NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

quinta-feira, 29 de março de 2012

RACISMO, RELIGIÃO E TANATOS.


28/03/2012

RACISMO, RELIGIÃO E TANATOS.



(JB) - Podemos talvez encontrar a origem do racismo, a partir do equívoco bíblico, de que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Levando a idéia ao pé da letra, nasceu a paranóia da intolerância ao outro. A imagem negra de Deus é a de seus deuses africanos, a imagem judaica de Deus é a de um patriarca hebreu, na figura de Jeová. Os muçulmanos não deram face a Alá, nem veneram qualquer imagem de Maomé, mas isso não os fez mais santos. Desde a morte de Maomé, seus descendentes e discípulos se separaram em seitas quase inconciliáveis, que se combatem, todas elas reclamando o legado espiritual do Profeta. Os muçulmanos, como se sabe, reconhecem Cristo como um dos profetas.

Os protestantes da Reforma também prescindiram de imagens sagradas, o que, sem embargo, não os impediu de exercer intolerância e violência contra os católicos, com sua inquisição - em tudo semelhante à de seus adversários.

Essa idéia que associa as diferenças étnicas e teológicas à filiação divina, tem sido a mais perversa assassina da História. Os povos, ao eleger a face de seu Deus, fazem dele cúmplice e protetor de crimes terríveis, como os de genocídio. O Deus de Israel, ao longo da Bíblia, ajuda seu povo, como Senhor dos Exércitos, a “passar pelo fio da espada” os inimigos, com suas mulheres e seus filhos. Quando Cortés chegou ao México, incitou os seus soldados ao invocar a Deus e a São Tiago, com a arenga célebre: “adelante, soldados, por Dios y San Tiago”.

Quando falta aos racistas um deus particular, eles, em sua paranóia, se convertem em seus próprios deuses. Criam seus mitos, como os alemães, na insânia de se considerarem os mestres e senhores do mundo. Dessa armadilha da loucura só escaparam os primitivos cristãos, mas por pouco tempo, até Constantino. A Igreja, a partir de então, se associou aos interesses dos grandes do mundo, e fez uma leitura oportunista dos Evangelhos.

A partir do movimento europeu de contenção dos invasores muçulmanos e do fanatismo das cruzadas, a cruz, símbolo do sacrifício e da universalidade do homem, se converteu em estandarte da intolerância. Nos tempos modernos, o símbolo se fechou - com a angulação dos braços, no retorno à cruz gamada dos arianos - em sinal definitivo e radical da bestialidade do racismo germânico sob Hitler.

Os fatos dos últimos dias e horas são dramática advertência da intolerância, e devem ser vistos em suas contradições dialéticas. O jovem francês que mata crianças judias e soldados franceses de origem muçulmana, como ele mesmo, é o resultado dessa diabólica cultura do ódio de nosso tempo aos que diferem de nós, na face e nas crenças. É um tropeço da razão considerar todos os muçulmanos terroristas da Al-Qaeda, como classificar todos os judeus como sionistas e todos alemães como nazistas. Ser muçulmano é professar a fé no Islã – e há muçulmanos de direita, de esquerda ou de centro.

Merah, se foi ele mesmo o assassino, matou cidadãos do moderno Estado de Israel, como eram as vítimas da escola de Toulouse, mas também muçulmanos do Norte da África, como ele mesmo. Os fatos são ainda nebulosos, e os franceses de bom senso ainda duvidam das versões oficiais, como constatou Teh Guardianem matéria sobre o assunto.

Em El Cajon, nas proximidades de San Diego, na Califórnia – uma comunidade em que 40% de seus habitantes é constituída de imigrantes do Iraque, uma senhora iraquiana, que morava nos Estados Unidos há 19 anos, foi brutalmente assassinada, com o recado de que, sendo terrorista, depois de morta deveria voltar para o seu país. O marido, também iraquiano, é, por ironia da circunstância, empregado de uma firma que assessora o Pentágono na preparação psicológica dos militares que servem no Oriente Médio. E também nos Estados Unidos, na Flórida, um vigilante de origem hispânica (embora com o sobrenome significativo de Zimmermann, bem germânico) matou, há um mês, um jovem de 17 anos, Travyon Martin, provocando a revolta e os protestos da comunidade negra.

Em Israel, o governo continua espoliando os palestinos de suas terras e casas e instalando novos assentamentos para uso exclusivo dos judeus. O governo de Telavive não reconheceu a admoestação da ONU de que isso viola os direitos humanos essenciais. Os Estados Unidos votaram contra a advertência internacional a Israel. Como se vê os direitos humanos só são lembrados, quando servem para dissimular os reais interesses de Washington e de seus aliados e dar pretexto à agressão a países produtores de petróleo e de outras riquezas, como ocorreu com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão.

Os episódios de intolerância se multiplicam em todos os países do mundo – e mesmo entre nós. No Distrito Federal, segundo revelações da polícia, um grupo de neonazistas mantinha célula terrorista há cerca de trinta anos, associada a outros extremistas de todo o país. Na madrugada de 28 de fevereiro deste ano, em Curitiba, vinte jovens neonazistas assassinaram um rapaz de 16 anos, a socos, pontapés e facadas. O principal executor, um estudante de direito, foi escolhido para cumprir ritual de entrada no grupo, como prova de coragem. A coragem de matar um menino desarmado. Também em Curitiba e em Brasília foram presos dois racistas, que usavam a internet para expor as suas idéias fascistas e incitar a violência contra ativistas femininas, homossexuais, negros e nordestinos.

Enquanto não aceitarmos a face morena de Jesus, como a mais próxima da face do Deus - criada para dar transcendência ao mistério da vida - o deus que continuará a dominar a nossa alma será Tanatos, o senhor da morte.

Postado por Mauro Santayana em seu blog

quarta-feira, 28 de março de 2012

Um Cartoon que diz tudo

Meu Pitaco: A maior colônia de Judeus no oriente médio, depois da Síria, está no Iran. Os irmãos irão matar-se? Consta que têm até cadeira no parlamento! De onde vem o ódio de Israel?
terça-feira, 27 de março de 2012

Cartoon


Please disseminate this brilliant cartoon by Iranian graphic artist, Mana Neyestani, as widely as you can.
Richard Silverstein via FB

Postado por Mario Lobato da Costa no seu Blog do Mário

terça-feira, 27 de março de 2012

Líbia, um ano depois: da “proteção humanitária” à balcanização





Meu Pitaco. O caos se instala onde o poder imperialista toca. É o toque de Midas ao contrário! Antes de mais nada vejamos os casos recentes dos líderes que foram apadrinhados pelo EEUUAA e depois abatidos como Cães: Afeganistão, Iraque, Líbia, Egito. Abandonados à própria sorte, as matanças, supostamente a base para as invasões, além de não terem sido estancadas, estão recrudescendo. Sem a indignação dos órgãos mundiais que deveriam estar! Também esses estão falidos. A ONU não representa mais a paz mundial. Um só Pais a controla e quando desafiado, atropela sem que a mesma nem se pronuncie. Não há igualdade de forças. Há imposição pela força. Quem manda são os fabricantes de armas!JBC
Posted: 27 Mar 2012 05:18 AM PDT
 no Blog do Ambientalismo

Um ano após o início da intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Líbia, vale a pena dar uma olhada no país, para constatar os resultados da ação que deveria proteger uma população que, supostamente, ansiava pelas bênçãos da “democracia” ocidental, das atrocidades promovidas pelo líder Muamar Kadafi. Para tanto, vejamos a avaliação de alguns conhecedores do país, ouvidos pelo sítio Voz da Rússia, que divulgou matéria a respeito, em 19 de março.
O presidente do Instituto do Oriente Médio da Academia Russa de Ciências, Evgeni Satanovski, é categórico e afirma que a intervenção ocidental mergulhou o país no caos. Diz ele:
«O motim separatista em Benghazi, que deu início à “Primavera Árabe”, teve sua continuação lógica. A Cirenaica anunciou a sua autonomia e isso torna evidente por que motivo a Arábia Saudita e o Catar levaram a cabo a operação de derrubada de Kadafi. Hoje, a hostilidade entre as tribos já alcança o nível de genocídio, são massacradas algumas tribos africanas. A bandeira da “Primavera Árabe” não resultou na formação de nenhuma democracia na Líbia: o país está à beira do desmoronamento.»
Por sua vez, Sergei Demidenko, especialista em assuntos orientais do Instituto de Pesquisas e Análises Estratégicas, afirma que, ao apoiar a luta dos insurretos contra Kadafi, o Ocidente pensava em tudo, menos em reformas democráticas na Líbia, visando apenas os recursos naturais do país. Porém, observa que eles sequer conseguiram estabelecer o seu controle sobre tais recursos:
«O Reino Unido e a França tentaram estabelecer o seu controle sobre o petróleo líbio. Mas este objetivo também não foi alcançado, pois a exploração de jazidas petrolíferas é possível apenas quando existe estabilidade política. Quando no país se trava uma guerra de todos contra todos, este objetivo torna-se irrealista. Por outro lado, a União Europeia obteve um foco poderosíssimo de proliferação do radicalismo islâmico.»
Outro especialista, Aleksei Podserob, do Instituto de Estudos Orientais da Academia Russa de Ciências, reitera que o poder local está nas mãos de comandantes de campo, mais de cem mil líbios estão armados e a atividade do Conselho Nacional de Transição é confusa e nebulosa. Até hoje, nem sequer se conhecem ao certo os integrantes do conselho. Para ele, os verdadeiros ganhadores foram outros:
«Ganharam os países em cujos bancos se encontram os ativos líbios, que não foram descongelados definitivamente até hoje. Ganhou, certamente, o Catar, pois a derrubada do regime de Kadafi permitiu-lhe reforçar consideravelmente a sua influência política nessa região.»
Pobserob completa, observando que, em 2011, o PIB da Líbia baixou bruscamente, o desemprego aumentou e o nível de vida decaiu. Mais de 10 mil pessoas estão detidas nas prisões e as repressões contra os partidários de Kadafi continuam. Ademais, todas as tentativas da Corte Criminal Internacional para conseguir informações sobre a situação nas prisões foram inúteis, até agora.
Por outro lado, até mesmo a Anistia Internacional, que com frequência atua como linha auxiliar dos interesses do establishment anglo-americano, está cobrando da OTAN uma investigação séria sobre as mortes de civis no conflito líbio, em especial, as decorrentes dos mais de 10 mil ataques aéreos oficialmente desfechados contra as forças de Kadafi. Em um relatório divulgado em 19 de março, intitulado “Líbia: as vítimas esquecidas dos ataques da OTAN”, a organização acusa a Aliança Atlântica de não ter realizado as necessárias investigações sobre tais casos ou sequer tentado estabelecer contato com sobreviventes e parentes das vítimas.
Como afirmou Donatella Rovera, alta funcionária da organização:
«É profundamente desapontador o fato de que, mais de quatro meses após o fim da campanha militar, as vítimas e os parentes daqueles quer foram mortos pelos ataques aéreos da OTAN permaneçam no escuro quanto ao que aconteceu em quem foram os responsáveis. Os funcionários da OTAN reiteraram, repetidamente, o seu compromisso com a proteção dos civis. Eles não podem, agora, varrer para o lado as mortes de um monte de civis com alguma vaga declaração de lamento, sem investigar adequadamente aqueles incidentes mortais.»
Diante de tal quadro, não admira que potências como a Rússia e a China, que se abstiveram na votação da Resolução 1973, tenham aprendido a lição e decidido que uma nova intervenção semelhante não ocorreria, por exemplo, no caso da guerra civil na Síria. O mesmo argumento justifica a ação cautelosa de seus parceiros no grupo BRICS, Brasil inclusive, frente às pressões diplomáticas externas e, no caso brasileiro, dos setores midiáticos internos, adeptos de alinhamentos semiautomáticos às estratégias hegemônicas do bloco anglo-americano, para um posicionamento mais firme contra o regime de Bashar al-Assad.
Movimento de Solidariedade Íbero-americana

sábado, 24 de março de 2012

O pacifismo em zona de guerra

Ficha Corrida

O pacifismo em zona de guerra

by Gilmar Crestani
Quando generalizo na condenação à Israel, é porque, institucionalmente, é um arremedo de país que, como marionetes, seguem cegamente o que mandam os EUA. É claro que lá não são todos belicistas, assassinos. Aliás, a comunidade não é uniforme nem lá nem cá, nem alhures. O que pouca gente sabe, porque consome apenas o que os grupos mafiomidiáticos a$$oCIAdos ao Instituto Millenium reproduz com autorização da CIA, é que maior comunidade judaica do Oriente Médio, fora de Israel e depois da Turquia, está no Irã. A comunidade judaica no Irã tem, inclusive por lei, representante no Parlamento. Como declarou o representante da comunidade judaica no Parlamento, em Teerã, ao documentário Zona de Guerra do Discovery, as relações conturbadas com Israel são de natureza política. Não religiosas ou étnicas, como querem fazer crer os batedores de carteira na mídia.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mais um Jean Charles de Menezes - Ou Chicanos não têm vez

Publicado em 22/03/2012
Mais um Jean Charles de Menezes






Recife (PE) - Eu já enviara a coluna desta quinta-feira para o Direto da Redação, quando li no Diário de Pernambuco online:

“Brasileiro não roubou biscoito, diz funcionário da loja de conveniência

Um funcionário da loja de conveniência no centro de Sydney, na Austrália, afirmou nesta quinta-feira que a pessoa que furtou o pacote de biscoito no estabelecimento não é a mesma morta por policiais após a utilização de armas de choque, ou seja, não se trataria do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos. A informação é da rádio SBS, que tem programação em português. O funcionário falou sob a condição de anonimato”

Então de imediato me veio à mente o assassinato, a execução de Jean Charles de Meneses em Londres. Aqui mesmo no Direto da Redação escrevi:

“Eu não sei quantos inquéritos sobre o assassinato de Jean Charles de Menezes serão abertos. Nem quantas vezes o mesmo inquérito será reaberto. Mas sei o quanto deve ser duro, para os jornalistas da BBC Brasil, acompanharem com ar profissional esses arremedos de investigação. Afinal, Jean Charles era um ser igualzinho a eles, brasileiro como eles salvo engano, que estava em Londres para ter melhor vida e reconhecimento, assim como eles, até prova em contrário.

No entanto, têm que segurar a mão com frieza para a digitação de palavras como “O novo inquérito sobre o caso tem como objetivo apurar as circunstâncias da morte de Jean Charles e não deve apontar culpados”. Que extraordinários dribles de Robinho têm que dar na própria consciência. Um novo inquérito, que investiga a verdade, mas apura as circunstâncias do crime como se não as soubesse, e que não aponta culpados. Ótimo. A ironia deve ser uma invenção inglesa bem aprendida por súditos de todos os continentes.

Lembro que no calor do impacto, há mais de três anos, escrevi o texto “Morrer por engano”, que traduzido como “To Die by Mistake”, foi publicado no counterpunch, Clique aqui Na urgência da raiva, escrevi que

“O brasileiro, o cão, a raposa, esse animal híbrido, sem espécie e sem definida raça, de nome Jean Charles de Menezes morreu por engano assim, abatido com oito tiros. Morte dura e vil, que até a um cão, que até a uma raposa, que até a um coelho, seria prova de manifesta perversão e crueldade. Que dirá a um humano, perdão, Blair, perdão, Bush, perdão, súditos ingleses apavorados, que dirá a um ser assemelhado a humano? Ainda que seja natural de um país de samba e mulatas exóticas, boas para a cama e para o turismo, ainda assim, e apesar disso, será que esse inferior mereceria um fim de animal raivoso em Londres?...

Sabemos todos que os ingleses não tratam assim a seus cachorros. Não existe no mundo povo que mais ame a esses pops, pups, todos, até prova em contrário, cachorrinhos animais de estimação. Que graça possuem a passear com os seus melhores amigos puxados por correntes nas ruas de Londres! Quanto amor, dizem até, os maldosos, quanto afeto dedicado a um semelhante. Não, a humanidade inglesa não trata assim a cachorros. Se existe uma voz de comando para matar, para atirar na cabeça de seres que se movem, essa ordem não será contra cães. É para algo muito baixo e nocivo, menos, muito menos que dogs, embora ande (simule andar), fale (simule a fala), pense (simule o pensar) e sorri (simule o sorrir). Um algo que o terror chama de terrorista...

Quando li o relato de uma testemunha do assassinato de Jean Charles, que compreendeu os olhos do homem imobilizado no chão, depois, pelas fotos...

‘Se você olhar as fotos, os olhos dele pareciam ser pequenos, mas, quando vi o rosto dele por apenas um segundo, porque foi tudo muito rápido, os olhos dele estavam bem, bem abertos. Ele parecia muito, muito assustado’ que,

quando viu esse relato, meu estômago sentiu um soco. Os olhinhos pequenos que se abriam espantados, com uma pistola apontada contra a sua cabeça, eram os meus, os nossos, dos nossos filhos, irmãos, de todos os povos não britânicos. Os olhinhos asiáticos de todos nós, terroristas.

Mal sabia, quando escrevi essas linhas, que uma realidade mais inumana viria. A realidade que finge que apura, para dar ao mundo uma idéia de civilização. Por ironia, no momento em que era anunciado o mais novo inquérito, eu ouvia Gilberto Gil a cantar “O sonho acabou”. Eu via a cara de Jean Charles de Menezes e Gil cantava “Quem não dormiu de sleeping-bag nem sequer sonhou”. Eu sei, Gil cantava isso em outro contexto. Ele se referia ao mundo das flores, da paz e do amor hippies. E na canção cabia também uma pontada na utopia de um mundo radicalmente novo. Mas de maneira torta Gil foi profeta. Foi pesado o sono pra quem não sonhou”.

Para nossa infelicidade, os Jeans Charles do terceiro mundo estão sempre atualizados. Os textos não envelhecem, se a realidade não muda.
Via Direto da Redação por  Urariano Mota

domingo, 18 de março de 2012

A águia e o dragão





domingo, 18 de março de 2012
A águia e o dragão
A Chimérica cede lugar aos BRICS e à Eurásia. Pequim redefine seu papel no mundo e preocupa os EUA

Antonio Luiz M. C. Costa, CartaCapital






Vicejou nos anos 2000 a ideia de que os EUA e a China vivem uma simbiose, a “Chimérica”, um sistema único que representava um quarto da população, um terço da economia e metade do crescimento do planeta, no qual chineses financiam e abastecem estadunidenses que em troca lhes oferecem seu mercado consumidor e financeiro. Combinada à ilusão monetária causada pela subvalorização do yuan, que fez o peso do setor externo na economia chinesa parecer maior do que realmente é, essa meia-verdade criou a ilusão de que Pequim teria seu crescimento pautado pelos EUA e jamais ousaria desafiá-lo.
Mas a reação da China à crise de 2008 mostrou que o país quer -continuar a crescer sem depender do Ocidente e tem planos mais ambiciosos do que lhe servir de periferia industrial. E o próprio inventor da Chimérica, o historiador britânico Niall Ferguson, passou a prever, em 2010, o fim da parceria.
Enquanto tentam promover o uso internacional do yuan com acordos bilaterais com parceiros comerciais, os chineses começaram a reduzir rapidamente o peso dos títulos do tesouro dos EUA em suas reservas. Em 2002, 75% das reservas chinesas eram denominadas em dólares e esse número pouco se alterou até 2006, mas caiu para 65% em 2010 e para 54% em meados de 2011: 1,73 trilhão de dólares em um valor total equivalente a 3,2 trilhões. No final de 2011, o valor parece ter caído para 1,15 trilhão. A compra de T-bonds representou apenas 15% do crescimento das reservas chinesas nos 12 meses terminados em 30 de junho de 2011, ante 45% em 2010 e 65% na média dos últimos cinco anos. Nem a crise do euro reverteu a tendência – pelo contrário, os chineses aproveitaram seu barateamento para acelerar a diversificação, enquanto países como Japão e Brasil continuam a financiar Tio Sam.
Outro movimento é o deslocamento do foco da economia, das exportações para o mercado interno. Isso significa reduzir incentivos e privilégios dos exportadores e melhorar os salários e benefícios sociais dos trabalhadores para que estes se sintam seguros para consumir mais e poupar menos. Ao mesmo tempo, aumenta a preocupação do governo com reduzir emissões de carbono e melhorar os padrões de saúde, educação e preservação ambiental.
É uma operação delicada, pois mexe com as estruturas econômicas e interesses consolidados e a transição pode criar desemprego em setores e metrópoles inteiras que se criaram em -função do mercado externo – como, por exemplo, Shenzhen, que saltou de 300 mil para 10 milhões de habitantes em 30 anos, ao se tornar a mais importante Zona Econômica Especial do país.
Significa também desacelerar o crescimento. Em 5 de março, o primeiro-ministro Wen Jiabao abriu a Assembleia Popular Nacional com o aviso de que em nome de um “crescimento sustentável e de melhor qualidade”, a meta de expansão do PIB em 2012 será de “apenas” 7,5%. É a primeira vez, desde que medidas anti-inflacionárias reduziram o crescimento a 4% em 1989-90 e criaram o clima para os protestos da Praça Tiananmen, que o governo chinês se atreve a deixar o país crescer menos de 8% ao ano. Hoje, o crescimento da força de trabalho é menor, mais de metade já vive em cidades e o êxodo rural é menos intenso, ao -mesmo tempo que a maior ênfase no mercado interno significa mais crescimento dos serviços e menos de indústrias de capital intensivo, absorvendo mais mão de obra com menos crescimento.
Isso joga água fria na fervura dos setores minerais e agrícolas de outros países que faziam a festa com o boom industrial chinês, mas pode ser bom para seus setores industriais. Com maiores custos de mão de obra e crescimento mais direcionado ao mercado interno, a China concorrerá menos e oferecerá mais oportunidades, enquanto se volta para produtos mais sofisticados. O país que desde 2007 é o maior exportador do mundo será em 2014 também o maior importador, segundo as projeções de The Economist. Superará os EUA no tamanho de vendas no varejo também em 2014 e em gastos dos consumidores em 2023. Vale lembrar que em 2010 já o ultrapassou em produção industrial, consumo de energia e vendas de veículos.
Mas a transformação da China em superpotência tem um aspecto mais incômodo para o Ocidente, que é o crescimento de seu poderio militar e estratégico. Sua capacidade militar há muito basta para a defesa, mas a transformação da nação fechada e autossuficiente da era maoísta em potência que demanda insumos de todo o planeta – inclusive da América Latina e África, que EUA e União Europeia, respectivamente, tratavam como seus “quintais” – implica, mais cedo ou mais tarde, em capacidade militar para dissuadir rivais de ameaçar seus aliados, fornecedores e rotas comerciais em todo o planeta.
Mesmo com o pé no freio da economia, Pequim amplia suas forças armadas. No orçamento de 2012, os gastos militares crescem oficialmente 11,2% (ante 12,7% em 2011) e atingem 106 bilhões de dólares e 2,1% do PIB. Ainda é muito menos que os 739 bilhões e 4,8% do PIB dos EUA, mas as projeções de The Economist sugerem que a China deve superar os EUA em PIB real em 2016, em PIB nominal por volta de 2018 e em gastos militares em 2025.
O que isso significa, em termos qualitativos, é mais difícil de prever. Em 2011, a China apenas começou a testar seu primeiro porta-aviões e seu primeiro caça furtivo (o Mighty Dragon J-20, comparável ao Raptor F-22 dos EUA), áreas onde Washington lidera há décadas. Seu arsenal nuclear, comparável ao da França ou Reino Unido, ainda é o de uma potência de segunda classe.
Mas os chineses já mostraram a seus rivais sua capacidade de queimar etapas (inclusive, por exemplo, com seu programa espacial) e são hoje a única das cinco potências nucleares tradicionais a expandir seu arsenal atômico. Segundo o Bulletin of the Atomic Scientists, tinham 240 ogivas em 2011 (EUA e Rússia têm cerca de 5 mil cada um). Só 40 delas, hoje, podem -alcançar os EUA, mas devem ser mais de 100 em 2025 e estão construindo novos submarinos e mísseis navais capazes de colocar a outra margem do Pacífico dentro de seu raio de ação. Além disso, a habilidade dos hackers chineses na sabotagem e espionagem cibernéticas surpreendeu o Pentágono, que reage com atraso ao criar sua própria força de “ciberguerreiros”.
E as articulações geopolíticas da China já são mundiais. Têm dois eixos que se sobrepõem parcialmente e permitem superar a Chimérica. Um, econômico e comercial, é o bem conhecido BRICS. Sigla criada em 2003 por um analista do Goldman Sachs para países que pareciam só ter tamanho e potencial em comum, tornou-se, a partir de 2009, um clube real, com reuniões anuais e políticas comuns (e a África do Sul como sócio menor). A “cola” que os uniu é a China, hoje a maior parceira comercial de cada um dos outros integrantes e sua aliada na maioria dos conflitos com os países ricos e na gradual construção de alternativas ao comércio em dólares.
O outro eixo, de segurança e defesa, é a Organização de Cooperação de Xangai, que abrange China, Rússia e as repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central (exceto, por enquanto, o Turcomenistão), com a Índia, Irã, Paquistão e Mongólia como observadores: no conjunto, mais da metade da população da Terra. Fundada em 2001 para supressão de dissidentes, separatistas, narcotraficantes e “terroristas”, começou exercícios militares e projetos conjuntos de energia e infraestrutura e expulsou os EUA de sua base no Uzbequistão. Não é uma aliança militar rígida sob um comando unificado, como é a Otan ou foi o Pacto de Varsóvia, mas em termos práticos, a China assegurou prioridade no acesso ao petróleo e minérios da Rússia e Ásia Central que o Ocidente esperava controlar nos anos 1990 e a cooperação militar do Kremlin enquanto lhe faltam seus meios próprios de ação mundial.
Os EUA, por certo, não estão alheios a esse processo. Sua resposta é reformular sua estratégia e redistribuir tropas e comandos que, 20 anos depois do fim da União Soviética, ainda refletiam as prioridades da Guerra Fria, concentrando-se ao longo da extinta “cortina de ferro”. Nos últimos anos, foram criados comandos militares para a África e a América Latina, regiões antes asseguradas, mas onde hoje Pequim disputa influência.
E em 6 de janeiro, Barack Obama anunciou uma nova estratégia cuja prioridade evidente é prevenir a hegemonia da China na região da Ásia, Pacífico e Índico. Anunciou novas bases militares na Austrália e Filipinas, ofereceu apoio a Hanói, que disputa com Pequim o mar da China Meridional e tenta seduzir Myanmar e cortejar a Índia, para prevenir uma maior aproximação com os chineses. A queda de braço com os regimes da Síria e Irã também faz mais sentido como parte desse jogo de xadrez do que como reação à improvável ameaça de Teerã ao Ocidente. Trata-se de tentar mostrar à plateia afro-latino-asiática que o bloco da Eurásia não é forte o bastante para proteger seus pupilos quando a Aliança Atlântica se decide a agir. Mas como na crise dos mísseis de Cuba, há o risco de qualquer passo em falso fazer o jogo sair do controle – e, mesmo que o pior não aconteça, de voltar a fazer pender a ameaça de aniquilação sobre toda a humanidade por mais uma geração.
Via O Esquerdopata: A águia e o dragão
Under Creative Commons License: Attribution

Democracy and Liberty, Uncle Sam?


 

Decenas de detenidos por celebrar los 6 meses del movimiento Occupy

Todavía se desconoce el número exacto de arrestos

PÚBLICO.ES/ AGENCIAS Madrid 18/03/2012 09:18 Actualizado: 18/03/2012 11:50

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Decenas de personas han sido arrestadas esta madrugada en Nueva York, cuando celebraban losseis meses del nacimiento del movimiento Occupy Wall Street en Estados Unidos.
Occupy Wall Street quiso recordar que todavía siguen activos, aunque este invierno no se les haya oído demasiado. Según informa The New York Times, están preparando más acciones para primavera.
La marcha que convocó Occupy Wall Street fue tranquila, pero agentes de la policía pidieron a los manifestantes que no anduvieran por la acera de la calle Liberty, y al no hacerlo empujaron contra la pared a más de cien manifestantes. En este momento, comenzaron las primeras detenciones y se llevaron a más de diez personas arrestadas.
Sobre las 10 de la noche del sábado, los miembros que formaban la protesta entraron al parque en lo que llamaron "el entrenamiento de primavera", que quiere avisar de las nuevas acciones que realizarán más adelante. Más de 500 personas se reunieron en el parque Zuccotti neoyorquino, sitio en el que surgió el movimiento, donde se habían reunido los manifestantes
A las 11:30 de la noche del sábado los manifestantes empezaron a colocar sus tiendas de campaña, y fue entonces cuando la policía pidió que abandonaran el emblemático parque porque estaba cerrado.
Entraron 100 oficiales, mientras decenas de personas se sentaban pacíficamente en protesta. Los policías les pusieron esposas de plástico y luego les metieron en autobuses municipales y furgonetas. Los oficiales avisaron que todos los que permanecieran en el parque serían multados por desobediencia.

"No tenemos miedo"

Los "indignados" cantaban eslóganes como "no tenemos miedo" cuando los agentes les detenían, uno a uno, mientras les hacían salir del parque. Tras desalojar a los manifestantes reunidos en la zona, la policía colocó vallas metálicas alrededor del perímetro del parque, mientras los detenidos eran obligados a subir a un autobús municipal.
Occupy Wall Street denuncia que hay heridos
Una mujer que resultó herida fue trasladada en ambulancia a un centro médico cercano, tras pedir en numerosas ocasiones asistencia médica, añade el diario estadounidense. En suTwitter han denunciado que la policía ha causado más heridos.
El movimiento Occupy protesta contra el sistema económico actual que considera que fomenta las desigualdades y la avaricia de las grandes empresas. Las manifestaciones del grupo comenzaron el pasado 17 de septiembre en Nueva York, desde donde se extendieron por numerosas ciudades de Estados Unidos en los últimos meses.

Occupy Wall Street resurge

La manifestación que celebraron durante este sábado recordó los inicios del movimiento, ya que siguió el mismo recurrido y se desarrolló de forma muy similar. No todo el mundo confió en que Occupy se volvería un movimiento fuerte y con voz. Se empezaron a hacer notar con la acampada de dos meses que mantuvieron en Nueva York.
El movimiento consiguió el apoyo global, algo que se demostró con la recaudación que consiguieron gracias a las donaciones que ofrecieron personas anónimas que apoyaban la causa.
Este movimiento se replicó en otras ciudades estadounidenses y se exportó a Europa, naciendoOccupy London. Además, distintos movimientos sociales que comparten la causa por la que lucha Occupy Wall Street le apoyaron y realizaron manifestaciones. En España, ciudades como Madrid, Barcelona, Valencia, Bilbao y Las Palmas se movilizaron bajo el mismo objetivo con el lema "Toma la Bolsa".

sábado, 17 de março de 2012

Rick Santorum: "Puerto Rico debe hablar inglés para ser estado de la Unión"

Meu Pitaco:
Aliado de Tio Sam e daí? Segue sendo uma porcaria colonizada, subjugada e espoliada pelos EEUUAA que não cuida economicamente e socialmente de seu povo, vai cuidar dos "xicanos"? jbc

Rick Santorum: "Puerto Rico debe hablar inglés para ser estado de la Unión"

Conservador hace polémica propuesta a caribeños.

Rick Santorum: 'Puerto Rico debe hablar inglés para ser estado de la Unión'
Foto: g1.g
San Juan.- El precandidato presidencial republicano, Rick Santorum, sugirió al gobierno de Puerto Rico adoptar el idioma inglés como lengua oficial, “si desea ser considerado como un estado de la Unión”, durante su más recientemitin en suelo caribeño.
“Como sucede en cualquier otro estado, hay que cumplir la ley federal. Adicionalmente, esa es que el inglés ha de ser el idioma principal", dijo el precandidato. Hay estados con más de un idioma como Hawai, pero para ser estado de los Estados Unidos, el inglés debe ser el idioma principal”, explicó el ex senador por Pensilvania ante el asombro de los asistentes a su evento.
Vale recordar que el país centroamericano está asociado a Estados Unidos, y aunque sus habitantes no pueden elegir al jefe de Estado de este último a pesar de  contar con la ciudadanía, sí tienen la facultad de sufragar en las primarias de las bancadas (Con información de Univisión). 

País mais rico do mundo, EUA têm ‘acampamentos da miséria’


Meu pitaco:
Maior economia do mundo! Maior PIB do Mundo! Maior PIB per capita do Mundo! Maior império - suas bases militares alcançam os mais longínquos rincões como os mais ricos países da UE - militar do Mundo!
Maior País terrorista do Mundo! O Justiceiro do Mundo!
... volta as costas para os seus! O capitalismo é assim. Um dia diretor engravatado, no outro vendedor de maçãs - atividade muito usada para driblar a fome na Grande Recessão de 1930 - não há meio termo. JBC

 Ficha Corrida

Fosse em Cuba ou na Venezuela…

by Gilmar Crestani
As misérias dos EUA, como aquela vinda à luz com o Furacão Katrina, não ganha espaço na mídia com bolsa na CIA. Tudo o que eles passam primeiro tem o aval de quem os financia. Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium sabem a quem obedecer.

País mais rico do mundo, EUA têm ‘acampamentos da miséria’

Atualizado em  15 de fevereiro, 2012 - 15:35 (Brasília) 17:35 GMT
'Minha mãe teve que comer rato', diz sem-teto nos EUA
Cada vez mais americanos sofrem com os efeitos da crise.
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A BBC visitou nos Estados Unidos alguns acampamentos de sem-teto, cada vez mais numerosos no país desde o início da crise econômica que explodiu em 2008.
Dados oficiais apontam que cerca de 47 milhões de americanos vivem abaixo da linha pobreza e este número vem aumentando.
Atualmente há 13 milhões de desempregados, 3 milhões a mais do que quando Barack Obama foi eleito presidente, em 2008.
Algumas estimativas calculam que cerca de 5 mil pessoas se viram obrigadas nos últimos anos a viver em barracas em acampamentos de sem-teto, que se espalharam por 55 cidades americanas.
O maior deles é o de Pinella Hope, na Flórida, região mais conhecida por abrigar a Disney World. Uma entidade católica organiza o local e oferece alguns serviços aos habitantes, como máquinas de lavar roupa, computadores e telefones.
Muitos acampamentos são organizados e fazem reuniões para distribuição de tarefas comunitárias. Para alguns com poucas perspectivas de encontrar trabalho, as barracas são habitações semi-permanentes.

Mofo

Várias destas pessoas tinham vidas confortáveis típicas de classe média até pouco tempo atrás. Agora deitam sobre travesseiros tão mofados quanto suas cobertas, em um inverno no qual as temperaturas baixam a muitos graus negativos.
"Esfregamos literalmente nossos rostos no mofo toda noite na hora de dormir", diz Alana Gehringer, residente de um acampamento no Estado de Michigan, ao programa Panorama da BBC.
BBC
A crise leva milhares de sem-teto a passar inverno em barracas
O agrupamento de 30 barracas se formou em um bosque à beira de uma estrada, no limite do povoado de Ann Arbor. Não há banheiros, a eletricidade só está disponível na barraca comunitária onde os residentes se reúnem ao redor de uma estufa de madeira para espantar o frio.
O gelo se acumula nos tetos das barracas e a chuva frequentemente as invade. Mesmo assim, cada vez pessoas querem morar ali.
A polícia, hospitais e albergues públicos ligam com frequência perguntando se podem enviar pessoas ao acampamento.
"Na noite passada, por exemplo, recebemos uma ligação dizendo que seis pessoas não tinham vaga no albergue. Recebemos de 9 a 10 telefonemas por noite", diz Brian Durance, um dos organizadores do acampamento.
A realidade dos abrigados da Flórida e de Michigan é a mesma em vários lugares.
Na segunda-feira, Obama revelou planos de aumentar os impostos sobre os mais ricos. "Queremos que todos tenham uma oportunidade justa."
O presidente americano mencionou os que "lutam para entrar na classe média". Em Pinella´s Hope, em Arbor e em outros dezenas de locais no país, além dos que querem entrar na classe média, há os que foram expulsos dela pela crise e que desejam voltar.

quinta-feira, 15 de março de 2012

A CIA abre a fronteira com o repórteres sem-vergonha


Ficha Corrida

A CIA abre a fronteira com o repórteres sem-vergonha

by Gilmar Crestani

Reporteros sin Fronteras protesta pero reconoce que la UNESCO le negó el estatuto y confiesa su conexión con la CIA
En un comunicado donde se dice “victima” de desinformación mientras tergiversa los hechos, la ONG francesa Reporteros sin Fronteras, reconoce “no haber obtenido la promoción al estatus de ONG ‘asociada’ a la UNESCO” debido al “odio histórico” de “algunas delegaciones”.
En el mismo documento, Olivier Basille, director general de Reporteros sin Fronteras que sustituyó al fundador Robert Ménard, admite que existió lo que llama “un acuerdo de cooperación” entre el propio Ménard y el Center for a Free Cuba, de Washington, organización creada y manejada por Frank Calzon, un connotado agente CIA, y financiada por la USAID.
Mientras dice denunciar “una operación de desinformación” en su contra que pretende, según él, que la ONG fue “excluida” de la Unesco el 8 de marzo de 2012 “falta de ética”. Sin embrago, Basille admite que el Consejo Ejecutivo de la Organización de Naciones Unidas para la Educación, la Ciencia y la Cultura se negó a otorgarlo el estatus “asociativo”.
“Nuestras colaboraciones con la UNESCO han sido fructíferas y eficaces”, sostiene el jefe de RSF sin mencionar como la institución de las Naciones Unidas le retiró el miércoles 12 de marzo de 2008 el coauspicio del Día por la libertad de Internet precisamente por su falta de ética al atacar y “descalificar a un número determinado de países".
Detalle interesante, Basille afirma que la “promoción había sido recomendada por la directora general de la Unesco, Irina Bokova, en una misiva que nos envió el 3 de febrero de 2012”. Bokova fue elegida en 2009, en una de las elecciones más disputadas de la historia de la organización, gracias al voto de los europeos, frente al egipcio, Faruk Hosni, supuestamente hostil a Israel.
Revelando la orientación política de la ONG francesa, Basille explica la exclusión de RSF del estatus “asociativo” por el supuesto hecho que durante la sesión del Consejo, “algunos países occidentales, sobre todo europeos, se retiraron de la sala en protesta por la presencia de Siria” y que “Venezuela, apoyado en especial por China y Cuba, pudo bloquear fácilmente la promoción”.
Según el jefe de RSF, la noticia “dio lugar a que en Internet se repitieran viejos ataques que calumnian a Reporteros sin Fronteras”.
Sin embargo, Basille luego admite “que existió un acuerdo de cooperación entre su ex secretario general y una controvertida organización humanitaria (Center for a Free Cuba) surgida de la disidencia cubana en el exilio”.
El Center for a Free Cuba es de ninguna manera una creación de la llamada disidencia sino, al revés, una fachada CIA montada para encubrir operaciones de subversión y desestabilización subsidiadas por la USAID. Su jefe, Frank Calzón, tiene un largo historial de actividades vinculadas a la inteligencia norteamericana.
Pretende Basille: “Este acuerdo fue denunciado en 2008, a petición de los trabajadores de Reporteros sin Fronteras, durante el último cambio de dirección de nuestra organización” (la salida de Ménard). Un episodio hasta ahora desconocido de la historia de la ONG parisina igualmente controvertida.
Basille omite precisar hasta donde fue la colaboración de RSF con Calzón, la que dio lugar a decenas de operaciones sucias de desinformación y de propaganda contra Cuba, rompiendo record en materia de difamación. Con financiamiento norteamericano.
En el curso de estas actividades, Ménard viajo a Cuba para reunirse, en un guión de película de espionaje, con el entonces presidente de una supuesta asociación de periodistas independientes, el fallecido Nestor Baguer, que actuaba de colaborador de los órganos de seguridad cubana.
Las aventuras “controvertidas” de Ménard y de RSF son innumerables, e incluyen un viaje a Taiwán para recibir públicamente una importante suma de dinero para seguir con sus ruidosos ataques contra China. En septiembre 2008, Robert Ménard abandonó RSF no por razones de ética, sino para aceptar un contrato del Emir de Qatar para apadrinar un “centro” para la “libertad de prensa”. El proyecto, que tuvo como director el patrón de Al Jazeera, fracasó a pesar de los millones invertidos.
Rebelión ha publicado este artículo con el permiso del autor mediante una licencia de Creative Commons, respetando su libertad para publicarlo en otras fuentes.

Equador protesta e anuncia estar fora da Cúpula das Américas

Essa posição gostaria de ver o Brasil tomar!
E os direitos humanos não servem para quem está boicotando?
Imaginem Rússia fora da ONU os EEUUAA estariam com um cheque em branco para abusar do Mundo, assim como fez nas Américas!
Via MSN
Equador protesta e anuncia estar fora da Cúpula das Américas
País ataca boicote dos EUA à participação de Cuba
Equador protesta e anuncia estar fora da Cúpula das Américas 

quarta-feira, 14 de março de 2012

Funai: créditos de caborno são moeda podre no mercado

14 DE MARÇO DE 2012 - 9H45

Funai: créditos de caborno são moeda podre no mercado
Direto do Portal Vermelho
Nota publicada nesta quarta-feira (14) informou que o governo federal acionará a Justiça contra empresas estrangeiras que compram de tribos indígenas os direitos sobre a biodiversidade de terras na Amazônia.



Segundo a nota, o que estar por trás desses grupos estrangeiros é usar a preservação da floresta para explorar potenciais benefícios no mercado internacional, negociando créditos de carbono ao compensar a emissão de gases de efeito estufa.

Só no Pará já foram vendidos cerca US$ 120 milhões (R$ 214,8 milhões) os direitos sobre uma área no estado. O contrato foi firmado com a empresa irlandesa Celestial Green Ventures. Durante 30 anos, os índios se comprometeram a não plantar ou extrair madeira das terras. Os direitos sobre um território equivalente a 16 vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai) , o contrato entre a Organização do Povo Munduruku e a Celestial Green foi assinado sem a sua presença. A Funai também informou que estes contratos são ilegais e que as empresas que estão estabelecendo estes contratos já foram notificadas.

Em declaração à imprensa o presidente da Funai, Márcio Meira, disse que "esses contratos não têm qualquer validade jurídica, mas temos de proteger nosso patrimônio e nossos índios".

“Desde que tivemos o primeiro contrato desse tipo, há um ano e meio, nossa avaliação é de preocupação e alerta em relação ao assédio dessas empresas aos indígenas. Procuramos a assessoria especializada da Funai, que é ligada à Advocacia Geral da União, para que analisasse e, se necessário, tomasse medidas judiciais. Tomamos medidas educativas e de precaução. Fizemos uma cartilha distribuída às comunidades indígenas alertando para contratos que podem ser danosos a elas”, declarou Meia à imprensa.

Segundo informações da Advocacia-Geral da União (AGU), que defende judicialmente a União, existem hoje cerca de 40 contratos que estão sendo investigado.

Sem regulamentação no Brasil e o no mundo, o mercado de carbono florestal gera controvérsia. Há um receio de que empresas que fazem contratos entre índios e compradores dos créditos usem a atividade para biopirataria.

Bolsa Verde

O Bolsa Verde foi lançado no final do ano passado e paga o benefício a famílias de reservas extrativistas, tipo de unidade de conservação onde é permitido o uso sustentável de recursos naturais. É uma das medidas do plano de erradicação da pobreza extrema do País, associada ao combate ao desmatamento.

Segundo informações da Funai o benefício de R$ 100 por mês é destinado às famílias indígenas assediadas por contratos de venda de créditos de carbono. Hoje, mais de 30 etnias já fecharam contratos nesses moldes.

Os mundurucus, por exemplo, venderam à empresa irlandesa Celestial Green Ventures - por US$ 120 milhões - os direitos sobre um território equivalente a 16 vezes o tamanho da cidade de São Paulo, em Jacareacanga (PA).

Segundo Márcio Meira a primeira lista de beneficiários do Bolsa Verde já conta com cerca de 500 famílias da Terra Indígena Sete de Setembro, onde vivem os suruís, em Rondônia. A terra indígena Tenharim Marmelos, no Amazonas, também entrou na lista de prioridade para receber o pagamento por serviços ambientais.

Meira declarou lembrou que “a Funai está em contato permanente com todos os povos indígenas do Brasil. Temos 36 regionais, quase 300 coordenações técnicas locais, o próprio chefe da coordenação técnica na área é um indígena Munduruku. Ele é a própria Funai”.

Com agências

segunda-feira, 12 de março de 2012

Com Irã, o furo é mais embaixo


Ficha Corrida

Com Irã, o furo é mais embaixo

by Gilmar Crestani
Não bastará um exército assassinos mercenários. Não basta assassinar, como fizeram com Saddam Hussein. É uma nação consciente de sua superioridade moral. E todos sabemos que o único que importa aos EUA é o petróleo. O resto é conversa para boi dormir.

La superioridad militar israelí no garantiza el éxito de su ataque a Irán

Las instalaciones nucleares iraníes están muy dispersas y bien protegidas

Ahmadineyad saluda a una multitud en la ciudad de Karaj. / EFE
En realidad Irán no juega con fuego sino con su programa nuclear y sus variadas bazas de retorsión, y lo hace como un consumado maestro en el manejo de los tiempos, centrado en dos objetivos: garantizar la supervivencia del régimen, basado en el velayat e faqí(Gobierno de los expertos en la ley islámica), y aprovechar las circunstancias (Irak debilitado y EE UU en rumbo de salida de la zona) para consolidarse como líder de Oriente Próximo.
Si nos dejamos llevar por los mensajes más altisonantes de estos últimos tiempos parecería que la guerra, contra el que aún hace poco fue definido como parte del “eje del mal”, ya está decidida. A la urgencia por destruir su controvertido programa nuclear se le añadiría, como motivo principal, el intento por anular a un actor que, desde 1979, cuestiona abiertamente un statu quo impuesto por Washington con la colaboración de los eufemísticamente denominados “países árabes moderados”. Pero si se atiende al cúmulo de señales de apaciguamiento que actores muy diversos están tratando de transmitir —temerosos de que el ataque no resuelva nada y desestabilice la totalidad de la región—, la conclusión podría ser totalmente distinta.
Irán no ha atacado frontalmente a ningún otro desde su independencia
Son numerosos ya los análisis publicados sobre el juego de la guerra que se viviría si se desencadena el ataque contra territorio iraní. No deja de ser llamativo que ninguno de ellos parta de la hipótesis de un ataque preventivo de Teherán, quizás inconscientemente derivado del hecho de que este país no ha atacado frontalmente a ningún otro desde su independencia. Lo normal en esos casos es dejar volar la imaginación, apoyándose en las guerras más recientes y en el análisis de las capacidades militares de los contendientes; pero frecuentemente olvidando que cada guerra es una historia exclusiva y que, a partir del primer disparo, lo que suele seguir es una mezcla desordenada de racionalidad, estupidez y falibilidad humanas. Visto así, salvo para los que disfrutan con las adivinanzas, de poco sirve juguetear a la estrategia de salón.
El arte de la guerra
La guerra no es una ciencia exacta, sino un arte (por chocante que pueda parecer esa palabra) que enfrenta dos voluntades, en un complejísimo ejercicio que obliga a considerar un gran número de variables y a responder sobre la marcha a los muchos imponderables que se acumularán en el campo de batalla. De este modo, se entiende que cada acción produce una reacción que solo podemos calibrar en términos de más probable (para definir nuestro plan de operaciones) y más peligroso (para planificar nuestra seguridad). Un reto que, además, exige una alta flexibilidad para adaptarse continuamente a lo inesperado. En estas condiciones, si, como se sostiene mayoritariamente, Israel termina por lanzarse al ataque en algún momento antes de final de año, lo máximo que podremos vaticinar es la primera escena de la película (ojalá sea eso y no una guerra real).
Supongamos que Israel se lanza al ataque (ni EE UU ni Irán están interesados en romper las hostilidades). El objetivo, tantas veces repetido, será destruir las instalaciones nucleares iraníes (especialmente las plantas de enriquecimiento de Natanz y Fordo, pero también las instalaciones donde se produce el hexafluoruro de uranio (a partir del yellow cake) de Isfahan y el reactor de agua pesada de Arak. Todo ello sin olvidarse de eliminar las defensas antiaéreas para facilitar las acciones de bombardeo.
Israel necesitará emplear durante un largo periodo al grueso de su aviación de combate
Dado que Irán se ha preocupado desde hace tiempo de dispersar sus instalaciones nucleares (en un país de 1,65 millones de kilómetros cuadrados) y de protegerlas con todas las medidas a su alcance (lo que hace a las más relevantes incluso capaces de soportar la explosión de las poderosas bombas GBU-28 israelíes), no será posible batirlas por completo con un solo golpe (aun utilizando unidades terrestres de operaciones especiales infiltradas en el país).
Dado que es impensable una invasión terrestre e Israel no tiene una flota de guerra de suficiente entidad, se supone que necesitará emplear durante un largo periodo al grueso de su aviación de combate (unos 125 cazas, mayoritariamente F-15 y F-16) —dejando al país en una delicada situación si hay represalias aéreas—, aprovechando preferentemente la noche y violando espacio aéreo árabe (sea a través de Jordania e Irak o, más probablemente, Arabia Saudí). Un simple cálculo sobre la autonomía de esos aparatos lleva a concluir que tendrán que repostar en vuelo para cubrir los alrededor de 3.500 kilómetros que deben recorrer hasta sus objetivos y regresar a sus bases. Para esas operaciones Israel solo cuenta con ocho aviones cisterna KC-707, lo que limita el volumen de cada una de las oleadas de ataque y cuestiona la intensidad de una campaña aérea que, previsiblemente, contaría las salidas por miles.
Teherán dispone de unas fuerzas armadas con unos 400.000 efectivos
Para hacer frente a un ataque de esas características, es cierto que Irán no ha logrado hacerse con los sistemas de defensa S-300 rusos (lo que vuelve a mostrar la ambigüedad de Moscú en esta crisis). Pero tiene, para empezar, elementos de disuasión tan bien engrasados como Hezbolá, en Líbano, o Hamás, en Gaza, a los que cabe añadir su notable influencia en Irak y Siria, pero también entre las comunidades chiíes de Bahréin, Yemen e incluso Arabia Saudí. Elementos, todos ellos que a buen seguro complican enormemente los cálculos a los responsables de seguridad de Tel Aviv (y de Washington).
Por si esto no sirviera para anular los planes bélicos de raíz,Teherán dispone de unas fuerzas armadas con unos 400.000 efectivos y un Cuerpo de Guardianes de la Revolución Islámica (pasdarán), que aporta otros 125.000 con mayor capacidad operativa que los primeros. Es cierto que, en el terreno estrictamente militar, lleva las de perder en una batalla aérea (contando con sus F-14, Mig-29 y hasta anticuados F-4, F-5 y Mirage F-1E) y que sus defensas no son seguramente impenetrables, pero nadie puede pensar que el ataque sea un paseo militar como el de la operación Protector Unificado contra la Libia de Gadafi. Además, Irán dispone de un variado arsenal misilístico —como los Shahab-3 y los Sajjil-2, que tienen a Israel en su radio de acción—, que pueden superar las barreras antimisiles israelíes (tanto la Iron Dome, como los misiles Arrow-3 y la todavía en desarrollo David's Sling).
De todas maneras, a partir de ese hipotético primer golpe, nada consistente podemos apuntar sobre lo que vendría a continuación. De hecho, ni siquiera está claro que Irán fuera a responder en términos clásicos, lanzando sus misiles contra territorio israelí o atacando a los buques de guerra de la V Flota estadounidense que patrullan el Golfo (para lo que cuenta con una veintena de pequeños submarinos, pero también lanchas y patrulleras de muy diverso tipo, capaces de lanzar misiles, sembrar minas o incluso realizar ataques suicidas cargados de explosivos, sin olvidar las baterías artilleras móviles a lo largo de la costa). En primer lugar, dependerá del daño recibido; de tal modo que si éste es de escasa entidad, podría optar por acciones encubiertas y renunciar a una represalia en fuerza, para no alimentar una espiral bélica que se iría decantando en su contra si, sobre todo, Washington se implicara en fases posteriores. Con ello atendería a varios objetivos simultáneos: negar razones a Israel para seguir escalando en el campo militar, restar argumentos para que EE UU se viera obligado a apoyar militarmente a su principal aliado en la región, alimentar las divergencias en la comunidad internacional ante lo que muchos verían como una agresión injustificada…, y preservar su programa nuclear de nuevos ataques.
Si no funciona el primer ataque
Si el primer golpe israelí no desmantela buena parte del sistema nuclear iraní y Teherán elige no responder de inmediato (sin que eso signifique que haya sido derrotado), el panorama se complica sobremanera para el agresor. Por un lado, al colocar en muy mal lugar a regímenes como el jordano y el saudí, por haber dejado sobrevolar sus cielos a los cazas israelíes sin más que una farisaica protesta, tendría más problemas para usar nuevamente esas rutas. Además, difícilmente podría lanzar un segundo ataque, sin recibir la unánime condena internacional, ni implicar a Barack Obama (un candidato electoral que no desea verse empantanado en un nuevo frente bélico en Oriente Próximo).
Precisamente esa implicación estadounidense es una condiciónsine qua non para aspirar al éxito en la campaña, puesto que es el único que puede garantizar el reabastecimiento en vuelo, la densidad adecuada en las reiteradas de oleadas de ataque a tierra, la defensa antiaérea, el mando y control de las operaciones, las bombas de mayor potencia (como las GBU-31 o las Massive Ordnance Penetrator) y hasta el compromiso (forzado o voluntario) de otros gobiernos. Sin esa colaboración, el esfuerzo israelí corre el riesgo de dejar buena parte del programa nuclear iraní intacto y de sufrir consecuencias quizás insoportables.
Eso dejaría a Teherán con las manos libres para continuar con su empeño nuclear y para represaliar a su modo, empleando las bazas de retorsión antes mencionadas y variadas técnicas de guerra irregular. No necesitaría tampoco cerrar el estrecho de Ormuz —contando con su presencia militar desde 1992 en las pequeñas, pero estratégicas islas de Abu Musa, Tung as Sughra y Tunb al Kubra, ubicadas en las cercanías de su punto más estrecho—, una medida que aunque dañaría a todo el mundo (por la inmediata subida del precio de los hidrocarburos), también afectaría muy duramente a su principal fuente de ingresos.
Por si todo eso fuera poco para obligar a Israel a pensárselo dos veces, Teherán acaba de dar una nueva muestra de su dominio del juego. Ha logrado que la comunidad internacional —visibilizada en este caso en el Grupo 5+1 (los cinco miembros permanentes del Consejo de Seguridad de la ONU más Alemania)— haya aceptado la oferta de volver a reabrir el proceso de negociaciones(bloqueado desde enero de 2011). Sin que esto signifique que Irán vaya a renunciar a nada, hay que entender que se trata de un movimiento que hace aún más problemático el ataque, por la sencilla razón que significaría reventar el esfuerzo diplomático mientras los interlocutores están sentados a la mesa. Irán estará interesado en mantenerse en dicha mesa, e incluso en mostrarse más flexible ante las demandas del Organismo para la Energía Atómica, al menos mientras se mantenga abierta la ventana de oportunidad que ahora vislumbra el Gobierno de Netanyahu por la parálisis estadounidense.
Racionalmente la guerra es hoy la peor de las opciones posibles. Irán no es, como vienen repitiendo voces muy significadas delestablishment israelí, una amenaza existencial, aunque nunca podrá ser una buena noticia que llegue a dominar el uso militar de la energía nuclear. El ataque solitario de Israel no resolvería ningún problema y podría dar alas a un Irán más radical (una vez que prácticamente todo el poder vuelve a las manos de Ali Jamenei), en lugar de dar tiempo a que las sanciones y la negociación surtan el efecto deseado. En todo caso, la decisión de emprender una guerra no siempre obedece a parámetros racionales.
Jesús A. Núñez Villaverde es codirector del Instituto de Estudios sobre Conflictos y Acción Humanitaria (IECAH).
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