NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

quinta-feira, 29 de março de 2012

RACISMO, RELIGIÃO E TANATOS.


28/03/2012

RACISMO, RELIGIÃO E TANATOS.



(JB) - Podemos talvez encontrar a origem do racismo, a partir do equívoco bíblico, de que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Levando a idéia ao pé da letra, nasceu a paranóia da intolerância ao outro. A imagem negra de Deus é a de seus deuses africanos, a imagem judaica de Deus é a de um patriarca hebreu, na figura de Jeová. Os muçulmanos não deram face a Alá, nem veneram qualquer imagem de Maomé, mas isso não os fez mais santos. Desde a morte de Maomé, seus descendentes e discípulos se separaram em seitas quase inconciliáveis, que se combatem, todas elas reclamando o legado espiritual do Profeta. Os muçulmanos, como se sabe, reconhecem Cristo como um dos profetas.

Os protestantes da Reforma também prescindiram de imagens sagradas, o que, sem embargo, não os impediu de exercer intolerância e violência contra os católicos, com sua inquisição - em tudo semelhante à de seus adversários.

Essa idéia que associa as diferenças étnicas e teológicas à filiação divina, tem sido a mais perversa assassina da História. Os povos, ao eleger a face de seu Deus, fazem dele cúmplice e protetor de crimes terríveis, como os de genocídio. O Deus de Israel, ao longo da Bíblia, ajuda seu povo, como Senhor dos Exércitos, a “passar pelo fio da espada” os inimigos, com suas mulheres e seus filhos. Quando Cortés chegou ao México, incitou os seus soldados ao invocar a Deus e a São Tiago, com a arenga célebre: “adelante, soldados, por Dios y San Tiago”.

Quando falta aos racistas um deus particular, eles, em sua paranóia, se convertem em seus próprios deuses. Criam seus mitos, como os alemães, na insânia de se considerarem os mestres e senhores do mundo. Dessa armadilha da loucura só escaparam os primitivos cristãos, mas por pouco tempo, até Constantino. A Igreja, a partir de então, se associou aos interesses dos grandes do mundo, e fez uma leitura oportunista dos Evangelhos.

A partir do movimento europeu de contenção dos invasores muçulmanos e do fanatismo das cruzadas, a cruz, símbolo do sacrifício e da universalidade do homem, se converteu em estandarte da intolerância. Nos tempos modernos, o símbolo se fechou - com a angulação dos braços, no retorno à cruz gamada dos arianos - em sinal definitivo e radical da bestialidade do racismo germânico sob Hitler.

Os fatos dos últimos dias e horas são dramática advertência da intolerância, e devem ser vistos em suas contradições dialéticas. O jovem francês que mata crianças judias e soldados franceses de origem muçulmana, como ele mesmo, é o resultado dessa diabólica cultura do ódio de nosso tempo aos que diferem de nós, na face e nas crenças. É um tropeço da razão considerar todos os muçulmanos terroristas da Al-Qaeda, como classificar todos os judeus como sionistas e todos alemães como nazistas. Ser muçulmano é professar a fé no Islã – e há muçulmanos de direita, de esquerda ou de centro.

Merah, se foi ele mesmo o assassino, matou cidadãos do moderno Estado de Israel, como eram as vítimas da escola de Toulouse, mas também muçulmanos do Norte da África, como ele mesmo. Os fatos são ainda nebulosos, e os franceses de bom senso ainda duvidam das versões oficiais, como constatou Teh Guardianem matéria sobre o assunto.

Em El Cajon, nas proximidades de San Diego, na Califórnia – uma comunidade em que 40% de seus habitantes é constituída de imigrantes do Iraque, uma senhora iraquiana, que morava nos Estados Unidos há 19 anos, foi brutalmente assassinada, com o recado de que, sendo terrorista, depois de morta deveria voltar para o seu país. O marido, também iraquiano, é, por ironia da circunstância, empregado de uma firma que assessora o Pentágono na preparação psicológica dos militares que servem no Oriente Médio. E também nos Estados Unidos, na Flórida, um vigilante de origem hispânica (embora com o sobrenome significativo de Zimmermann, bem germânico) matou, há um mês, um jovem de 17 anos, Travyon Martin, provocando a revolta e os protestos da comunidade negra.

Em Israel, o governo continua espoliando os palestinos de suas terras e casas e instalando novos assentamentos para uso exclusivo dos judeus. O governo de Telavive não reconheceu a admoestação da ONU de que isso viola os direitos humanos essenciais. Os Estados Unidos votaram contra a advertência internacional a Israel. Como se vê os direitos humanos só são lembrados, quando servem para dissimular os reais interesses de Washington e de seus aliados e dar pretexto à agressão a países produtores de petróleo e de outras riquezas, como ocorreu com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão.

Os episódios de intolerância se multiplicam em todos os países do mundo – e mesmo entre nós. No Distrito Federal, segundo revelações da polícia, um grupo de neonazistas mantinha célula terrorista há cerca de trinta anos, associada a outros extremistas de todo o país. Na madrugada de 28 de fevereiro deste ano, em Curitiba, vinte jovens neonazistas assassinaram um rapaz de 16 anos, a socos, pontapés e facadas. O principal executor, um estudante de direito, foi escolhido para cumprir ritual de entrada no grupo, como prova de coragem. A coragem de matar um menino desarmado. Também em Curitiba e em Brasília foram presos dois racistas, que usavam a internet para expor as suas idéias fascistas e incitar a violência contra ativistas femininas, homossexuais, negros e nordestinos.

Enquanto não aceitarmos a face morena de Jesus, como a mais próxima da face do Deus - criada para dar transcendência ao mistério da vida - o deus que continuará a dominar a nossa alma será Tanatos, o senhor da morte.

Postado por Mauro Santayana em seu blog

quarta-feira, 28 de março de 2012

Um Cartoon que diz tudo

Meu Pitaco: A maior colônia de Judeus no oriente médio, depois da Síria, está no Iran. Os irmãos irão matar-se? Consta que têm até cadeira no parlamento! De onde vem o ódio de Israel?
terça-feira, 27 de março de 2012

Cartoon


Please disseminate this brilliant cartoon by Iranian graphic artist, Mana Neyestani, as widely as you can.
Richard Silverstein via FB

Postado por Mario Lobato da Costa no seu Blog do Mário

terça-feira, 27 de março de 2012

Líbia, um ano depois: da “proteção humanitária” à balcanização





Meu Pitaco. O caos se instala onde o poder imperialista toca. É o toque de Midas ao contrário! Antes de mais nada vejamos os casos recentes dos líderes que foram apadrinhados pelo EEUUAA e depois abatidos como Cães: Afeganistão, Iraque, Líbia, Egito. Abandonados à própria sorte, as matanças, supostamente a base para as invasões, além de não terem sido estancadas, estão recrudescendo. Sem a indignação dos órgãos mundiais que deveriam estar! Também esses estão falidos. A ONU não representa mais a paz mundial. Um só Pais a controla e quando desafiado, atropela sem que a mesma nem se pronuncie. Não há igualdade de forças. Há imposição pela força. Quem manda são os fabricantes de armas!JBC
Posted: 27 Mar 2012 05:18 AM PDT
 no Blog do Ambientalismo

Um ano após o início da intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Líbia, vale a pena dar uma olhada no país, para constatar os resultados da ação que deveria proteger uma população que, supostamente, ansiava pelas bênçãos da “democracia” ocidental, das atrocidades promovidas pelo líder Muamar Kadafi. Para tanto, vejamos a avaliação de alguns conhecedores do país, ouvidos pelo sítio Voz da Rússia, que divulgou matéria a respeito, em 19 de março.
O presidente do Instituto do Oriente Médio da Academia Russa de Ciências, Evgeni Satanovski, é categórico e afirma que a intervenção ocidental mergulhou o país no caos. Diz ele:
«O motim separatista em Benghazi, que deu início à “Primavera Árabe”, teve sua continuação lógica. A Cirenaica anunciou a sua autonomia e isso torna evidente por que motivo a Arábia Saudita e o Catar levaram a cabo a operação de derrubada de Kadafi. Hoje, a hostilidade entre as tribos já alcança o nível de genocídio, são massacradas algumas tribos africanas. A bandeira da “Primavera Árabe” não resultou na formação de nenhuma democracia na Líbia: o país está à beira do desmoronamento.»
Por sua vez, Sergei Demidenko, especialista em assuntos orientais do Instituto de Pesquisas e Análises Estratégicas, afirma que, ao apoiar a luta dos insurretos contra Kadafi, o Ocidente pensava em tudo, menos em reformas democráticas na Líbia, visando apenas os recursos naturais do país. Porém, observa que eles sequer conseguiram estabelecer o seu controle sobre tais recursos:
«O Reino Unido e a França tentaram estabelecer o seu controle sobre o petróleo líbio. Mas este objetivo também não foi alcançado, pois a exploração de jazidas petrolíferas é possível apenas quando existe estabilidade política. Quando no país se trava uma guerra de todos contra todos, este objetivo torna-se irrealista. Por outro lado, a União Europeia obteve um foco poderosíssimo de proliferação do radicalismo islâmico.»
Outro especialista, Aleksei Podserob, do Instituto de Estudos Orientais da Academia Russa de Ciências, reitera que o poder local está nas mãos de comandantes de campo, mais de cem mil líbios estão armados e a atividade do Conselho Nacional de Transição é confusa e nebulosa. Até hoje, nem sequer se conhecem ao certo os integrantes do conselho. Para ele, os verdadeiros ganhadores foram outros:
«Ganharam os países em cujos bancos se encontram os ativos líbios, que não foram descongelados definitivamente até hoje. Ganhou, certamente, o Catar, pois a derrubada do regime de Kadafi permitiu-lhe reforçar consideravelmente a sua influência política nessa região.»
Pobserob completa, observando que, em 2011, o PIB da Líbia baixou bruscamente, o desemprego aumentou e o nível de vida decaiu. Mais de 10 mil pessoas estão detidas nas prisões e as repressões contra os partidários de Kadafi continuam. Ademais, todas as tentativas da Corte Criminal Internacional para conseguir informações sobre a situação nas prisões foram inúteis, até agora.
Por outro lado, até mesmo a Anistia Internacional, que com frequência atua como linha auxiliar dos interesses do establishment anglo-americano, está cobrando da OTAN uma investigação séria sobre as mortes de civis no conflito líbio, em especial, as decorrentes dos mais de 10 mil ataques aéreos oficialmente desfechados contra as forças de Kadafi. Em um relatório divulgado em 19 de março, intitulado “Líbia: as vítimas esquecidas dos ataques da OTAN”, a organização acusa a Aliança Atlântica de não ter realizado as necessárias investigações sobre tais casos ou sequer tentado estabelecer contato com sobreviventes e parentes das vítimas.
Como afirmou Donatella Rovera, alta funcionária da organização:
«É profundamente desapontador o fato de que, mais de quatro meses após o fim da campanha militar, as vítimas e os parentes daqueles quer foram mortos pelos ataques aéreos da OTAN permaneçam no escuro quanto ao que aconteceu em quem foram os responsáveis. Os funcionários da OTAN reiteraram, repetidamente, o seu compromisso com a proteção dos civis. Eles não podem, agora, varrer para o lado as mortes de um monte de civis com alguma vaga declaração de lamento, sem investigar adequadamente aqueles incidentes mortais.»
Diante de tal quadro, não admira que potências como a Rússia e a China, que se abstiveram na votação da Resolução 1973, tenham aprendido a lição e decidido que uma nova intervenção semelhante não ocorreria, por exemplo, no caso da guerra civil na Síria. O mesmo argumento justifica a ação cautelosa de seus parceiros no grupo BRICS, Brasil inclusive, frente às pressões diplomáticas externas e, no caso brasileiro, dos setores midiáticos internos, adeptos de alinhamentos semiautomáticos às estratégias hegemônicas do bloco anglo-americano, para um posicionamento mais firme contra o regime de Bashar al-Assad.
Movimento de Solidariedade Íbero-americana

sábado, 24 de março de 2012

O pacifismo em zona de guerra

Ficha Corrida

O pacifismo em zona de guerra

by Gilmar Crestani
Quando generalizo na condenação à Israel, é porque, institucionalmente, é um arremedo de país que, como marionetes, seguem cegamente o que mandam os EUA. É claro que lá não são todos belicistas, assassinos. Aliás, a comunidade não é uniforme nem lá nem cá, nem alhures. O que pouca gente sabe, porque consome apenas o que os grupos mafiomidiáticos a$$oCIAdos ao Instituto Millenium reproduz com autorização da CIA, é que maior comunidade judaica do Oriente Médio, fora de Israel e depois da Turquia, está no Irã. A comunidade judaica no Irã tem, inclusive por lei, representante no Parlamento. Como declarou o representante da comunidade judaica no Parlamento, em Teerã, ao documentário Zona de Guerra do Discovery, as relações conturbadas com Israel são de natureza política. Não religiosas ou étnicas, como querem fazer crer os batedores de carteira na mídia.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Mais um Jean Charles de Menezes - Ou Chicanos não têm vez

Publicado em 22/03/2012
Mais um Jean Charles de Menezes






Recife (PE) - Eu já enviara a coluna desta quinta-feira para o Direto da Redação, quando li no Diário de Pernambuco online:

“Brasileiro não roubou biscoito, diz funcionário da loja de conveniência

Um funcionário da loja de conveniência no centro de Sydney, na Austrália, afirmou nesta quinta-feira que a pessoa que furtou o pacote de biscoito no estabelecimento não é a mesma morta por policiais após a utilização de armas de choque, ou seja, não se trataria do estudante brasileiro Roberto Laudisio Curti, de 21 anos. A informação é da rádio SBS, que tem programação em português. O funcionário falou sob a condição de anonimato”

Então de imediato me veio à mente o assassinato, a execução de Jean Charles de Meneses em Londres. Aqui mesmo no Direto da Redação escrevi:

“Eu não sei quantos inquéritos sobre o assassinato de Jean Charles de Menezes serão abertos. Nem quantas vezes o mesmo inquérito será reaberto. Mas sei o quanto deve ser duro, para os jornalistas da BBC Brasil, acompanharem com ar profissional esses arremedos de investigação. Afinal, Jean Charles era um ser igualzinho a eles, brasileiro como eles salvo engano, que estava em Londres para ter melhor vida e reconhecimento, assim como eles, até prova em contrário.

No entanto, têm que segurar a mão com frieza para a digitação de palavras como “O novo inquérito sobre o caso tem como objetivo apurar as circunstâncias da morte de Jean Charles e não deve apontar culpados”. Que extraordinários dribles de Robinho têm que dar na própria consciência. Um novo inquérito, que investiga a verdade, mas apura as circunstâncias do crime como se não as soubesse, e que não aponta culpados. Ótimo. A ironia deve ser uma invenção inglesa bem aprendida por súditos de todos os continentes.

Lembro que no calor do impacto, há mais de três anos, escrevi o texto “Morrer por engano”, que traduzido como “To Die by Mistake”, foi publicado no counterpunch, Clique aqui Na urgência da raiva, escrevi que

“O brasileiro, o cão, a raposa, esse animal híbrido, sem espécie e sem definida raça, de nome Jean Charles de Menezes morreu por engano assim, abatido com oito tiros. Morte dura e vil, que até a um cão, que até a uma raposa, que até a um coelho, seria prova de manifesta perversão e crueldade. Que dirá a um humano, perdão, Blair, perdão, Bush, perdão, súditos ingleses apavorados, que dirá a um ser assemelhado a humano? Ainda que seja natural de um país de samba e mulatas exóticas, boas para a cama e para o turismo, ainda assim, e apesar disso, será que esse inferior mereceria um fim de animal raivoso em Londres?...

Sabemos todos que os ingleses não tratam assim a seus cachorros. Não existe no mundo povo que mais ame a esses pops, pups, todos, até prova em contrário, cachorrinhos animais de estimação. Que graça possuem a passear com os seus melhores amigos puxados por correntes nas ruas de Londres! Quanto amor, dizem até, os maldosos, quanto afeto dedicado a um semelhante. Não, a humanidade inglesa não trata assim a cachorros. Se existe uma voz de comando para matar, para atirar na cabeça de seres que se movem, essa ordem não será contra cães. É para algo muito baixo e nocivo, menos, muito menos que dogs, embora ande (simule andar), fale (simule a fala), pense (simule o pensar) e sorri (simule o sorrir). Um algo que o terror chama de terrorista...

Quando li o relato de uma testemunha do assassinato de Jean Charles, que compreendeu os olhos do homem imobilizado no chão, depois, pelas fotos...

‘Se você olhar as fotos, os olhos dele pareciam ser pequenos, mas, quando vi o rosto dele por apenas um segundo, porque foi tudo muito rápido, os olhos dele estavam bem, bem abertos. Ele parecia muito, muito assustado’ que,

quando viu esse relato, meu estômago sentiu um soco. Os olhinhos pequenos que se abriam espantados, com uma pistola apontada contra a sua cabeça, eram os meus, os nossos, dos nossos filhos, irmãos, de todos os povos não britânicos. Os olhinhos asiáticos de todos nós, terroristas.

Mal sabia, quando escrevi essas linhas, que uma realidade mais inumana viria. A realidade que finge que apura, para dar ao mundo uma idéia de civilização. Por ironia, no momento em que era anunciado o mais novo inquérito, eu ouvia Gilberto Gil a cantar “O sonho acabou”. Eu via a cara de Jean Charles de Menezes e Gil cantava “Quem não dormiu de sleeping-bag nem sequer sonhou”. Eu sei, Gil cantava isso em outro contexto. Ele se referia ao mundo das flores, da paz e do amor hippies. E na canção cabia também uma pontada na utopia de um mundo radicalmente novo. Mas de maneira torta Gil foi profeta. Foi pesado o sono pra quem não sonhou”.

Para nossa infelicidade, os Jeans Charles do terceiro mundo estão sempre atualizados. Os textos não envelhecem, se a realidade não muda.
Via Direto da Redação por  Urariano Mota

domingo, 18 de março de 2012

A águia e o dragão





domingo, 18 de março de 2012
A águia e o dragão
A Chimérica cede lugar aos BRICS e à Eurásia. Pequim redefine seu papel no mundo e preocupa os EUA

Antonio Luiz M. C. Costa, CartaCapital






Vicejou nos anos 2000 a ideia de que os EUA e a China vivem uma simbiose, a “Chimérica”, um sistema único que representava um quarto da população, um terço da economia e metade do crescimento do planeta, no qual chineses financiam e abastecem estadunidenses que em troca lhes oferecem seu mercado consumidor e financeiro. Combinada à ilusão monetária causada pela subvalorização do yuan, que fez o peso do setor externo na economia chinesa parecer maior do que realmente é, essa meia-verdade criou a ilusão de que Pequim teria seu crescimento pautado pelos EUA e jamais ousaria desafiá-lo.
Mas a reação da China à crise de 2008 mostrou que o país quer -continuar a crescer sem depender do Ocidente e tem planos mais ambiciosos do que lhe servir de periferia industrial. E o próprio inventor da Chimérica, o historiador britânico Niall Ferguson, passou a prever, em 2010, o fim da parceria.
Enquanto tentam promover o uso internacional do yuan com acordos bilaterais com parceiros comerciais, os chineses começaram a reduzir rapidamente o peso dos títulos do tesouro dos EUA em suas reservas. Em 2002, 75% das reservas chinesas eram denominadas em dólares e esse número pouco se alterou até 2006, mas caiu para 65% em 2010 e para 54% em meados de 2011: 1,73 trilhão de dólares em um valor total equivalente a 3,2 trilhões. No final de 2011, o valor parece ter caído para 1,15 trilhão. A compra de T-bonds representou apenas 15% do crescimento das reservas chinesas nos 12 meses terminados em 30 de junho de 2011, ante 45% em 2010 e 65% na média dos últimos cinco anos. Nem a crise do euro reverteu a tendência – pelo contrário, os chineses aproveitaram seu barateamento para acelerar a diversificação, enquanto países como Japão e Brasil continuam a financiar Tio Sam.
Outro movimento é o deslocamento do foco da economia, das exportações para o mercado interno. Isso significa reduzir incentivos e privilégios dos exportadores e melhorar os salários e benefícios sociais dos trabalhadores para que estes se sintam seguros para consumir mais e poupar menos. Ao mesmo tempo, aumenta a preocupação do governo com reduzir emissões de carbono e melhorar os padrões de saúde, educação e preservação ambiental.
É uma operação delicada, pois mexe com as estruturas econômicas e interesses consolidados e a transição pode criar desemprego em setores e metrópoles inteiras que se criaram em -função do mercado externo – como, por exemplo, Shenzhen, que saltou de 300 mil para 10 milhões de habitantes em 30 anos, ao se tornar a mais importante Zona Econômica Especial do país.
Significa também desacelerar o crescimento. Em 5 de março, o primeiro-ministro Wen Jiabao abriu a Assembleia Popular Nacional com o aviso de que em nome de um “crescimento sustentável e de melhor qualidade”, a meta de expansão do PIB em 2012 será de “apenas” 7,5%. É a primeira vez, desde que medidas anti-inflacionárias reduziram o crescimento a 4% em 1989-90 e criaram o clima para os protestos da Praça Tiananmen, que o governo chinês se atreve a deixar o país crescer menos de 8% ao ano. Hoje, o crescimento da força de trabalho é menor, mais de metade já vive em cidades e o êxodo rural é menos intenso, ao -mesmo tempo que a maior ênfase no mercado interno significa mais crescimento dos serviços e menos de indústrias de capital intensivo, absorvendo mais mão de obra com menos crescimento.
Isso joga água fria na fervura dos setores minerais e agrícolas de outros países que faziam a festa com o boom industrial chinês, mas pode ser bom para seus setores industriais. Com maiores custos de mão de obra e crescimento mais direcionado ao mercado interno, a China concorrerá menos e oferecerá mais oportunidades, enquanto se volta para produtos mais sofisticados. O país que desde 2007 é o maior exportador do mundo será em 2014 também o maior importador, segundo as projeções de The Economist. Superará os EUA no tamanho de vendas no varejo também em 2014 e em gastos dos consumidores em 2023. Vale lembrar que em 2010 já o ultrapassou em produção industrial, consumo de energia e vendas de veículos.
Mas a transformação da China em superpotência tem um aspecto mais incômodo para o Ocidente, que é o crescimento de seu poderio militar e estratégico. Sua capacidade militar há muito basta para a defesa, mas a transformação da nação fechada e autossuficiente da era maoísta em potência que demanda insumos de todo o planeta – inclusive da América Latina e África, que EUA e União Europeia, respectivamente, tratavam como seus “quintais” – implica, mais cedo ou mais tarde, em capacidade militar para dissuadir rivais de ameaçar seus aliados, fornecedores e rotas comerciais em todo o planeta.
Mesmo com o pé no freio da economia, Pequim amplia suas forças armadas. No orçamento de 2012, os gastos militares crescem oficialmente 11,2% (ante 12,7% em 2011) e atingem 106 bilhões de dólares e 2,1% do PIB. Ainda é muito menos que os 739 bilhões e 4,8% do PIB dos EUA, mas as projeções de The Economist sugerem que a China deve superar os EUA em PIB real em 2016, em PIB nominal por volta de 2018 e em gastos militares em 2025.
O que isso significa, em termos qualitativos, é mais difícil de prever. Em 2011, a China apenas começou a testar seu primeiro porta-aviões e seu primeiro caça furtivo (o Mighty Dragon J-20, comparável ao Raptor F-22 dos EUA), áreas onde Washington lidera há décadas. Seu arsenal nuclear, comparável ao da França ou Reino Unido, ainda é o de uma potência de segunda classe.
Mas os chineses já mostraram a seus rivais sua capacidade de queimar etapas (inclusive, por exemplo, com seu programa espacial) e são hoje a única das cinco potências nucleares tradicionais a expandir seu arsenal atômico. Segundo o Bulletin of the Atomic Scientists, tinham 240 ogivas em 2011 (EUA e Rússia têm cerca de 5 mil cada um). Só 40 delas, hoje, podem -alcançar os EUA, mas devem ser mais de 100 em 2025 e estão construindo novos submarinos e mísseis navais capazes de colocar a outra margem do Pacífico dentro de seu raio de ação. Além disso, a habilidade dos hackers chineses na sabotagem e espionagem cibernéticas surpreendeu o Pentágono, que reage com atraso ao criar sua própria força de “ciberguerreiros”.
E as articulações geopolíticas da China já são mundiais. Têm dois eixos que se sobrepõem parcialmente e permitem superar a Chimérica. Um, econômico e comercial, é o bem conhecido BRICS. Sigla criada em 2003 por um analista do Goldman Sachs para países que pareciam só ter tamanho e potencial em comum, tornou-se, a partir de 2009, um clube real, com reuniões anuais e políticas comuns (e a África do Sul como sócio menor). A “cola” que os uniu é a China, hoje a maior parceira comercial de cada um dos outros integrantes e sua aliada na maioria dos conflitos com os países ricos e na gradual construção de alternativas ao comércio em dólares.
O outro eixo, de segurança e defesa, é a Organização de Cooperação de Xangai, que abrange China, Rússia e as repúblicas ex-soviéticas da Ásia Central (exceto, por enquanto, o Turcomenistão), com a Índia, Irã, Paquistão e Mongólia como observadores: no conjunto, mais da metade da população da Terra. Fundada em 2001 para supressão de dissidentes, separatistas, narcotraficantes e “terroristas”, começou exercícios militares e projetos conjuntos de energia e infraestrutura e expulsou os EUA de sua base no Uzbequistão. Não é uma aliança militar rígida sob um comando unificado, como é a Otan ou foi o Pacto de Varsóvia, mas em termos práticos, a China assegurou prioridade no acesso ao petróleo e minérios da Rússia e Ásia Central que o Ocidente esperava controlar nos anos 1990 e a cooperação militar do Kremlin enquanto lhe faltam seus meios próprios de ação mundial.
Os EUA, por certo, não estão alheios a esse processo. Sua resposta é reformular sua estratégia e redistribuir tropas e comandos que, 20 anos depois do fim da União Soviética, ainda refletiam as prioridades da Guerra Fria, concentrando-se ao longo da extinta “cortina de ferro”. Nos últimos anos, foram criados comandos militares para a África e a América Latina, regiões antes asseguradas, mas onde hoje Pequim disputa influência.
E em 6 de janeiro, Barack Obama anunciou uma nova estratégia cuja prioridade evidente é prevenir a hegemonia da China na região da Ásia, Pacífico e Índico. Anunciou novas bases militares na Austrália e Filipinas, ofereceu apoio a Hanói, que disputa com Pequim o mar da China Meridional e tenta seduzir Myanmar e cortejar a Índia, para prevenir uma maior aproximação com os chineses. A queda de braço com os regimes da Síria e Irã também faz mais sentido como parte desse jogo de xadrez do que como reação à improvável ameaça de Teerã ao Ocidente. Trata-se de tentar mostrar à plateia afro-latino-asiática que o bloco da Eurásia não é forte o bastante para proteger seus pupilos quando a Aliança Atlântica se decide a agir. Mas como na crise dos mísseis de Cuba, há o risco de qualquer passo em falso fazer o jogo sair do controle – e, mesmo que o pior não aconteça, de voltar a fazer pender a ameaça de aniquilação sobre toda a humanidade por mais uma geração.
Via O Esquerdopata: A águia e o dragão
Under Creative Commons License: Attribution

Democracy and Liberty, Uncle Sam?


 

Decenas de detenidos por celebrar los 6 meses del movimiento Occupy

Todavía se desconoce el número exacto de arrestos

PÚBLICO.ES/ AGENCIAS Madrid 18/03/2012 09:18 Actualizado: 18/03/2012 11:50

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Decenas de personas han sido arrestadas esta madrugada en Nueva York, cuando celebraban losseis meses del nacimiento del movimiento Occupy Wall Street en Estados Unidos.
Occupy Wall Street quiso recordar que todavía siguen activos, aunque este invierno no se les haya oído demasiado. Según informa The New York Times, están preparando más acciones para primavera.
La marcha que convocó Occupy Wall Street fue tranquila, pero agentes de la policía pidieron a los manifestantes que no anduvieran por la acera de la calle Liberty, y al no hacerlo empujaron contra la pared a más de cien manifestantes. En este momento, comenzaron las primeras detenciones y se llevaron a más de diez personas arrestadas.
Sobre las 10 de la noche del sábado, los miembros que formaban la protesta entraron al parque en lo que llamaron "el entrenamiento de primavera", que quiere avisar de las nuevas acciones que realizarán más adelante. Más de 500 personas se reunieron en el parque Zuccotti neoyorquino, sitio en el que surgió el movimiento, donde se habían reunido los manifestantes
A las 11:30 de la noche del sábado los manifestantes empezaron a colocar sus tiendas de campaña, y fue entonces cuando la policía pidió que abandonaran el emblemático parque porque estaba cerrado.
Entraron 100 oficiales, mientras decenas de personas se sentaban pacíficamente en protesta. Los policías les pusieron esposas de plástico y luego les metieron en autobuses municipales y furgonetas. Los oficiales avisaron que todos los que permanecieran en el parque serían multados por desobediencia.

"No tenemos miedo"

Los "indignados" cantaban eslóganes como "no tenemos miedo" cuando los agentes les detenían, uno a uno, mientras les hacían salir del parque. Tras desalojar a los manifestantes reunidos en la zona, la policía colocó vallas metálicas alrededor del perímetro del parque, mientras los detenidos eran obligados a subir a un autobús municipal.
Occupy Wall Street denuncia que hay heridos
Una mujer que resultó herida fue trasladada en ambulancia a un centro médico cercano, tras pedir en numerosas ocasiones asistencia médica, añade el diario estadounidense. En suTwitter han denunciado que la policía ha causado más heridos.
El movimiento Occupy protesta contra el sistema económico actual que considera que fomenta las desigualdades y la avaricia de las grandes empresas. Las manifestaciones del grupo comenzaron el pasado 17 de septiembre en Nueva York, desde donde se extendieron por numerosas ciudades de Estados Unidos en los últimos meses.

Occupy Wall Street resurge

La manifestación que celebraron durante este sábado recordó los inicios del movimiento, ya que siguió el mismo recurrido y se desarrolló de forma muy similar. No todo el mundo confió en que Occupy se volvería un movimiento fuerte y con voz. Se empezaron a hacer notar con la acampada de dos meses que mantuvieron en Nueva York.
El movimiento consiguió el apoyo global, algo que se demostró con la recaudación que consiguieron gracias a las donaciones que ofrecieron personas anónimas que apoyaban la causa.
Este movimiento se replicó en otras ciudades estadounidenses y se exportó a Europa, naciendoOccupy London. Además, distintos movimientos sociales que comparten la causa por la que lucha Occupy Wall Street le apoyaron y realizaron manifestaciones. En España, ciudades como Madrid, Barcelona, Valencia, Bilbao y Las Palmas se movilizaron bajo el mismo objetivo con el lema "Toma la Bolsa".