NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Protecionismo é ruim só quando é nosso


Ficha Corrida


Liberalismo made in USA

by Gilmar Crestani

Protecionismo é ruim só quando é nosso

A decisão dos EUA de cancelar a compra dos aviões Super-Tucano (20 unidades, com possibilidade de chegar a 55 aeronaves) para treinamento de sua Força Aérea não tem nenhuma razão formal ou burocrática.
É o bom e velho protecionismo em ação.
A Embraer cumpriu todas as regras: associou-se a uma empresa americana, ia produzir lá 80% da aeronave – aqui, nossas exigências de conteúdo nacional raramente superam os 65% -  e não havia questões de tecnologia a transferir.
Ao contrário, aliás, o fato de o avião da Embraer contar com sistema inercial de voo, computador de bordo, motor, hélice, e outros sistemas de origem norte-americana foi a razão para aquele país impedir-nos de vende-lo à Venezuela.
Mas na hora de ceder à pressão do lobby da Beechcraft e da Lockheed, aí os aviões não são “suficientemente americanos”.
E é claro que isso tem a ver com a questão da compra dos caças do programa FX-2, no qual os americanos querem nos vender os F-18 da Boeing.
E os bobocas aqui dizendo que o que vale é a “análise técnica” dos aviões. A oficial-aviadora Eliane Cantanhede, da esquadrilha da Folha, então, é brevetada nisso.
A possibilidade de um avião destes ser prejudicado em combate por um fiapo tecnológico é tão perto de zero que não é possível nem imagina-la.
Mas o poder gerado pela transferência de tecnologia e pela capacidade nacional de realizar, em ponto maior, projetos bem sucedidos como o do Super-Tucano é evidente.
E tecnologia, no poder bélico hoje, como em todos os tempos, é a verdadeira arma.  Abrir mão dela é desarmar-se.
O que não seria mau, se todos os fizessem. Mas não fazem.

Pombas da Paz - Brasil & Irã

Já aconteceu antes. O Dr. Lula já havia tratado muito bem esse assunto!
Estamos na dianteira novamente, mesmo que nossa imprensa ache que voltamos as costas para o Irã!

Mark Weisbrot - Brasil-Irã

É vital que países sigam o exemplo do Brasil e se manifestem antes de uma guerra contra o Irã começar
Na semana passada, o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez uma declaração corajosa e muito importante sobre a ameaça crescente de um ataque militar ao Irã. Ele pediu ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que desse seu parecer sobre a legalidade de um ataque contra o Irã, como vem sendo ameaçado.
"Às vezes ouvimos a expressão 'todas as opções estão sobre a mesa'", disse. "Mas algumas são contrárias às leis internacionais."
As pessoas que continuam a afirmar que "todas as opções estão sobre a mesa", aludindo ao Irã, incluem várias autoridades dos EUA e de Israel e, o que é mais importante, o próprio presidente Obama.
E todo mundo sabe o que querem dizer quando afirmam que "todas as opções estão sobre a mesa": eles se reservam o "direito" de bombardear o Irã se não conseguirem o que querem por meios não militares, incluindo sanções econômicas.
Mas tal ação seria de fato "contrária à lei", como Patriota sugeriu. Na realidade, é um crime muito grave segundo as leis internacionais e representa uma violação clara da Carta das Nações Unidas (artigo 2).
A simples ameaça de recorrer à força militar contra outro Estado-membro da ONU -o que Obama e o governo israelense já fizeram- já é uma violação da Carta da ONU.
Aqui nos EUA, a mídia -especialmente as maiores emissoras de TV e rádio- vem produzindo propaganda de guerra sobre a "ameaça" vinda do Irã, em um replay virtual do que antecedeu a invasão do Iraque em 2003.
O Congresso, liderado pelo lobby neoconservador e pelo Aipac (lobby pró-Israel), vem fazendo pressão para cortar as soluções diplomáticas.
Uma resolução submetida ao Senado americano no momento incentivaria uma ação militar contra o Irã por simplesmente possuir a "capacidade" de produzir uma arma nuclear -algo que o Brasil, a Argentina, o Japão e outros países com programas pacíficos já possuem.
E tudo isso a despeito do fato de o Irã atender às demandas do Tratado de Não Proliferação Nuclear, incluindo as inspeções exigidas, e de não ter demonstrado nenhuma intenção de violar o tratado.
A visão consensual das 16 agências de inteligência dos EUA, segundo o "New York Times", é que "não há prova concreta de que o Irã decidiu construir arma nuclear".
É vital que os países que estão interessados em manter a paz e um mundo regido por tratados e diplomacia internacionais, em vez da força, se manifestem, como o Brasil fez, antes de uma guerra começar.
A declaração de Patriota é muito importante. Há muito mais que pode ser feito. O Brasil poderia trabalhar com os Brics e com a Unasul para conseguir mais declarações e compromissos. Esses grupos, ou seus países-membros, poderiam anunciar como reagiriam a um país que lançasse um ataque militar não provocado contra o Irã.
Por exemplo, poderiam comprometer-se a retirar seus embaixadores desse país, a romper relações diplomáticas e a rever suas relações comerciais, com a possibilidade de sanções econômicas seletivas.
Para prevenir outra guerra desnecessária e suas atrocidades inevitáveis, o esforço vale a pena.
Tradução de CLARA ALLAIN

Netanyahu pedirá a Obama que ameace Irã com um ataque militar







ORIENTE MÉDIO


29/02/2012 - 08h44 | Agência Efe | Jerusalém

Netanyahu pedirá a Obama que ameace Irã com um ataque militar, diz jornal israelense
Premiê endurecerá o tom sobre o tema em busca de uma declaração mais forte dos EUA, aponta o jornal
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pedirá ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no encontro que manterão na próxima segunda-feira (06/03) em Washington, que ameace publicamente o Irã com um ataque militar se o país persa não frear seu programa nuclear, informa nesta quarta-feira (29/02) o diário israelense Ha'aretz.
Netanyahu endurecerá o tom sobre o tema, que gerou notável "desconfiança" entre os dois aliados por suas diferenças sobre o papel das sanções e o tempo de espera requerido antes de bombardear o Irã, assinala o rotativo.
Seu objetivo é arrancar de Obama uma declaração pública mais belicosa que a repetida fórmula "todas as opções estão sobre a mesa".
Netanyahu quer que Obama assegure de forma inequívoca que os EUA estão preparando uma operação militar para o caso de o Irã cruzar determinadas "linhas vermelhas", aponta o diário com base em um alto funcionário israelense que não foi identificado.
Os preparativos para o encontro com Netanyahu, um dia depois do que manterá com o presidente israelense, Shimon Peres, estão sendo intensivos.
Nesta terça (28), a Casa Branca propôs ao escritório do primeiro-ministro israelense que os líderes emitam um comunicado conjunto após seu encontro para passar uma imagem de unidade.
A desconfiança mútua reinante se origina na percepção de que cada administração está interferindo nos assuntos internos do outro país.
Israel suspeita que Obama está tentando colocar a população israelense contra um ataque ao Irã, enquanto na Casa Branca acredita-se que Netanyahu está usando republicanos e o Congresso, onde são maioria, para pressionar Obama a dar sinal verde ao ataque.
direto do Opera Mundi

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O novo Vietnã - Afeganistão em chamas ou Sai correndo que aí vem bala



Publicado em 28/02/2012
Afeganistão em chamas




Não sei como agiria um fervoroso católico se descobrisse que queimaram a bíblia sagrada e a jogaram numa lixeira. Mas o mundo inteiro sabe da gravidade do que significa a queima do Alcorão para o mundo muçulmano, ainda mais quando praticada por invasores.
Foi o que aconteceu no início da semana passada no Afeganistão e transformou o país em um barril de pólvora, de difícil controle.
A irresponsabilidade de militares estadunidenses que atearam fogo a exemplares do Alcorão dentro da Base Aérea de Bagram – a maior no Afeganistão - conseguiu incendiar o país e unir todo o povo afegão contra os soldados estrangeiros, sobretudo os de Tio Sam, que ocupam o país. Os livros queimados estavam em uma lixeira e foram descobertos por um trabalhador local que cuidava de recolher o lixo da base.
Pronto. Daí em diante, se havia entre o povo afegão alguém que ainda simpatizasse com as forças militares que combatem os insurgentes do Talibã, agora não há mais. Há sete dias multidões iradas ocupam as ruas de várias cidades do Afeganistão protestando e pedindo “morte aos estrangeiros” e “fora ianques”.
Os pedidos de desculpas partiram de vários setores, inclusive do presidente Obama, mas pelo visto não conseguiram aplacar o sentimento de revolta do povo afegão contra a queima do livro sagrado dos muçulmanos.
No sábado, dois altos oficiais estadunidenses, um tenente-coronel e um major, foram assassinados dentro do prédio do Ministério do Interior afegão, em Kabul, onde trabalhavam como conselheiros militares. Os dois estavam no chão do escritório onde só entram pessoas que sabem o código numérico de segurança. Imediatamente, as suspeitas recaíram sobre um jovem oficial de inteligência do Afeganistão, que trabalhava com os dois e está desaparecido.
Um general senior do Afeganistão disse à BBC que o “virus do sentimento traduzido em ódio se espalhou como um câncer de difícil cura”. De fato, os manifestantes estão cada vez mais ousados e ameaçam até invadir bases estrangeiras no país.
Depois de dez anos de guerra, o incidente chega em um momento crucial no relacionamento entre o governo afegão e seus parceiros estrangeiros. Hamid Karzai, o presidente afegão, pede calma à população, mas no fundo ninguém sabe de que lado ele está. Talvez torcendo pela saída dos gringos de seu território e pronto para oferecer um ombro amigo aos dissidentes talibãs. Ele não é flor que se cheire.
Até agora, cerca de trinta pessoas morreram nas manifestações de protesto e, pelo visto, não tem data para acabar. Até agora são quatro os militares estadunidenses mortos e outros sete feridos em um atentado no último domingo.
Está mais do que na hora da Casa Branca tomar uma drástica decisão: retirar incondicionalmente suas tropas do Afeganistão. Vários generais que lá estiveram no comando já deixaram claro que uma vitória militar é impossível. O negócio é achar uma saída diplomática.
Difícil é avaliar como o eleitor estadunidense veria essa tomada de posição de Obama em um ano eleitoral: derrota ou vitória?

Os assassinos do WikiLeaks


Ficha Corrida


Os assassinos do WikiLeaks

by Gilmar Crestani

Tienes un e-mail

 Por Santiago O’Donnell
Nos llega un e-mail de Wikileaks. Dice que me comunique por el canal habitual. No podemos contar cuál es ese canal porque unos días después de recibir el mail firmamos un acuerdo que, entre otras cosas, estipula: “Los periodistas, empleados, consultores y la infraestructura de SPP (la editorial que publica los Wikileaks) están sujetos a actividades de inteligencia estatal y privada y a bloqueos financieros de carácter político. Para proteger su capacidad para seguir publicando efectivamente, varios métodos, personas y locaciones deben permanecer confidenciales. A menos que se especifique lo contrario, éstas incluyen, pero no se limitan a: identificar detalles de toda la planta de empleados de SPP, sistemas o métodos de seguridad, locaciones, planes estratégicos, información de amenazas contra SPP, la cantidad de empleados que tiene SPP, cantidad de empleados de SPP en distintas áreas, nombres de usuarios, contraseñas, transporte, arreglos financieros incluyendo arreglos financieros para transporte”.
De muchas de estas cosas no tenemos ni idea, algunas sí, pero como firmamos no podemos contar mucho. Digamos, para hacernos los misteriosos y no faltar a la verdad, que nos ponemos en contacto por una vía encriptada. Dicen que nos están considerando para una “sociedad investigativa”, así hay que decirlo, según el acuerdo que firmamos. Una “sociedad investigativa” con otros diarios del mundo para divulgar más de cinco millones de correos electrónicos de la agencia de inteligencia global Stratfor.
Averiguamos un poco. Stratfor en realidad se llama Strategic Forecasting Inc, (Pronósticos Estratégicos Inc.) y fue fundada en 1996 por el texano George Friedman, que actualmente se mantiene como CEO de la compañía. Friedman es un politólogo hijo de refugiados húngaros sobrevivientes del Holocausto. Antes de fundar su servicio de inteligencia fue profesor en el Colegio de Guerra del Ejército de los Estados Unidos y en la Universidad Nacional de Defensa de ese país. La lista de clientes de Stratfor es secreta, pero se ha publicado que incluiría a la empresa Apple, a la Fuerza Aérea de Estados Unidos y al Departamento de Policía de la ciudad de Miami. También se ha escrito que numerosas empresas de la Fortune 500 aparecen como patrocinantes de sus conferencias y seminarios. (Los e-mails cedidos por Wikileaks revelarían días después que el Ministerio de Defensa de Brasil también contrató los servicios de la agencia de Friedman). La empresa de inteligencia ofrece dos productos básicos: un paquete hecho a medida para el cliente sobre ciertos temas que le interesan, o un paquete top con información sobre todo el mundo. Además hay expertos disponibles 24 horas de lunes a viernes para contestar preguntas y distintas oportunidades para enterarse de cosas.
A fines del año pasado Stratfor sufrió un muy publicitado y vergonzante hackeo, es decir, alguien copió los archivos de sus computadoras. Un representante del colectivo de hackers Anonymous se burló diciendo que no podía creer que una agencia supuestamente de inteligencia no hubiera encriptado los nombres de usuario y direcciones electrónicas de sus clientes.
El contacto nos adelanta que en una búsqueda preliminar aparecen diez mil correos electrónicos de Stratfor referidos a la Argentina, y una lista de medios de distintas partes del mundo que participan en el proyecto. Lo demás, bueno, tenemos libertad para escribir lo que queramos, nos mandan un texto sobre el bloqueo económico que sufren y nos piden que lo publiquemos, el material queda embargado hasta hoy, y otros detalles que no vienen al caso. Firmamos.
Lo que encontramos en los e-mails es cómo funciona una agencia de inteligencia internacional que opera en la Argentina. Qué busca. Cómo lo busca. Dónde hurga. Cuánto interés demuestran los clientes. Cuáles son los temas que interesan y cuáles no.
Cuando uno lee los e-mails desde el lugar sobre el que se escribe, la información que se maneja parece obvia y conocida, cuando no tendenciosa e incompleta. Pero para los empresarios y espías que reciben los mails en distintos rincones del mundo, ese cóctel de chismes, rumores, recortes de diarios y opiniones osadas que son los informes de inteligencia, tanto en Stratfor como en prácticamente todas las agencias de espionaje privadas y estatales del mundo, lo que se valora es el grado de confiabilidad de los autores del informe. Y los clientes de Stratfor confían mucho en sus informes porque los pagan carísimo. El chiste es que las multinacionales y las agencias de distintos gobiernos poderosos toman decisiones muy importantes basándose en estos informes que en apariencia son tan vacuos.
Más allá de las revelaciones que otros medios involucrados en esta “colaboración investigativa” puedan desenterrar de lugares mucho más significativos para el complejo militar industrial, como Irak y Afganistán, y de los grandes centros de conflicto para las finanzas internacionales, como Atenas y Beijing, lo cierto es que los mails muestran que los clientes de Stratfor no miran a la Argentina con demasiado interés. A tal punto que la mayoría de las opiniones o averiguaciones que aparecen en los textos parten de la iniciativa de los propios investigadores y no de pedidos de clientes, algo que ocurre con mucha más frecuencia, por ejemplo, en Brasil.
Con respecto a los temas del país que llamaron la atención de Stratfor, hay uno que coincide con la agenda periodística y es el de Malvinas. Otro que concita mucho interés para la agencia pero pasa bastante inadvertido en la Argentina es el impacto de la creciente relación comercial y la incipiente relación política y militar con China, tema que interesa y mucho, no sólo a nivel bilateral, sino con respecto a toda la región de América latina.
En cuanto a la mirada con respecto a los gobiernos de la Argentina y del resto de la región, Stratfor replica el modelo del Pentágono de analizarlo a través del prisma del antichavismo, midiendo en cuánto se parece cada gobierno al modelo bolivariano. En uno de esos análisis, la corresponsal local de Stratfor concluye que el kirchnerismo vendría a ser una variante existosa de chavismo.
El juego que propone Wikileaks es así: ellos nos vigilan y cuentan lo que hacemos en secreto, para que los poderosos decidan qué hacer con nosotros. Ahora nosotros vamos a vigilar lo que ellos decían de nosotros en secreto. Es un juego peligroso que sacude la frontera de lo que algunos todavía llaman periodismo.
La semana pasada, en una ofuscada nota editorial, Bill Keller, director ejecutivo de The New York Times, argumentó que la irrupción de Wikileaks había tenido cero impacto en el mundo periodístico y que su fundador, Julian Assange, estaba acabado. Sin embargo, Keller reconoció que últimamente se la pasa viajando por el mundo para hablar del tema, para aclararles a todos que nada cambió con Wikileaks. Es un juego peligroso. Sin darse cuenta casi, el director del diario más importante del mundo se convirtió en un opineitor serial de un fenómeno que para él no existe.

Ainda Wikileaks & Stratfor


Ficha Corrida


Wikileaks revela Stratfor

by Gilmar Crestani

Wikileaks publica millones de correos de una empresa de seguridad de EE UU

Cinco millones de correos revelan cómo funciona una agencia privada de inteligencia

Stratfor trabaja con servicios secretos, embajadas y multinacionales

La página de filtraciones ha cedido los documentos a 25 medios de comunicación, entre ellas Público.es

Una mujer consulta las revelaciones de Wikileaks sobre la diplomacia de EE UU en 2010. / AFP PHOTO
La organización Wikileaks ha revelado este lunes más de cinco millones de correos electrónicos vinculados a una compañía privada de seguridad internacional con sede en Tejas, Estados Unidos, y conocida como la CIA en la sombra. La empresa Startfor Global Intelligence trabaja con servicios secretos de varios países, embajadas internacionales y diferentes multinacionales.
Los correos electrónicos abarcan desde julio de 2004 hasta diciembre de 2011 y podrían revelar fuentes significativas de Stratfor, así como aclarar el funcionamiento de un servicio de inteligencia que cuenta entre sus clientes con algunas de las empresas más poderosas del mundo, según explicó la organización Wikileaks.
Stratfor fue fundada en 1996 por George Friedman y provee servicios de información confidencial, análisis geopolíticos y de relaciones internacionales e informes a grandes corporaciones. Entre sus clientes figuran embajadas y ministerios de Exteriores de numerosos países, la compañía Dow Chemical -responsable del desastre de Bhopal-, Lokheed Martin, la empresa especializada en ciberseguridad a nivel internacional Northrop Grumann, la firma de seguridad norteamericana Raytheon, así como la Agencia de Inteligencia de Defensa de EE UU.
Algunos de los mensajes obtenidos por Wikileaks contienen detalles sobre los métodos empleados por los agentes de Stratfor para obtener información, las direcciones de correo de los autores y de los destinatarios. En uno de ellos, el consejero delegado de la organización, George Friedman, escribía a la analista Reva Bhalla: “Tienes que controlarlo. Control quiere decir control financiero, sexual o psicológico”, en referencia a un informador israelí. En otros documentos quedan reflejadas las investigaciones sobre el escape tóxico de Bhopal, en India, ya que Stratfor analizó la estrategia que podía adoptar Dow Chemical, propietaria de la planta afectada, para mejorar su imagen.
Control quiere decir control financiero, sexual o psicológico
George Friedman, CEO de Stratfor al analista Reva Bhalla
Stratfor ha emitido este lunes un comunicado para denunciar que la publicación de estos mensajes es “un acto deplorable, desafortunado y una violación de su privacidad”, según cita la agencia Reuters. Los responsables afirmaron además que algunos de los correos electrónicos pueden haber sido alterados “para incluir errores”, mientras que otros “podrían” ser auténticos. “No vamos a verificarlos ni vamos a explicar el razonamiento que llevó a escribirlos”.
Por su parte, Julian Assange, líder de la organización Wikileaks, ha declarado en Londres que los correos electrónicos revelan el uso de redes de informadores, estructuras de pago mediante sobornos y técnicas de blanqueo de capitales. Wikileaks también ha denunciado en un comunicado que algunos de los más de cinco millones de correos electrónicos que se han hecho públicos aportan información sobre los “ataques” del Gobierno de EE UU contra Assange y la organización que fundó.
Wikileaks no ha revelado cómo obtuvo los emails de Stratfor, aunque la empresa sí ha reconocido que sus servidores sufrieron un ataque informático el pasado 25 de diciembre de 2011. El grupo de activistas informáticos Anonymous, que apoya públicamente a Wikileaks, reivindicó entonces haber robado la lista de clientes de Stratfor y amenazó con hacerla pública.
La revelación de los correos electrónicos de la compañía constituye la última operación de este tipo por parte de Wikileaks. En abril de 2010, la organización publicó en internet un vídeo en el que militares norteamericanos disparaban a civiles en Bagdad un ataque que costó la vida a dos periodistas de Reuters. Posteriormente, el grupo liderado por Assange revelaría cientos de miles de documentos de las guerras de Irak y Afganistán, 250.000 ‘cables’ del Departamento de Estado norteamericano y documentos vinculados a Guantánamo.
La organización ha colaborado en esta ocasión con 25 publicaciones de todo el mundo, entre las que se encuentra el diario Público, de España; la revista norteamericana Rolling Stone;The Hindu, en India, y el italiano L’Espresso.

De Veja, de Wikileaks, de Strattfor, de Mídia Brasileira, de Lula, de Marinha de Merda, de FHC, de Programa Nuclear Brasileiro, de Tecnologias, de Entender o que se passa no País de TIO SAM



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Essa é a primeira parte. A segunda virá em comentário pessoal sobre o assunto!

WikiLeaks: compra de aviões seria 'aposentadoria' de Lula

Funcionários do governo americano dizem a analista da Stratfor que aquisição de equipamentos militares pelo Brasil só poderia ter a ver com propina, revela e-mail

O caça Rafale, fabricado pela francesa Dassault, estava sendo sondado pelo Brasil
O caça Rafale, fabricado pela francesa Dassault, estava sendo sondado pelo Brasil (Tony Barson/Getty Images)
Um dos milhões de e-mails divulgados nesta segunda-feira pelo site WikiLeaks da empresa de inteligência e análise estratégica Stratfor diz respeito à compra de equipamentos militares pelo Brasil durante o governo Lula. Um funcionário do governo americano alocado no Brasil conversa sobre o negócio com um Stratfor chamado Marko Papic.
Um dos milhões de e-mails da empresa de inteligência e análise estratégica Stratfor que o site WikiLeakscomeçou a divulgar nesta segunda-feira diz respeito a negócios para a aquisição de equipamento militar pelo Brasil durante o governo Lula.
Em outubro de 2010, um funcionário do governo americano alocado no Brasil conversa sobre o negócio com um consultor da Stratfor chamado Marko Papic. Embora afirme não ter provas, ele é devastador no seu parecer: "A compra de submarinos é tão sem sentido que só pode ter a ver com propina. Lula provavelmente está cuidando do seu plano de aposentadoria. E veja só: a compra acontece 'curiosamente' no fim de seu mandato. O mesmo vale para os jatos. Nosso Departamento do Tesouro é vingativo quando se depara com subornos. Não podemos fazer nenhum negócio real num lugar corrupto como o Brasil. Os franceses não têm esses problemas".
Marko Papic ainda acrescenta um comentário: "Não é que eu discorde, mas acredito que a França também tornou a propina ilegal".

O servidor americano finaliza: “Desculpe-me não ter mais informações no que diz respeito à estratégia brasileira. A nossa avaliação é de que isso é puramente suborno. A única diferença é que agora o Brasil tem dinheiro, muito dinheiro, e pode de fato adquirir os equipamentos. Quero dizer, seria mera coincidência eles comprarem tanto equipamento militar da França? Os franceses sabem como realizar subornos”.
Estratégia – Ambos os negócios representam a disposição do governo brasileiro de modernizar suas Forças Armadas. A decisão envolve diplomacia e questões de estratégia militar. Em dezembro de 2008, por exemplo, o Brasil e a França firmaram acordo para construção de quatro submarinos da classe Scorpène, uma base naval e um estaleiro dedicado à produção das embarcações. O tratado de 6,7 bilhões de reais também previa a transferência de tecnologia para a produção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear. Em julho do ano passado, a presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia em Itaguaí (RJ) que marcou o início da construção dos submarinos. O primeiro modelo deve ficar pronto em 2016 e ser entregue em 2017. Os demais serão disponibilizados entre intervalos de um ano e seis meses. O estaleiro e a base naval devem ser inaugurados em 2014 e o submarino nuclear, ficar pronto apenas em 2023.
O processo de aquisição de caças para a Força Aérea Brasileira, avaliado entre 4 bilhões e 6,5 bilhões de dólares, ainda está aberto. O assunto voltou a ganhar fôlego em 2012 depois de anos de avanço lento e adiamentos. Na “batalha dos caças”, os fabricantes têm oferecido ao Palácio do Planalto diferentes combinações de preço e políticas de transferência de tecnologia. Há cerca de dois anos, a Saab, fabricante do Gripen, foi a companhia que obteve a melhor avaliação da Força Aérea Brasileira (FAB).
Só que a opinião do órgão não se mostrou determinante. A venda quase foi fechada em 2009 para a francesa Dassault, que produz o Rafale, porque o ex-presidente Lula vivia uma lua de mel diplomática com o presidente Nicolas Sarkozy. No final de 2010, depois da data em que ocorreu a troca de e-mails entre o consultor da Stratfor e um funcionário do governo americano, as conversas entre ambos azedaram – e os franceses foram parar no ‘fim da fila’.
A Boeing, que participa da licitação com seus F-18 Super Hornet, intensificou seu lobby desde então. Neste ano, outra reviravolta. Em 31 de janeiro, a notícia da negociação para venda de 126 Rafales à Índia, por 12 bilhões de dólares, desviou o foco novamente para Paris. Desde então, fontes do Palácio do Eliseu e do Planalto dão como certo o fechamento do negócio com os franceses. Depois de dezesseis anos de adiamento, a presidente Dilma Rousseff parece estar disposta a fechar o negócio neste primeiro semestre.
Vazamento - A mensagem faz parte de Os Arquivos de Inteligência Global, com mais de 5 milhões de e-mails da companhia Stratfor, no Texas, EUA, divulgados nesta segunda-feira pelo WikiLeaks. Os e-mails datam de julho de 2004 a dezembro de 2011. Entre os clientes da Stratfor estão o Departamento de Segurança Pública dos Estados Unidos, a Marinha americana e grandes empresas.


Posted: 27 Feb 2012 04:32 PM PST

A informação é de um relatório divulgado pelo Wikileaks. Revoltados com a provável escolha brasileira pelo caça Rafale, a empresa de espionagem dos EUA lança a ideia de que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses

wikileaks rafale lula brasil No fim de fevereiro, o Wikileaks começou a publicação de e-mails da companhia de inteligência global Stratfor. Com base no Texas, a empresa tem, entre seus clientes, o Departamento de Defesa e de Segurança Interna dos Estados Unidos. Entre algumas mensagens já disponíveis para o público, a Strafor analisa as compras militares brasileiras ecita um jornal “parceiro” da companhia.

Em ruínas

Na mensagem que analisa as compras militares, o analista de geopolítica da Stratfor cita fontes no consulado norte-americano para questionar o Ministério da Defesa.
“Você está certo em se perguntar o que, em nome de Deus, Brasília está fazendo.A Marinha brasileira é uma merda. É uma piada, e eu sei porque eu falo com os militares do consulado o tempo inteiro a respeito disso. A tentativa deles de adquirir um submarino nuclear não faz sentido algum”, diz a mensagem, que também fala da compra dos caças Rafale.

Leia mais

“O fato de que eles querem o Rafale e o Gripen é uma piada. O F-18 é o melhor equipamento. Nós os oferecemos um excelente pacote, inclusive bastante transferência de tecnologia. (…) O Rafale, mesmo com o preço reduzido, ainda está muito caro. E o Gripen é uma merda. Se você compra o Gripen, você é uma Eslováquia”.
Para justificar a escolha brasileira pelo Rafale, a empresa aponta que Lula pode ter recebido propinas para dar preferência aos franceses.
“A compra dos submarinos é tão estúpida que deve ter alguma compensação por trás. Lula provavelmente está procurando um dinheiro para sua aposentadoria. A compra ainda veio no fim do seu mandato, assim como os caças. O nosso Departamento de Tesouro é contra oferecer propinas, o que não nos permite fazer grandes negócios num lugar corrupto como o Brasil”.

Jornal amigo

As mensagens da Stratfor também apontam a existência de um jornal amigo no Brasil. Sem identificar o veículo, a mensagem fala sobre “grande jornal” brasileiro que estaria disposto a estreitar a parceria com a empresa e torná-la mais produtiva.
O veículo em questão pediu até uma lista de pontos de interesse da Stratfor e deixei seus especialistas em cada área a disposição da empresa para futuras consultas.

Jornal amigo II

Entre os pontos nos quais a Strator mostrou interesse estão a relação do Brasil com a China, os projetos de modernização dos portos, exercícios militares nas fronteiras e as políticas de crescimento econômico.
Jornal do Brasil



Wikileaks revela sabotagem contra Brasil

Postado em: 23 fev 2011 às 18:22 | Política
Plano Brasil
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do  jornalista Beto Almeida.
O primeiro dos telegramas
divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou
autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto
conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos
foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos
de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado
aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes
ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que
o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara
para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta
americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao
embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma
transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem
ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara,
contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias
de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais
explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o
projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de
salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo
dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa

O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por
Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro
após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política
externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA.
Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos
constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil
cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir
nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição
de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o
tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto
norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para
foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa
Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e
o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa
Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente
financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade
colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico
brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com
capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o
lançamento de satélites. Junte-se a eles, a mídia nacional que não
destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o
Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial
historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de
independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente
naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!

O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo
Wikileaks recentemente e que também revela intenções de veto e ações
contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma
torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho
de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto
Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com
simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os
mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja
tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de
espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que
haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a
ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de
Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de
Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi
firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial
desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro
poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a
Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações
do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do
livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas
autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em
atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército
Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando
posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a
assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de
Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências
nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares
brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações,
mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do
TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o
desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está
ocorrendo.
Desarmamento unilateral

A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg,
obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento
unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear
soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles
Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz
contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e
tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum
projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma
bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de
vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os
telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA
querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad ,
presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse
levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas
nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião
pública mundial.
Intervencionismo crescente

O semanário também publica franca e reveladora declaração do
ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados,
nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para
que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou
na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui
no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes
potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do
mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente
é, digamos, de um candura formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da década
anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às
diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do
unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão
embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a
cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas
da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo
Wikileaks.