NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Mauro Santayana - QUANDO OS SOLDADOS PREFEREM MORRER

Mauro Santayana
QUANDO OS SOLDADOS PREFEREM MORRER


Em julho passado, revelam fontes oficiais, 38 militares norte-americanos se mataram. Um aumento de mais de 100% sobre os casos de suicídio do mês anterior. Vinte e dois deles se encontravam em serviço. Os demais haviam voltado para casa, mas já não se sentiam em seus lares. Eram outros homens, desfeitos e refeitos pelo horror.

Provavelmente não se sentissem combatentes por sua pátria ou suas idéias, e, sim, meros mercenários, enviados para assassinar em nome de interesses que nada têm a ver com os de seu povo. Salvo nas duas guerras mundiais, quando justa era a luta contra os alemães e o nazismo, os soldados ianques lutam por Wall Street. O genocídio inútil de Hiroxima e Nagasáki, ao manchar com a desonra o combate pelos valores humanos, confirmou os exércitos dos EUA como bandos de pistoleiros do imperialismo.

Os Estados Unidos nunca tiveram que lutar em seu solo, a não ser na Guerra da Independência. Sempre invadiram o solo alheio, a partir da guerra contra o México, em 1846, quando anexaram mais de 40% do território do país vencido. A Guerra da Independência, bem antes, se travara contra homens iguais, da mesma etnia, da mesma fé, e poderíamos dizer, quase das mesmas idéias. O mesmo veio a ocorrer no conflito interno, o da Guerra da Secessão, apesar da crueldade dos combates e a bandeira ética do Norte contra a escravocracia do Sul.

Esse enorme privilégio – o de não conhecer as botas dos ocupantes estrangeiros – transformou-se em maldição. Os militares ianques já não encontram na alma, desde a derrota no Vietnã, quaisquer razões para a luta. Assim, são corridos pela depressão, ou se transformam em animais, como os que se deixaram fotografar em Abu Ghraid, com seus cães. A depressão os leva a desertar das fileiras, de forma absoluta, ao estourar a cabeça ou o coração com suas próprias armas.

O filósofo espanhol Ortega y Gasset tem uma tese interessante sobre os militares e as guerras. Ele considera o cerco de Granada, pelos Reis Católicos, em 1492 – o mesmo ano da descoberta da América por Colombo – como o fim do soldado que combatia com honra, e o início do soldado “técnico”, que atua como simples extensão de sua arma.

No cerco de Granada, e na vitória que se seguiu, os castelhanos usaram o planejamento tático e estratégico, superando, e em muito, os gregos e os romanos no projeto de suas operações. Segundo Ortega, ali morreu a bravura, e nasceu o combatente moderno, mera máquina de matar, sem honra e sem sentimentos, a não ser os do ódio induzido.

Os soldados americanos que se matam, torturados pelo remorso, talvez sigam o lema que os japoneses inscrevem nos sabres destinados ao harakiri: saiba morrer com honra quem com honra não soube viver.

Postado por Mauro Santayana em seu blog

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A MAIS INCOMPETENTE TRAMA DA HISTÓRIA DO FBI?

Meu Pitaco: Você mora no EEUUAA? É americano? Diga-me como é morar com o inimigo e, principalmente, quem deveria zelar por sua segurança, monta atentados e fornece armas para os 
traficantes de  drogas do México? Realmente, sua pátria é um sonho. Não. Um pesadelo!  
OPERAÇÃO FLEXÃO: A MAIS INCOMPETENTE TRAMA DA HISTÓRIA DO FBI?
20.08.12 Por Tom Costello, do Bureau of Investigative Journalism




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Saiba como o FBI infiltra falsos terroristas na comunidade islâmica para planejar atentados. Até mesmo um atrapalhado marombeiro de 113 kg com ares de Vin Diesel
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Quando o FBI anuncia que um plano terrorista foi desmantelado em território americano, como fez várias vezes nos últimos anos, a imprensa costuma comemorar. Mas o documentário de rádio “This American Life”, produzido pela Chicago Public Media e transmitido em mais de 500 estações nos Estados Unidos, revela um outro lado da história.

Os detalhes apelativos dos tais planos terroristas ganham grande repercussão: em 2010, Mohamed Osman Mahamud planejou detonar uma bomba em um evento natalino lotado; em 2009, Hosam Maher Husein Smadi arquitetou a destruição de um arranha-céu em Dallas e Farooque Ahmed esboçou um ataque ao metrô de Washington; e em 2011, Rezwan Ferdaus foi preso depois de planejar atacar o Pentágono com aviões de controle remoto cheios de explosivos.

Mas pouco se fala sobre como o como o FBI consegue dar cabo destas conspirações. A resposta é simples e estarrecedora: em todos estes casos, agentes infiltrados do próprio FBI planejaram os ataques, forneceram materiais e encorajaram os “terroristas” – frequentemente adolescentes – a participar.

“Repetidamente, o FBI fabrica ataques terroristas”, escreve o analista Glenn Greenwald. “Eles se infiltram em comunidades muçulmanas para achar recrutas, os convencem a realizar ataques, fornecem dinheiro, armas e o know-how para levar seu plano adiante – apenas para saltar heroicamente no último instante, prender os supostos agressores que o FBI havia convertido, e salvar uma grata nação de uma trama orquestrada pelo próprio FBI”

Parece mentira, mas não é. O documentário feito pelo “This American Life” conta a história de uma das mais desastrosas e chocantes tramas armadas pelo FBI. Em 2006, um marginal de quinta chamado Craig Monteilh foi recrutado pelo órgão para infiltrar-se numa mesquita em Orange County, na Califórnia.

Monteilh é branco, tem 1,87 metros e é musculoso como um fisiculturista. Sua missão era atrair homens da mesquita para a sua academia, onde os recrutaria para um plano terrorista com discursos sobre a jihade Osama Bin Laden. O nome da missão: Operação Flexão.

Mas a operação encontrou uma pedra no meio do caminho: os alvos de Monteilh estavam mais interessados em jogar vídeogames do que na academia. Mesmo assim, Ayman e Yassir, os jovens que seriam aliciados pelo infiltrado marombeiro, gostaram do novato e começaram a andar com ele. Mas se assustaram quando Farouk, nome falso usado por Monteilh, começou a falar em “jihad” e “Osama Bin Laden” sempre que tinha uma oportunidade.

Nem Ayman e nem Yassir mostraram o mínimo interesse em discutir jihad ou terrorismo. Por isso, quando Monteilh começou a discutir a possibilidade de realizar um ataque à bomba, os dois jovens correram para denunciá-lo – para o próprio FBI.

O FBI negou-se a comentar a história. Principal órgão federal americano de investigação, hoje o FBI está sendo processado por membros da mesquita.

E Craig Monteilh é a testemunha principal contra seus antigos empregadores.

No ano passado, a Associated Press ganhou o prêmio Pulitzer de reportagem investigativa depois de descobrir uma operação secreta de espionagem maciça da polícia de Nova York que monitorava comunidades muçulmanas da cidade, apesar de não haver evidências de atividade terrorista.

Seja por meio de infiltrações em mesquitas por parte do FBI ou por policiais que espionam cafés e lugares de convivência, não é de se espantar que muitos líderes muçulmanos nos EUA estejam denunciando um clima de medo e desconfiança, semeado por ineficazes – e às vezes risíveis – ações das forças de segurança americanas.

Clique aqui para ler o texto original em inglês.

Clique aqui para ouvir o documentário de áudio o “the American Life” .

sábado, 18 de agosto de 2012

De Ditadores e Democratas - Chávez vai igualar-se a Roosevelt?


Ou Malditos comunistas!

Sábado, 18 de agosto de 2012

Chávez vai se igualar a Roosevelt?

Por Joel Leite, no blog O mundo em movimento:

Depois de três mandatos na presidência da República, não é que o sujeito resolve se candidatar outra vez? Isso mesmo: ele quer ser presidente pela quarta vez consecutiva, assim, na maior cara de pau. Me diga, como você classificaria esse político: democrata ou ditador?

Veja o que ele costuma fazer para se eleger:


Numa cidade do interior do país, 349 funcionários foram convocados para fazer o levantamento da preferência eleitoral dos candidatos e muitos daqueles que declararam que não pretendiam votar no candidato do governo perderam o emprego. Em outro distrito exigia-se que os trabalhadores votassem num senador que apoiava o presidente; os que se recusaram foram excluídos dos seus empregos. Os funcionários filiados a outros partidos que não o do presidente, eram avisados que teriam de trocar suas filiações partidárias se eles quisessem se manter empregados.

Cartas foram enviadas aos empregados instruindo-os a doar 2% do salário para a campanha se eles quisessem manter seus empregos e comerciantes eram requisitados a oferecer dinheiro para a campanha.

A distribuição de empregos aumentou dramaticamente no ano eleitoral e foram distribuídos “vales-emprego” com duração de dois meses, tempo da fase final da campanha.

Um homem que recebia um bom salário em um emprego burocrático foi transferido para outro cargo, para trabalhar com uma picareta numa mina de calcário, depois de ter se recusado a mudar sua filiação para o partido do presidente candidato.

Volto a perguntar: um presidente, depois de completar o terceiro mandato, quer ainda o quarto, e faz esse tipo de pressão junto à sociedade para ser eleito, como deve ser classificado? Democrata ou ditador?

Bem, a classificação vai depender do país onde ele vive e do nível de comprometimento da imprensa que divulga o fato. Se ele viver na Venezuela e seu nome for Hugo Chávez, será considerado um ditador. Mas se o presidente-candidato em questão viveu nos Estados Unidos e o seu nome era Franklin Roosevelt, ele é o símbolo maior da democracia nas Américas, eternizado com a esfinge na moeda de US$ 0,10.

Pois é: o candidato e a situação descrita acima são de Franklin Roosevelt e essas informações foram levantadas por investigações junto ao Senado dos Estados Unidos em 1938 e reunidas no livro How Capitalism Saved America: The Untold History of Our Country, from the Pilgrims to the Present, de Thomas DiLorenzo.

Depois da quarta eleição de Roosevelt, o regime estadunidense mudou as regras e as eleições passaram a ser indiretas, o povo deixou de votar diretamente e o presidente passou a ser eleito por um Colégio Eleitoral.

Em quase todos os estados, o vencedor do voto popular leva todos os votos do Colégio Eleitoral, o que pode provocar distorções como a que ocorreu na primeira eleição do republicano George W. Bush, em 2000, quando ganhou a presidência mesmo obtendo um número de votos menor do que o seu concorrente, o democrata Al Gore. Bush teve 50.460.110 votos, ou 47,9% do total e Al Gore 51.003.926 votos, 48,4%. Bush levou. Imagine se isso acontecesse na Venezuela!

O ilibado jornal The Washington Post considerou Roosevelt um dos três “grandes” presidentes dos Estados Unidos (ao lado de Washington e Lincoln). O presidente de quatro mandatos é também o sexto colocado na lista de Pessoas Popularmente Admiradas do século XX pelos cidadãos dos EUA (pesquisa Gallup).

Achei curiosa a trajetória do presidente estadunidense. Ele tem o perfil exato que a grande imprensa brasileira, venezuelana e internacional traça do presidente venezuelano, a quem chamam de ditador, mesmo ele tendo sido eleito – com larga margem de votos – por três vezes consecutivas.

O instituto Datanálisis da Venezuela indica que a intenção de voto a favor de Hugo Chávez é de 61,03%, contra 38,97% a favor do candidato da direita Henrique Capriles Radonski. A mesma pesquisa revela que a aprovação do governo Chávez é de 62,55%.

O “ditador” vai ser, mais uma vez, democraticamente eleito, enquanto os “democratas” Franklin Roosevelt e George W. Bush não podem reescrever a sua história.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Equador não pode ficar só


16 AGOSTO 2012

O Equador não pode ficar só



Mauro Santayana, JB online


“Este é o momento para que a unidade sulamericana deixe a retórica para tornar-se realidade. Cabe ao continente manter-se ao lado do povo equatoriano, na defesa de sua soberania política. A consolidação da Unasul se impõe, e com urgência. Diante da ameaça aberta do governo britânico, de invadir a Embaixada do Equador em Londres, o governo de Quito, pelo seu chanceler, declarou que confirma o asilo concedido a Julián Assange em seu território (que se estende ao recinto modesto de sua embaixada junto ao Reino Unido). Os ingleses, em sociedade com os Estados Unidos, ainda se consideram senhores do mundo. O criador do WikiLeaks se encontra sob a ameaça de ser entregue ao governo norte-americano. Os ianques querem vingar o fato de que Assange tornou transparentes suas intrigas e seus crimes.

A nota do governo britânico, entregue anteontem à embaixadora do Equador, é ameaça clara e brutal ao Equador. O “aide-mémoire”,entregue à Embaixadora Ana Albán, convocada ao Foreign Office para recebê-lo, é objetivo em sua crueza:
“Devemos reiterar que consideramos o uso continuado de instalações diplomáticas, desta maneira, incompatível com a Convenção de Viena e insustentável, e que já deixamos bem claro suas sérias implicações em nossas relações diplomáticas. Devem estar conscientes de que há uma base legal no Reino Unido – a Lei sobre Instalações Diplomáticas e Consulares, de 1987 – que nos permitiria agir para prender o Sr. Assange nas instalações atuais da Embaixada”.

É preciso deixar claro que a Convenção de Viena, de 1962, proíbe claramente essa invasão dos locais diplomáticos, conforme seu artigo 22:

“1. Os locais da Missão são invioláveis. Os Agentes do Estado acreditado não poderão neles penetrar sem o consentimento do Chefe da Missão.

“2. O Estado acreditado tem a obrigação especial de adotar todas as medidas apropriadas, para proteger os locais da Missão contra qualquer intrusão ou dano, e evitar perturbações à tranqüilidade da Missão ou ofensas à sua dignidade.

“3. Os locais da Missão, em mobiliário e demais bens neles situados, assim como os meios de transporte da Missão, não poderão ser objeto de busca, requisição, embargo ou medida de execução”.

Nenhuma lei interna de país aderente a convenção internacional dessa magnitude, pode sobrepor-se ao Tratado. Nos 50 anos de sua vigência, isso nunca ocorreu. O governo equatoriano não tinha outra atitude, a fim de resguardar a sua soberania, que não fosse tornar, de jure, o asilo de fato que concedera a Assange. Há momentos em que todos os cidadãos honrados de uma nação se tornam um só homem, aquele que, sob sua delegação, chefia o Estado. A decisão de Rafael Correa, exposta por seu chanceler Ricardo Patiño, é a mesma que qualquer país latino-americano que se preze tomaria.

Nós temos uma tradição histórica na concessão de asilo diplomático, que é invariável: não se discute o comportamento do perseguido, mas a sua condição humana e o perigo, a juízo do país concedente, de que o postulante seja submetido a tratamento cruel, ou à pena de morte. Foi assim que o governo democrático brasileiro não titubeou em conceder asilo ao ditador Alfredo Stroessner, em 1989, durante a presidência de Sarney.

Se nós, brasileiros, não tivéssemos outras razões para guardar reservas contra os ingleses, há uma, poderosa. Em seu livro “The Rise and Fall of the British Empire” (Londres, 1995, página 5), o historiador britânico Lawrence James registra, como um dos primeiros episódios da ascensão de seu país ao domínio do mundo, o assalto cometido por George White, de Dorset, dono do veleiro Catherine, de 35 toneladas, armado de cinco canhões e avaliado em 89 libras, segundo o autor. Em 1590, White se apoderou de três cargueiros brasileiros, em alto mar, desarmados e sob bandeira espanhola, roubando sua carga avaliada em 3.600 libras. Encorajado com o resultado do roubo, vendeu o Catherine, comprou navio mais poderoso e continuou a saquear navios brasileiros e do Caribe, sempre indefesos.

A Inglaterra confia na força, mas a História nos mostra que a melhor forma de garantir, com honra, a própria soberania, é a de respeitar a soberania e a honra dos outros.

Quando encerrávamos estas notas, o chanceler britânico William Hague declarou que seu governo não invadirá a embaixada do Equador. Como se começa a ver, a ameaça foi um ato de arrogância contra um país desarmado.”

Enviada por: Nogueira Junior Via Brasil! Brasil!

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Que há de escandaloso no escândalo LIBOR? ou Entendendo a sacanagem!!!!

Meu Pitaco: Vamos ver se entendi. desde antes de 2008, início do atual pesadelo mundial, os bancos através destas tramóias, lucraram um montão de dinheiro em cima de pessoas endividadas que tomaram empréstimos. Os mais notados e divulgados foram os imobiliários. De repente, os Países que se serviram de empréstimos junto aos organismos internacionais que repassam dinheiro dos bancos privados ao custo da LIBOR ...  ficaram  segurando o pincel, sem escada. Como o pessoal dos empréstimos imobiliários. Como estavam acima do que deveriam pagar endividaram-se escandalosamente. Para sanar os déficits junto aos bancos, fazem-se mais empréstimos e os lucros abusivos ficam com os bancos que fizeram a sacanagem!
Quem paga o ovo do Pato é o povo de cada país. Independente de o Pato ser macho ou não!
sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Que há de escandaloso no escândalo LIBOR?


O que se chama de “escândalo” é, na verdade, o coração do sistema
Desde 4 de julho, lemos nos maiores jornais do mundo e nas declarações de deputados, dirigentes de bancos centrais e autoridades judiciais que há um “escândalo” a envolver uma coisa chamada LIBOR. Antes disso, poucas pessoas, para além do grupo que se interessa por bancos, tinham ouvido falar da LIBOR. Subitamente, disseram-nos que os maiores bancos da Grã-Bretanha, dos Estados Unidos, da Suíça, da Alemanha, de França, e provavelmente de um grande número de outros países, estavam envolvidos em ações supostamente “fraudulentas”.
Além disso, explicaram-nos que não se tratava de uma questão de centavos. Derivados financeiros de centenas de biliões (trillions) de dólares baseiam-se na taxa LIBOR. A acusação era de que os bancos “manipulavam” esta taxa, obtendo não só lucros astronómicos; só que, por outro lado, as pessoas que estavam a pagar hipotecas e empréstimos, ou os estudantes a pagar empréstimos, pagaram mais do que deveriam. Resumindo: os bancos obtiveram, de facto, lucros enormes à custa de outros, que tiveram perdas pesadas.
Tudo isso suscitou muitas questões. (1) Como foi isto possível? (2) Por que as autoridades reguladoras não interromperam uma prática que agora dizem ser tão fraudulenta; ou seja: quem sabia o quê e quando? E (3) alguma coisa pode ser feita para garantir que isto não aconteça novamente?
Vamos começar com a definição da taxa Libor. É uma abreviação de London Interbank Offered Rate (Taxa Interbancária Praticada em Londres). Não é muito antiga: a versão definitiva é de 1986. Na época, a British Bankers Association (Associação dos Banqueiros Britânicos) pediu que os “maiores bancos” compartilhassem informação diária sobre as taxas de juros que pagariam, se tomassem empréstimos de outros bancos. Depois de eliminados os valores extremos, determinava-se uma taxa média, modificada diariamente. A ideia era que, se os bancos se sentissem confiantes sobre o estado da economia, a taxa seria mais baixa; se estivessem inseguros, a taxa seria mais alta.
Quando a imprensa mundial usou a palavra “escândalo” para falar sobre a Libor, ficou claro que o tema tinha sido debatido muito antes, em ambientes menos visíveis. Parece que o Wall Street Journal tinha divulgado um estudo, em 29 de maio de 2008 (sim, em 2008!), sugerindo que alguns bancos estavam a subestimar os custos dos empréstimos. Outros imediatamente disseram que o estudo era impreciso ou, se correto, que os bancos tinham agido de forma inadvertida. Análises académicas subsequentes sugeriram, contudo, que a acusação de subestimação dos custos era de facto verdadeira.
A questão é que quando um banco está a lidar com 50 biliões de dólares em valores teóricos, uma pequena subestimação de taxas gera imediatamente um aumento significativo dos lucros. Assim, a tentação era óbvia. Acontece que, já no início de 2007, tanto o Federal Reserve quanto o Banco da Inglaterra suspeitaram dessa subnotificação. Nenhum fez muita coisa.
Agora dizem-nos que essas taxas, longe de serem confiáveis ou estáveis, são na verdade meras “suposições”. Desde que o Lehman Brothers entrou em colapso, os bancos em todo o mundo deixaram de realizar empréstimos entre si. Como disse o New York Times, num artigo de 19 de julho de 2012: “As taxas precisas têm pouca base real”. Em 2011, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos começou uma investigação criminal. Graças a fugas de informação, sabemos agora que houve trocas de e-mails entre banqueiros que falavam alegremente da subestimação das taxas, e encorajavam a fazê-lo. Por que não? Estavam a ganhar muito dinheiro.
No meio disto tudo, o Independentpublicou uma reportagem de duas páginas sobre os paraísos fiscais, e a quantidade incrível de dinheiro que sai dos países do Sul global para esses lugares, privando-os assim de valores que provavelmente seriam mais que suficientes para financiar as transformações económicas e a redistribuição de rendimentos que estes países afirmam querer pôr em prática. Ao contrário das manipulações da LIBOR, os paraísos fiscais são perfeitamente legais.
Então, onde está o escândalo? As duas práticas – manipulação da LIBOR e transferência de dinheiro para os paraísos fiscais – são absolutamente normais numa economia-mundo capitalista. A finalidade do capitalismo, afinal de contas, é a acumulação de capital – quanto mais, melhor. Um capitalista que não maximiza os ganhos, de uma forma ou de outra, será mais tarde ou mais cedo eliminado do jogo.
O papel dos Estados nunca foi controlar ou limitar estas práticas, mas fazer vista grossa pelo máximo de tempo possível. Uma vez ou outra, as práticas – dos capitalistas e dos Estados – são momentaneamente expostas. Algumas pessoas vão para a cadeia, ou são forçadas a devolver os lucros tecnicamente ilegais. E os políticos falam de reformas – procurando adotar, com grande alarde, o nível mais baixo de “reforma” que puderem.
Mas isto não é um escândalo, porque o que se chama de “escândalo” é, na verdade, o coração do sistema. Algum dia vai isto mudar? Sim, claro. Um dia, o sistema deixará de existirá. Claro que isso abre outra questão. O próximo sistema será melhor? É possível, mas não é certo.
Enquanto isso, chamar a manipulação da LIBOR de escândalo é desviar as atenções do facto de que se trata de mais uma forma normal de acumular capital. Em 1992, James Carville, estrategista da campanha do então candidato Bill Clinton à Presidência dos EUA, saiu-se com um dito que ficou famoso: “É a economia, estúpido”. Frente aos chamados escândalos, deveríamos dizer “É o sistema, estúpido”.Immanuel Wallerestein, sociólogo e professor universitário norte-americano.
Tradução, revista pelo autor, de Luis Leiria.
No Esquerda.net

Postado por zcarlos No Com Texto Livre.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Manual de autoajuda para os golpes de Estado suaves

Meu Pitaco: Leiam e depois me digam se não é exatamente o que estão tentando fazer em nossa pátria?
quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Manual de autoajuda para os golpes de Estado suaves




Um livro de Gene Sharp, traduzido em 30 idiomas, é a nova Bíblia dos desestabilizadores.


Walter Goobar / Miradas al Sur


Um motim policial na Bolívia pareceu ser a antessala de um golpe de Estado contra o governo de Evo Morales. O conflito começou em 18 de junho com uma greve de mulheres de policiais e continuou com um levante de soldados de baixa patente. Ocorreram todos os tipos de excessos, incluindo a invasão de um escritório da inteligência, destruição de quadros de fotos presidenciais,utilização de armas e insultos a Evo Morales, que era chamado de “pisacoca” pelos amotinados concentrados, de forma ameaçadora, em frente ao Palácio Quemado.


O levante policial não teve maiores repercussões, mas diversos analistas convergem na opinião de que um cenário para um golpe de Estado “suave” estava em construção. Trata-se de uma nova modalidade de desestabilização fabricada nos laboratórios da Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), já experimentada no Leste Europeu e na Venezuela.


Esta recriação do golpe como método para interromper processos de ampla participação popular foi concebida por intelectuais, como o politólogo norte-americano Gene Sharp, autor de uma bíblia de desestabilização, traduzida em 30 idiomas. Concebido como um manual de autoajuda para a desestabilização, os conselhos de Sharp implicam em colocar a implantação de várias fasescolocadas em prática, inclusive, simultaneamente, que vão desde o abrandamento, deslegitimação, tensionamento nas ruas até a fratura institucional.


A estratégia golpista – baseada no opúsculo de Sharp “Da ditadura à democracia” – se executou com êxito no processo de derrocada do presidente georgiano Eduard Shevarnadze, em novembro de 2003, e na ascensão ao poder de Viktor Yuschenko, na Ucrânia, em dezembro de 2004.


Na América Latina, o uso da estratégia do “golpe suave” foi registrado em cinco momentos. Obteve sucesso em Honduras (2009) e no Paraguai (2012), porém fracassou na Venezuela (2002), na Bolívia (2008 e 2012) e no Equador (2010).


Segundo o jornalista Hugo Moldiz Mercado, a polícia boliviana se converteu em peça fundamental de subversão para a embaixada dos Estados Unidos desde que a tentativa da direita em envolver as forças armadas em seus planos desestabilizadores durante o período de 2006-2009 fracassou.


Esta estratégia para o aparato encarregado de garantir a ordem pública interna – que historicamente tem uma relação carnal com a CIA, a DEA e o FBI –, é manipulada por controle remoto viaBuenos Aires. O que acontece é que, depois de várias expulsões de pessoal militar e da DEA da Bolívia, da Venezuela e do Equador por ingerência, no que tange aos assuntos internos e atividades de espionagem, muitos desses funcionários foram reintegrados na Embaixada dos Estados Unidos em Buenos Aires. A mesma já não conta com espaço físico para abrigar tantosmilitares e agentes antidrogas.


Para esses oficiais dos diversos ramos da inteligência norte-americana – após serem expulsos de seus destinos originais –, que hoje disputam os escritórios e as cadeiras em Buenos Aires, o livro de Sharp é um credo. A experiência da Ucrânia, da Geórgia, da Venezuela, do Equador e da Bolívia, que experimentaram a força do “golpe suave”, confirma o uso que os promotores da desestabilização fazem de climas construídos por meio da manipulação de critérios informativos.


O politólogo Gene Sharp, ao qual se atribuí a autoria da estratégia por trás da derrocada do governo egípcio, propõe 198 “armas não violentas”, que vão desde o uso de cores e símbolos até funerais simulados e boicotes.


Sharp teve que enfrentar acusações de pertencer a uma organização de fachada da CIA e do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que utilizou sua propaganda semanal para advertir o país que Sharp era uma ameaça à segurança nacional.


Sua contribuição à derrocada de Slobodan Milosevic, na Sérvia, em 2000, o catapultou a todo Leste Europeu, América do Sul e Oriente Médio. De acordo com Sharp, a estratégia do “golpe suave” pode desenvolver-se por etapas hierarquizadas ou simultaneamente da seguinte maneira:


1ª etapa: abrandamento, empregando a Guerra da Quarta Geração: desenvolvimento e reprodução de opiniões centradas em déficit reais ou potenciais, abrangência dos conflitos e promoção do descontentamento, promoção de fatores de mal-estar, entre os quais se destacam: desabastecimento, criminalidade, manipulação do dólar, greves patronais e de outros, denúncias de corrupção, promoção de intrigas sectárias e fratura da unidade.


2ª etapa: deslegitimação: manipulação do anticomunismos, incentivo de campanhas publicitárias em defesa da liberdade de imprensa, direitos humanos e liberdades públicas, acusações de totalitarismo e pensamento único, fratura ética e política.


3ª etapa: tensionamento nas ruas: incentivo dos conflitos e fomento da mobilização de rua, elaboração de uma plataforma de luta que englobe as demandas políticas e sociais, generalização de todo o tipo de protestos, expondo falhas e erros governamentais, organização de manifestações, fechamento e tomada de instituições públicas que radicalizem o confronto.


4ª etapa: combinação de diversas formas de luta: organização de marchas e tomadas de instituições emblemáticas, com o objetivo de cooptá-las e convertê-las em plataforma publicitária, desenvolvimento de operações de guerra psicológica e ações armadas para justificar medidas repressivas e criar um clima de ingovernabilidade, incentivo de campanhas de rumores entre forças militares e desmoralização dos organismos de segurança.


5ª etapa: fratura institucional: com base nas ações de rua, na tomada de instituições e nos pronunciamentos militares, se obriga a renúncia do presidente.


Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB)


Na foto: O motim dos policiais na Bolívia: antessala de um golpe de Estado.


Fonte: http://sur.infonews.com/notas/manual-de-autoayuda-para-los-golpes-de-estado-suaves


Do PCB

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Postado por Valdecy Beserra no Guerrilheiro Virtual