012
O efeito das armas sujas


Isso você não vai ver na televisão, porque as agências de notícia internacionais, que abastecem o Brasil simplestmente não trarão esta notícia até você.

Falluja: Uma Geração Perdida? (2011) from Malandro on Vimeo.

1. Tudo começou na Bósnia, em 1991;
2. Mas foram nos bombardeios a Falluja, no Iraque, em 2004, o verdadeiro laboratório;
3. EUA usam lixo atômico clandestinamente em seu armamento;
4. Oficialmente, o Pentágono diz que usa "metais pesados";
5. As armas termobáricas (hellfires) colam os pulmões e queimam os corpos de dentro para fora;
6. E o fósforo branco - proibido - causa danos aos bebês;
7. Hoje, em Falluja, nascem de 2 a 3 crianças todos os dias vítimas da radioatividade;
8. A grande maioria delas vive apenas algumas horas;
9. O documentário acima traz este relato sóbrio e triste.
10. Não deixe de assistir, porque informação é poder de decidir!

p.s. Créditos mais uma vez para o DocVerdade. Legendas de Malandro.
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Postado por celvio no ContrapontoPIG

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É hora de desarmar Deus


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

É hora de desarmar Deus


O grande problema de Deus é que não o conhecemos senão na mente e no coração dos homens. E os homens constroem a sua fé com a frágil experiência de seus limitados sentidos, suficientes apenas para o trânsito no mundo em que vivemos. Os olhos podem crescer nos telescópios e ir ao fundo dos universos, ou na perscrutação das moléculas e átomos, mas isso é pouco para encontrar Deus, e menos ainda para construí-lo.
Sendo assim, e desde que há comunidades políticas, o monoteísmo tem servido para identificar ou acerbar as razões ou desrazões nacionais.
O Ocidente judaico-cristão não assimilou a chamada terceira revelação, a de Maomé, embora ela não tenha significado nenhuma apostasia essencial ao hebraísmo. O problema se tornou político, com a expansão dos povos árabes pelo norte da África e a invasão da Península Ibérica. Os islamitas sempre toleraram os cultos judaicos e cristãos nas áreas sob sua jurisdição política, mas a política recomendava aos reis cristãos a expulsão dos árabes da Europa e a guerra, continuada, fosse para contê-los, fosse para fazê-los retroceder ou para eliminá-los.
As cruzadas ainda não acabaram, e se tornaram menos românticas e mais cruéis por causa do petróleo.
Agora, um filme de baixa qualidade técnica e artística – conforme a opinião de especialistas – traz novo comburente às velhas chamas. Sem nenhum fundamento histórico, um fanático israelita (é o que se sabe) produz película eivada de insultos e ódio contra o fundador do islamismo, como se Maomé tivesse sido o mais infame e desprezível personagem da História. Como o filme foi produzido nos Estados Unidos, a reação imediata foi contra as representações diplomáticas nos países islâmicos. Essa reação, que culminou com a morte do embaixador norte-americano na Líbia, ainda não se encontra contida, e é provável que ainda se agrave, apesar das declarações do governo norte-americano, que busca distanciar-se dos insultos.
Os republicanos, em plena campanha eleitoral, devem ter exultado. A morte do Embaixador (asfixiado no incêndio do Consulado em Benghazi) pode ter sido uma baixa para os seus quadros, mas representa um trunfo contra Obama: sua política não tem conseguido dar segurança absoluta aos cidadãos norte-americanos. É essa a mensagem de Romney ao eleitorado dos Estados Unidos. A resposta de Obama, enviando dois destróieres à Líbia, não foi a melhor para reduzir as tensões; ela pode intensificá-las.
O que o governo de Washington e os republicanos não dizem é que o apoio, incondicional, aos radicais de Israel, que pregam abertamente a eliminação dos muçulmanos do mundo — assim como os nazistas desejavam a eliminação de todos os judeus – estimulam os insultos infamantes ao Islã e a resposta espontânea e violenta dos fanáticos do outro lado contra aqueles a quem atribuem a responsabilidade maior: os norte-americanos. E há ainda a hipótese, tenebrosa, mas provável, diante dos precedentes históricos, de que as manifestações tenham partido de agentes provocadores dos próprios serviços ocidentais – ou israelistas, o que dá no mesmo.
A mentira de Blair e Bush – dois homens que o bispo Tutu, da África do Sul, quer ver no banco dos réus em Haia – custou centenas de milhares de civis mortos no Iraque e no Afeganistão, e muitos milhares de jovens norte-americanos mortos, feridos, enlouquecidos nos combates inúteis. Nada é pior para os capitalistas do que a paz – e nada melhor do que a guerra, que sempre os enriquece mais, e na qual só os pobres morrem.

Postado por zcarlos No Com Texto Livre!

domingo, 9 de setembro de 2012

A lista de Schindler - Fundadores de Israel: Origem e Formação


domingo, 9 de setembro de 2012

Fundadores de Israel: Origem e Formação


Via SOA-Brasil



Lúcio Asfora

A TRIBO DOS KHAZAR, POVO NÃO-SEMITA, NÃO-JUDEU, DE LÍNGUA IDISCH: ORIGEM E FORMAÇÃO DOS SIONISTAS QUE INVADIRAM A PALESTINA E ESTABELECERAM A DITADURA DE ISRAEL, HÁ 63 ANOS.

Friedman era o sobrenome de um amigo fraterno do jornalista Carlos Lacerda e profundo conhecedor da história do povo judeu e da essência do judaísmo. De malas prontas para cobrir, pelos Diários Associados, a conflagração na Palestina, em 1948, CL recorreu ao judeu Friedman, a fim de melhor inteirar-se sobre os direitos e as razões proclamados pelos líderes sionistas.
De retorno ao Brasil, escreveu "O Mundo Árabe e o Brasil", que "desapareceu" com sua 1a. edição, esgotada, mesmo nos sebos mais concorridos.
O livro se inicia justamente com a lição de Friedman, a seguir reproduzida, na íntegra:
"O sionismo político é quase exclusivamente um fenômeno dos judeus da Europa. Esses judeus da Europa Oriental não têm qualquer ligação racial nem histórica com a Palestina. Não eram descendentes dos habitantes da ´Terra Prometida`. Eles são descendentes diretos do povo do Reino dos Khazar, que existiu no século XII "Os khazars eram um povo tribal, não-semítico, de origem fino-turca, mongólica, que, por volta do século I dC, emigrou da Ásia para a Europa Oriental. Aí criaram um dos maiores reinos do seu tempo, o qual, na sua maior extensão, cobria uma área de cerca de 800 mil milhas quadradas. Por volta do século VI dC, o rei dos khazars adotou o judaísmo como religião de estado.
"Antes dessa época, não houve khazar que fosse judeu. Nem antes, nem depois existiu khazar algum cujos antepassados viessem da ´Terra Santa`. O povo semita, que estabeleceu o judaísmo na Palestina, vários séculos antes dos khazars, e converteu-se à fé hebreia, emigrou, na sua maior parte, da Palestina.
Mas nenhum de seus membros emigrou do Reino de Khazar, muito mais para o Norte.
"À vista disso, em que consiste o grito de ´REPATRIAÇÃO´para a ´Terra Natal´? Esses filhos da Europa Oriental, judeus que falam idisch, não têm relação racial nem histórica com a Palestina ou - no que concerne à Palestina - com os outros judeus que existiram em outros países, durante milhares de anos antes da conversão aos khazars.
"Na melhor das hipóteses, seria muito duvidosos os gritos dos verdadeiros judeus de ascendência palestina pela posse da ´terra natal´. Que direito têm pessoas cujos antepassados dali partiram há quase 2 mil anos, a reclamar territórios nos quais os atuais habitantes lá vivem há 1.300 anos?. Se os índios reclamassem, para si, de volta, o território americano, iríamos arrumar nossas bagagens e voltar para a terra de nossos antepassados?
"Pois bem, os árabes estão na Palestina mil anos mais do que nós na América. E se é tão duvidosa a reclamação dos judeus de ascendência palestina, que se dirá das dos judeus de ascendência khazar?
Apoiaria, algum cristão, essa conversa de ´terra natal´, obrigando os árabes a abandonar o seu país, se soubessem que esses judeus da Europa Oriental, que falam o idisch e não o hebraico, que formam a maior parte do grupo sionista, nada têm que ver, nenhuma ligação geográfica, histórica ou mesmo étnica possuem com os judeus do Velho Testamento ou com a terra denominada Palestina?".

buscado no Gilson Sampaio

Postado por jader resende

sábado, 8 de setembro de 2012

A lista de Schindler - 30 anos de impunidade – Israel e o massacre de Sabra e Chatila


Depois disso, internamente, veio-me a constatação que isso tudo foi lição para que os Judeus, já estabelecidos, aprendessem como se subjuga um povo contrário aos seus interesses. Essa constatação vem por estar constantemente lendo o que acontece com o conflito Israel x Palestina. E nessa vingança contra a humanidade, há a ajuda do EEUUAA.

Por que vingança contra a humanidade? "Um homem que mata uma pessoa, mata a humanidade"!

O ódio desmedido dos israelenses - não se diga que há muitos que não querem isso pois num governo democrático todos tem deveres e responsabilidades como se um fosse - pelos palestinos, só há correspondência no que ocorreu entre alemães e judeus.

sábado, 8 de setembro de 2012

30 anos de impunidade – Israel e o massacre de Sabra e Chatila


buscado no Gilson Sampaio

Via CartaMaior


Em memória de um dos golpes mais devastadores para o povo palestino, estão previstos para o mês de setembro, em São Paulo, várias atividades com o objetivo de resgatar a história do episódio conhecido mundialmente como o massacre de Sabra e Chatila. A programação contará com uma exposição de fotos e sarau poético na Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima, debate, e exibição do filme "Valsa com Bashir" de Ariel Forman.


por Luciana Garcia de Oliveira (*)



“ Escute, eu sei que você está gravando, mas eu pessoalmente gostaria de ver todos eles mortos ... Eu gostaria de ver todos os palestinos mortos porque são uma doença em qualquer lugar que vão.”


Tenente do Exército israelense, Líbano, 16 de junho de 1982.


Em memória de um dos golpes mais devastadores para o povo palestino, estão previstas para o mês de setembro, várias atividades com o objetivo de resgatar a história do episódio conhecido mundialmente como o massacre de Sabra e Chatila. A programação contará com uma exposição de fotos e sarau poético na Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima, em São Paulo, debate, seguido da exibição do premiado filme Valsa com Bashirde Ariel Forman, no auditório do clube Homs, no dia 18 de setembro, além da coletânea de artigos no caderno especial da Palestina, da ZUNÁI – revista de poesia e debates.
Três décadas se passaram do episódio considerado como um dos mais sangrentos nas últimas décadas. Mesmo diante de um crime de enorme proporção, são muito poucos que conhecem de fato a história das guerras do Líbano com todos os detalhes. Talvez esse seja o motivo pelo qual, o cenário do que foram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, tenha tido poucas mudanças efetivas. De acordo com diversos correspondentes internacionais que visitam esses locais hoje, os cerca de 13 mil refugiados que vivem em Chatila, além de conviverem com os traumas do passado, sobrevivem com um presente de miséria e abandono.
A mudança deve-se ao fato de que Sabra deixou de ser reconhecido como campo de refugiados, convertendo-se em um dos bairros mais miseráveis de Beirute, sem que haja reconhecimento desses locais como parte do país. Não há coleta de lixo e nem quaisquer serviços públicos, o que torna a situação de moradia e saúde muito mais alarmante do que podemos imaginar.
O pouco conhecimento se deve principalmente ao fato de haver poucos vestígios das lembranças do massacre de Sabra e Chatila. Mesmo diante do boicote israelense na época, as imagens ainda existentes em vídeos e fotografias, podem traduzir com fidelidade o desespero dos sobreviventes diante de centenas de corpos empilhados e ou enfileirados nas ruas estreitas de terra, cercada por casas simples e muitos barracos.
Lembranças traumáticas vividas à partir da noite do dia 16 de setembro de 1982, no instante em que os refugiados palestinos foram surpreendidos com a iluminação de sinalizadores de fogo disparados no céu, clareando a noite. Nessa altura, a população dos campos não pode imaginar o que seriam as primeiras movimentações israelenses para proteger e garantir a entrada das forças falangistas (milícias da extrema direita cristã libanesa) nos campos de refugiados.
O medo e o terror foram imediatamente instalados, quando muitos tanques cercaram a entrada e a saída dos campos. A partir daí Israel e as milícias falangistas deram início à 62 horas de pura violência contra a população civil palestina. Estima-se que esse episódio tenha tido no mínimo, um saldo de 3 mil mortes, entre idosos, mulheres e crianças, em sua maioria.
Israel teria invadido o Líbano em represália ao assassinato de um embaixador de Israel em Londres por um palestino que supostamente vivia no campo de Chatila. Dentro desse mesmo contexto de guerra civil libanesa, o Exército israelense entra em acordo com os chefes das milícias cristãs para viabilizar a invasão dos dois campos de refugiados. O agravante estaria na constatação de que pouco dias antes do atentado, Israel e Palestina haviam assinado um cessar fogo, intermediado por um enviado norte-americano, Philip Habib, que resultou no consentimento palestino pela saída de todos os integrantes da Organização de Libertação da Palestina (OLP) da capital libanesa. Fato que reafirma o massacre civil de uma população absolutamente indefesa.
Naquele instante, o então Ministro da Defesa de Israel não cumpriu com o acordo e permitiu que a Falange entrasse nos campos e realizasse o massacre. Ao mesmo tempo, o Exército de Israel detinha o controle da entrada e saída dos campos. Testemunhas relataram que muitas mulheres grávidas e com crianças de colo foram sumariamente impedidas de saírem dos campos. Alguns dias após o massacre e ainda durante o cerco em Beirute, a OLP acusou Israel de empregar táticas semelhantes às utilizadas por Adolf Hitler contra os judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os responsáveis pelo massacre nunca foram punidos. Ariel Sharon, chegou a ser condenado pelas Nações Unidas, porém nunca foi penalizado de fato. Ao contrário, continuou exercendo impunemente sua carreira política em diversos cargos dentro do Ministério de Israel.
A impunidade e a injustiça estão absolutamente divulgados no chamado relatório da comissão Kahan, datado de 1983, documento pelo qual o jornalista Robert Fisk não se furtou em classificar o massacre como o resultado “da obsessão selvagem de Israel com o terrorismo”. Em sua obraPobre Nação ressaltou: “Os israelenses retrataram o documento como uma poderosa evidência de que sua democracia ainda brilhava como um farol sobre as ditaduras dos outros Estados do Oriente Médio” (FISK, 2001, p. 518). Mesmo diante dessa constatação, ao analisar o texto desse documento oficial, é possível concluir que trata-se, acima de tudo, de um documento extremamente falho e tendencioso em seu conteúdo. A começar com o título: sobre “os eventos nos campos de refugiados”, ao invés de qualifica-lo como massacre, sem ao menos mencionar a palavra palestino.
E por falar em terrorismo tão repetidas vezes, os autores do relatório Kahan demostravam que haviam esquecido a regra básica que todos os invasores do Líbano deveriam aprender: “que, ao se tornar amigo de um grupo terrorista, você também se torna terrorista” (FISK, 2001, p. 523). A informação é a arma mais eficaz para que a impunidade não prevaleça e a história jamais seja esquecida.


(*) Integrante do Grupo de Trabalho sobre o Oriente Médio e o Mundo Muçulmano do Laboratório de Estudos sobre a Ásia da Universidade de São Paulo (LEA-USP).

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Postado por jader resende