NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

El Gobierno debe indultar a Garzón



Arturo González

No Diario Público - Puntadas sin hilo

El Gobierno debe indultar a Garzón

Sería una demostración de que es un Gobierno serio apoyado por un Partido de fuerte tinte democrático.
Y debe hacerlo sin ninguna limitación, condicionamiento o reserva, de modo inmediato
Probablemente Garzón no lo vería con agrado porque preferirá acudir en amparo al Tribunal Constitucional y posteriormente al Tribunal Europeo de Derechos Humanos de Estrasburgo, que tardará años y su decisión no será ejecutiva. Pero no es requisito indispensable la aquiescencia del condenado. La Sala que le condenó en el caso de las escuchas podía haberlo recomendado, que no ordenar, en su sentencia, pero no lo hizo. Prefirió la dureza extrema y crear desazón ciudadana nacional e internacional. Estaba en su derecho. Claro que tampoco dedujo testimonio para proceder contra el magistrado Pedreira, que avaló la decisión prevaricadora de Garzón.
El acto de solicitar la clemencia del indulto, ¿devalúa al indultado o a quien concede el indulto? En modo alguno, antes bien los engrandece.
Todos los años, y con cualquier Gobierno, se conceden en España cientos de indultos, ninguno con delitos de sangre, pero los ciudadanos lo ignoran y solo prestan atención a los más llamativos por la personalidad del indultado. ¿Pero no quedamos en que la justicia debe ser igual para todos? ¿Por qué a un banquero o a unos policías torturadores o a ciudadanos desconocidos sí y a Garzón no?
¿No dicen los dirigentes del PP que les daba mucha pena ver a Garzón en el banquillo y que ciertamente había prestado grandes servicios a España en la lucha contra el terrorismo, contra el narcotráfico, contra la corrupción o contra las ilegalidades internacionales? ¿O es que el PP y el Gobierno temerían que Garzón volviese al Juzgado número 5 de la Audiencia Nacional del que era titular y al que ha revertido el caso Gürtel? No sería probable porque esa vacante se habría cubierto con Garzón expulsado y antes del supuesto indulto. Pero aunque así fuera y volviese a ese juzgado, ¿no sería prueba definitiva del Gobierno y del PP de su confianza en la justicia y en la honestidad democrática?
El Tribunal Supremo en ningún caso, ni aun con el recurso de nulidad pendiente que ha planteado Garzón, va a variar su posición, en mi criterio. Por ello, el indulto sería la única manera posible de recuperar la imagen de España, que tanto preocupa al señor Rajoy. De recuperar la imagen, y de conseguir que la racionalidad vuelva a ser norma, uso y costumbre.
Como era previsible, el Tribunal Supremo ha absuelto a Garzón en la causa de ‘los crímenes del franquismo’. Un mal pensado diría que no le iban a hacer el regalo de condenarlo. Y aun si lo hubiesen condenado, razón de más para el indulto, muy especialmente para que el propio Gobierno se redimiese.
¿Será capaz de ello el Gobierno?
Gota SECRETA del día: Los cinco millones de correos hechos públicos de la Compañía norteamericana de espionaje privada llevan a preguntarse: ¿Es posible vivir sin mentir u ocultar? ¿Es posible decir y hacer siempre lo que realmente pensamos? ¿Creemos que algo de lo que pensamos o decimos no se sabrá nunca?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Esses Malditos Comunistas! - As liberdades de Cuba



domingo, 26 de fevereiro de 2012

direto do Contraponto Pig :Contraponto 7474 - "As liberdades de Cuba"

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26/02/2012

As liberdades de Cuba





Do Direto da Redação - Publicado em 26/02/2012


Rodolpho Motta Lima*

O assunto “Cuba” andou frequentando o DR nas últimas semanas, não apenas em função da visita da Presidenta Dilma à ilha caribenha – e o tucanato de plantão espichou as orelhas, vendo no fato uma oportunidade de formulações críticas à postura do Estado Brasileiro -, mas também porque a visita provocou, por parte da grande mídia, muitas reportagens, todas, invariavelmente, contrárias ao regime cubano e todas, invariavelmente, deixando de observar o saudável princípio do contraditório que recomenda, na busca de uma hipotética verdade, a audição das duas partes envolvidas. Aqui no site, é claro, os artigos que trataram do assunto enfocaram esses distintos pontos de vista.

Como não me manifestei então, faço-o agora, movido não apenas pelo desejo da não omissão, mas também pelo fascínio do tema, que integra minha visão do mundo desde o tempo de jovem, quando os guerrilheiros de Sierra Maestra derrubaram o governo de Fulgencio Batista, então amparado pelos Estados Unidos, em uma época em que se fazia de muitos países da América Latina – Cuba, principalmente – um grande quintal americano, um quintal sujo pelas atividades mafiosas, pela corrupção generalizada, e pela desavergonhada exploração do povo cubano por uma elite que fazia o jogo do imperialismo. Esses não são termos usados ao acaso, não são chavões de que me valho para retratar a situação de então. Qualquer ida aos livros mostra que a política do “big stick” do Roosevelt do início do século XX veio tendo desdobramentos e materializações em intervenções militares nos países considerados “focos desestabilizadores” ou na sustentação de governos corruptos que representavam seus interesses políticos e/ou econômicos (caso da Cuba de então).

Maiores justificativas não poderia haver para a Revolução Cubana que então se efetivou, com franco apoio popular. E a animosidade em relação aos americanos, se já tinha esses antecedentes históricos, mais profunda se tornou após a malograda tentativa da invasão por refugiados e mercenários (treinados e contratados pela CIA) na Baía de Porcos.

De lá para cá, é preciso entender a história da ilha e das opções ideológicas e estratégicas do governo fidelista a partir da correlação de forças que rachava o planeta na chamada guerra fria. Os aliados cubanos não poderiam ser outros senão os que representavam, à época, a negação do capitalismo explorador que a ilha experimentara de perto e não queria ver revivido.

Do jovem idealista que via a Revolução cubana como uma marca da liberdade, até o homem maduro de hoje, fui acompanhando a distância o que acontecia na ilha, nem sempre amparado por notícias confiáveis, até que resolvi, em 2004, ir a Cuba. O regime já estava passando por sérios problemas decorrentes do isolamento submetido pelos americanos, o bloqueio, agora sem o contraponto aliado do mundo socialista que havia ruído. Mas eu queria ver de perto o que acontecia e, de alguma forma, resgatar uma história que me tinha sido tão cara nos tempos da juventude.

Claro que foi uma viagem no tempo, como se costuma dizer ao mencionar os velhos carros americanos deixados na ilha pela elite em fuga e a ausência de aparatos tecnológicos e de conforto que a realidade da ilha não permitia. Encontrei, aqui e ali, alguns sinais de que o sistema socialista não poderia resistir imutável por muito tempo, seja porque os jovens ansiavam por um outro descortino do mundo, seja porque os próprios setores governamentais, principalmente através do turismo, percebiam que a abertura era uma questão de sobrevivência.

Mas tive oportunidade de ver – sem qualquer dificuldade – que, também como componente daquela “parada no tempo” (se pensarmos nos valores do “progresso tecnológico” de hoje), havia aspectos realmente dignos de destaque positivo: os cubanos não possuíam mendigos nem crianças abandonadas pelas ruas, e disso se orgulhavam: os cubanos não morreriam desassistidos pelas autoridades de saúde, pois tinham um sistema de referência mundial; os cubanos não tinham analfabetos (foi interessante perceber que os jovens adolescentes, em sua maioria, liam muito: quase todos conheciam, por ler, obras clássicas consagradas, como o Dom Quixote); os cubanos tinham uma saudável educação do corpo; a droga e a prostituição, se existiam, eram absolutamente pouco significativas, se comparadas com os “padrões” ocidentais.

Voltei com duas convicções. A primeira, de que, seria inevitável a abertura cubana, lenta e gradual, não por causa da perversa pressão norte-americana, que se mostrou inócua durante mais de 50 anos , mesmo diante de uma pequena ilha a uma hora de Miami e com uma base inimiga em seu território, mas porque os tempos imporiam, infelizmente, tais mudanças. Cuidadosas mudanças, para não permitir a volta ao regime de quintal e a presença de espiões, agentes e sabotadores ávidos por um festim desestabilizador... A segunda convicção é a de que, se, após a distensão, Cuba souber manter as suas grandes conquistas sociais, sem paralelo em qualquer ponto da América Latina – e poderá, dado o grau de politização do seu povo - certamente se transformará, logo nas primeiras décadas deste século, no país mais exitoso de todo o complexo latino-americano.

As liberdades de ir e vir e de expressar-se são, sim, viscerais e importantes. Mas são relativas e não são as únicas. Um país que mantém mendigos, miseráveis e analfabetos, por exemplo, não lhes permite tais liberdades. Um país que comercializa a saúde e a educação, por exemplo, desconsidera muitas outras liberdades, tão ou mais relevantes para a dignidade humana.

Rodolpho Motta Lima. Advogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil.

Esses malditos comunistas - O Irã, a guerra e saudades do Lula



CONTEÚDO LIVRE

Clóvis Rossi - O Irã, a guerra e saudades do Lula

Em retrospectiva, fica claro que o acordo costurado em 2010 por Brasil e Turquia talvez fosse o caminho
Os tambores de guerra estão soando alto em torno do Irã e podem acabar levando a um escorregão fatal, sempre possível quando a retórica é incendiária.
Mas há razões objetivas para atacar o Irã de modo a evitar que tenha a bomba atômica? A resposta a essa pergunta vem, em geral, carregada da ideologia de quem a dá por escassas informações de fato confiáveis a respeito do programa nuclear iraniano. Não que, na minha opinião, um ataque se justifique, qualquer que seja o estágio do programa nuclear iraniano.
Mas essa é outra discussão que não cabe aqui, por enquanto.
Voltemos, pois, ao estágio do programa nuclear iraniano. Prefiro ficar com a análise de Cellu Rozenberg, historiador militar da Universidade de Haifa (Israel), exatamente por ser de um país em que o ambiente político-militar o induziria a dizer o contrário do que escreveu para o "Le Figaro": "É inútil tentar decifrar o enigma iraniano e avaliar quando o Irã será capaz de lançar mísseis nucleares sobre Israel ou sobre outros Estados da região. Do dilúvio de informações pretensamente confiáveis reproduzidas ao infinito pela mídia, decorre a impressão de que amanhã de manhã os iranianos vão apertar o botão vermelho. Nada é menos verdadeiro e pode-se mesmo assegurar que o Irã não disporá da arma nuclear em um futuro próximo".
Parece sensato, mas não basta para dissolver a incerteza que é o motivo ou o pretexto para todos os tambores de guerra. Escreve, por exemplo, Robert Farley (Universidade de Kentucky), especialista em assuntos militares:
"Nós não sabemos se os iranianos querem construir a bomba ou se eles podem construir uma bomba ou quando eles poderiam estar aptos a construí-la. Mesmo que a fizessem, as consequências permaneceriam imprevisíveis, porque não sabemos o que fariam com a bomba ou como seus vizinhos reagiriam a uma bomba iraniana."
É necessário acrescentar às incertezas corretamente apontadas por Farley uma outra coleção delas: a maior parte dos analistas duvida que um ataque israelense contra as instalações nucleares iranianas elimine a possibilidade de o país chegar à bomba. Ao contrário: tende a acentuar a disposição de fabricá-la no mínimo como prevenção contra outros ataques. Ninguém sabe também qual seria a reação do Irã e de grupos afins ao regime a um ataque.
Também ninguém sabe qual é a real disposição iraniana de negociar em torno do programa nuclear, apesar de o governo iraniano ter anunciado a disposição de retomar as conversas.
Tudo somado, tem-se que há dúvidas razoáveis sobre se o melhor caminho é apertar as sanções já em vigor, abrir mais espaço para a negociação ou partir para a ação militar.
Retroativamente, acaba ficando claro que, talvez, os Estados Unidos devessem ter dado uma chance para que prosperasse o acordo Brasil/Turquia/Irã de 2010, o último momento em que as posições do governo iraniano ficaram razoavelmente próximas das demandas ocidentais.
Trocar a negociação de então pelas sanções, dias depois, não só não resolveu o problema como, ao contrário, agravou-o, como o demonstra o soar dos tambores de guerra.

crossi@uol.com.br

Criança, não verás uma imprensa como esta ou Quem está por trás da Blogueira Cubana?

A "endeusada" blogueira cubana Yoani Sánchez está ficando nua! A mídia bem tentou colocá-la num pedestal de mártir do regime cubano. E só nisso uma contradição: Cuba não interferiu, e tecnologicamente poderia, nas atividades de Internet da blogueira, já os EEUUAA estão fazendo de tudo para agarrar com suas garras ( sic) e sufocar a Rede Mundial. E o dinheiro corre solto. Será que não sobra nenhum para a nossa imprensa? Quem duvida, além de louco, é burro!
Postado por  Zcarlos no Com Texto Livre.
Domingo, 26 de fevereiro de 2012

¿Quién está detrás de Yoani Sánchez?

Prueban fraude tras seguimiento a Yoani Sánchez en Twitter

El influyente diario mexicano La Jornada publica un texto del investigador francés Salim Lamrani que demuestra el falso liderazgo de la bloguera Yoani Sánchez en la red social Twitter, logrado no por el seguimiento natural de la audiencia, sino por la intervención de tecnología y grandes sumas de dinero.
La cuarta parte de los seguidores de Sánchez en Twitter son fantasmas sin seguidores o “mudos” que jamás han emitido un tweet. En junio de 2010 la bloguera llegó a abonarse a más de 700 cuentas en un día, algo sólo posible con robots informáticos y muy lejos de las posibilidades de alguien que dice acceder a Twitter sólo por sms desde un teléfono celular o a partir de una conexión semanal a Internet en un hotel.¿Quién está detrás de Yoani Sánchez?


El artículo de Salim Lamrani en "La Jornada"

Yoani Sánchez, famosa bloguera habanera, es un personaje peculiar en el universo de la disidencia cubana. Jamás ningún opositor se ha beneficiado de una exposición mediática tan masiva ni de un reconocimiento internacional de semejante dimensión en tan poco tiempo.
Después de emigrar a Suiza en 2002, decidió regresar a Cuba dos años después, en 2004. En 2007, integró el universo de la oposición en Cuba al crear su blog Generación Y, y se vuelve una acérrima detractora del gobierno de La Habana.
Jamás ningún disidente en Cuba – quizás en el mundo – ha conseguido tantas distinciones internacionales en tan poco tiempo, con una característica particular: han suministrado a Yoani Sánchez suficiente dinero para vivir tranquilamente en Cuba el resto de su vida. En efecto, la bloguera ha sido retribuida a la altura de 250.000 euros en total, es decir un importe equivalente a más de veinte años de salario mínimo en un país como Francia, quinta potencia mundial. El salario mínimo mensual en Cuba es de 420 pesos, es decir 18 dólares o 14 euros, por lo que Yoani Sánchez ha conseguido el equivalente a 1.488 años del salario mínimo cubano por su actividad de opositora.
Yoani Sánchez está en estrecha relación con la diplomacia estadounidense en Cuba, como señala un cable, clasificado “secreto” por su contenido sensible, que emana de la Sección de Intereses Norteamericanos (SINA). Michael Parmly, antiguo jefe de la SINA en La Habana, que se reunía regularmente con Yoani Sánchez en su residencia diplomática personal como lo indican los documentos confidenciales de la SINA, hizo partícipe de su preocupación respecto a la publicación de los cables diplomáticos estadounidenses por Wikileaks: “Me molestaría mucho si las numerosas conversaciones que tuve con Yoani Sánchez fueran publicadas. Ella podría pagar las consecuencias toda la vida”. La pregunta que viene inmediatamente en mente es la siguiente: ¿por cuáles razones Yoani Sánchez estaría en peligro si su actuación, como lo afirma, respetan el marco de la legalidad?
En 2009, la prensa occidental mediatizó fuertemente la entrevista que el presidente Barack Obama había concedido a Yoani Sánchez, lo que se consideró como un hecho excepcional. Sánchez también había afirmado haber mandado un cuestionario similar al presidente cubano Raúl Castro y que ése no se había dignado en responder a su solicitud. Sin embargo, los documentos confidenciales de la SINA, publicados por Wikileaks, contradicen esas declaraciones.
Se descubrió que en realidad fue un funcionario de la representación diplomática estadounidense en La Habana quien se encargó de redactar las respuestas a la disidente y no el presidente Obama. Más grave aún, Wikileaks reveló que Sánchez, contrariamente a sus afirmaciones, jamás mandó un cuestionario aRaúl Castro. El jefe de la SINA Jonathan D. Farrar confirmó esta realidad en un correo enviado al Departamento de Estado : «Ella no esperaba una respuesta de éste, pues confesó que nunca las [preguntas] había mandado al presidente cubano”.
La cuenta Twitter de Yoani Sánchez
Además del sitio Internet Generación Y, Yoani Sánchez dispone también de una cuenta Twitter y reivindica más de 214,000 seguidores (registrados hasta el 12 de febrero de 2012). Sólo 32 de ellos residen en Cuba. Por su lado, la disidente cubana sigue a más de 80,000 personas. En su perfil, Sánchez se presenta del siguiente modo: “Blogger, resido en La Habana y cuento mi realidad en trozos de 140 caracteres. Twitteo via sms sin acceso a la web”.
No obstante, la versión de Yoani Sánchez es difícilmente creíble. En efecto, resulta absolutamente imposible seguir a más de 80,000 personas, sólo por sms o a partir de una conexión semanal desde un hotel. Un acceso diario a la red es indispensable para ello.
La popularidad en la red social Twitter depende del número de seguidores. Cuanto más numerosos son, mayor es la exposición de la cuenta. Del mismo modo, existe una fuerte correlación entre el número de personas seguidas y la visibilidad de la propia cuenta. La técnica que consiste en seguir numerosas cuentas se utiliza comúnmente para fines comerciales, así como por la clase política durante las campañas electorales.
El sitio www.followerwonk.com permite analizar el perfil de los seguidores de cualquier miembro de la comunidad Twitter. El estudio del caso Yoani Sánchez es revelador en varios aspectos. Un análisis de los datos de la cuenta Twitter de la bloguera cubana, que se realizó a través del sitio, revela a partir de 2010 una impresionante actividad de la cuenta de Yoani Sánchez. Así, a partir de junio de 2010, Sánchez se ha inscrito en más de 200 cuentas Twitter diferentes cada día, con picos que podían alcanzar 700 cuentas en 24 horas. A menos de pasar horas enteras del día y de la noche en ello – lo que parece altamente improbable – resulta imposible abonarse a tantas cuentas en tan poco tiempo. Parece entonces que ha sido generado mediante un robot informático.
Del mismo modo, se descubre que cerca de 50,000 seguidores de Sánchez son en realidad cuentas fantasmas o inactivas, que crean la ilusión de que la bloguera cubana goza de una gran popularidad en las redes sociales. En efecto, de los 214,063 perfiles de la cuenta @yoanisanchez, 27,012 son huevos (sin foto) y 20,600 revisten las características de cuentas fantasmas con una actividad inexistente en la red (de 0 a 3 mensajes mandados desde la creación de la cuenta).
Entre las cuentas fantasmas que siguen a Yoani Sánchez en Twitter, 3,363 no tienen a ningún seguidor y 2,897 sólo siguen la cuenta de la bloguera, así como a uno o dos cuentas. Del mismo modo, algunas cuentas presentan características bastante extrañas: no tiene ningún seguidor, sólo siguen a Yoani Sánchez y han emitido más de 2,000 mensajes.
Esta operación destinada a crear una popularidad ficticia vía Twitter es imposible a realizar sin acceso a Internet. Necesita también un apoyo tecnológico así como un presupuesto consecuente. Según una investigación que realizó el diario La Jornada, titulada “El ciberacarreo, la nueva estrategia de los políticos en Twitter”, sobre operaciones que implicaban a candidatos presidenciales mexicanos, numerosas empresas de Estados Unidos, Asia y América Latina ofrecen este servicio de popularidad ficticia (“ciberacarreo”) a precios elevados. “Por un ejército de 25 mil seguidores inventados en Twitter -dice el periódico- se pagan hasta dos mil dólares, y por 500 perfiles manejados por 50 personas se pueden gastar entre 12 mil y 15 mil dólares”.

Anuncio de ciberacarreo en el sitio www.sophatia.com

Yoani Sánchez emite un promedio de 9,3 mensajes al día. En 2011, la bloguera publicó un promedio de 400 mensajes al mes. El precio de un mensaje en Cuba es de 1 peso convertible (CUC), lo que representa un total de 400 CUC mensuales. El salario mínimo en Cuba es de 420 pesos cubanos, es decir alrededor de 16 CUC. Cada mes Yoani Sánchez gasta el equivalente de dos años de salario mínimo en Cuba. Así, la bloguera gasta en Cuba una suma que corresponde, si fuera francesa, a 25,000 euros mensuales en Twitter, es decir 300,000 euros anuales. ¿De dónde proceden los recursos necesarios a estas actividades?
Otras preguntas surgen de modo inevitable. ¿Cómo Yoani Sánchez puede seguir a más de 80,000 cuentas sin un acceso permanente a Internet? ¿Cómo ha podido abonarse a cerca de 200 cuentas diferentes diarias como promedio desde junio de 2010, con picos que superan las 700 cuentas? ¿Cuántas personas siguen realmente las actividades de la opositora cubana en la red social? ¿Quién financia la creación de las cuentas ficticias? ¿Con qué objetivo? ¿Cuáles son los intereses que se esconden detrás de la figura de Yoani Sánchez?
Salim Lamrani, graduado de la Universidad de La Sorbona, es profesor encargado de cursos en la Universidad Paris-Descartes y la Universidad París-Est Marne-la-Vallée y periodista francés, especialista en las relaciones entre Cuba y Estados Unidos. Autor de Fidel Castro, Cuba y Estados Unidos (2007) y Doble Moral. Cuba, la Unión Europea y los derechos humanos (2008), entre otros libros.
No SOA Brasil

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Belo Monte - Movimento Goda d'Água: inocência ou má-fé?


Posted: 24 Feb 2012 12:57 PM PST
Publicado por em seu blog do Ambientalismo.


Esta é uma carta que enviei ao Movimento Gota D’Água, via e-mail.
Senhores:
Assisti ao Globo News em Pauta, nesta semana, onde um representante do Movimento Gota D’Água, um ilustre e desconhecido ator/diretor de cinema chamado Sergio Marone, se apresentou defendendo a paralisação da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Fiquei abismado com o desconhecimento do assunto por parte do dito senhor. Ele disse não ser especialista no assunto – e isso só bastaria para ele se abster de tecer qualquer tipo de comentário sobre o tema.

Belo Monte, além de ser assunto que já vem sendo discutido há mais de 30 anos – e a decisão do Governo foi pela sua construção – tanto que sua obra já está em andamento – assim como o programa energético brasileiro, não são assuntos para ser debatidos, muito menos confrontados, por um artistazinho de cinema. Esse moço, para variar, é um inocente útil, assim como seu site, que só auxiliam aqueles que desejam ver interrompido o crescimento socioeconômico do Brasil.

O ambientalismo mundial e nacional

O movimento ambientalista mundial, liderado por ONGs provenientes de países do hemisfério norte, principalmente, os Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Canadá etc, tenta, através de uma falsa defesa do meio ambiente e de populações marginais, principalmente do Terceiro Mundo, fazer com que esses países pobres tenham interrompidos seus desenvolvimentos, a fim de  que eles não consumam os recursos naturais ainda restantes no planeta. Os países do Norte acham que os recursos naturais do mundo pertencem a eles, a fim de que continuem mantendo seus atuais níveis de consumo de conforto.
O Movimento Gota D’Água deveria, portanto, se inteirar melhor desse movimento ambientalista mundial, que já tem grandes raizes no Brasil, a fim de reciclar suas críticas, verdadeiramente infantis, que são feitas às providências que o Governo brasileiro vem tomando com vistas a melhorar o nível de vida de nossa população.
Felizmente, entretanto, o movimento ambientalista, principalmente o que concerne ao aquecimento global já é tema de quinta categoria no mundo e já não mais atrai a atenção, não só da população, como da mídia em geral, pelas mancadas que já deu e por suas falácias e mentiras já bastante desgastadas. Aliás, a pouca atenção da mídia mundial para esse tema foi comentada no programa.

É fácil ser ambientalista quando já se tem tudo…

É muito fácil reivindicar a proteção do meio ambiente quando já se tem um nível de desenvolvimento de primeiro mundo. É o caso dos países do norte, que, já tendo um ótimo nível de vida e de conforto, agora reivindicam a paralização do progresso dos países periféricos, como o Brasil. E tudo, repito, para que nós não utilizemos nossos recursos naturais a fim de deixá-los para os países centrais.
O difícil é convencer as populações pobres do mundo de que elas não podem se desenvolver mais além das miseráveis condições socioeconômicas que já possuem.
Da mesma maneira, é muito fácil para o senhor Marone (e para os demais artistas que fazem parte do Movimento Gota D’Água) ser contra a construção da usina de Belo Monte quando, certamente, deve morar numa zona nobre do Rio de Janeiro ou de São Paulo; quando, certamente, possui um ou dois carros, sendo um deles um 4×4 queimando óleo diesel, naturalmente; quando, provavelmente, viaja para a Europa ou para os Estados Unidos, pelo menos uma ou duas vezes por ano para cada uma daquelas regiões, e/ou outras mais…
Assim é fácil ser contra Belo Monte, a qual, se não for construída, em nada alterará o modo de vida do senhor Marone e de seus amiguinhos – esquecendo, aquele senhor, de que 20 milhões de brasileiros daquela região sequer têm energia elétrica para ligar uma geladeira.
Tenho a impressão de que o Governo brasileiro prefere contrariar o senhor Marone e seus pares, que ficarão “indignados” com a obra de Belo Monte, e ajudar aqueles 20 milhões de pessoas da região central do Brasil.

A pele de bonzinho vende…

A impressão que a atitude do senhor Marone dá é a seguinte: hoje em dia está na moda ser a favor da falácia da sustentabilidade a fim de agregá-la como fatos de marketing – para que as pessoas tenham simpatia para com as empresas que se dizem “sustentáveis”. Tudo mentira, elas não têm nada de sustentáveis.
O mesmo se dá com a iniciativa dos artistas do Movimento Gota D’Água. A maioria deles – ilustres desconhecidos – tenta, através da iniciativa de ser contra Belo Monte, aparecer para o público com uma imagem de bonzinhos e assim se promover. Sim, porque do contrário, continuarão a ser desconhecidos completos, a não ser por algumas raras exceções.
Uma dessas exceções é a senhora Maitê Proença, uma grande entendida de energia, certamente, como outros entendidos do Gota d’Água no referido assunto… E ela, que já viajou o mundo inteiro – de avião, certamente – poderia tê-lo feito de charrete, não é verdade? Para economizar energia e não contribuir para as emissões de CO2 dos aviões que utilizou… E deveria ter atravessado os mares que atravessou num barquinho a remo…
Tolas exceções. O senhor Marone, aliás, comentou sobre alguns trabalhos que realizou, uns dois filmes, não mais do que isso. Nunca ouvi falar de nenhum deles, muito menos ouvi antes falar do senhor Marone. De fato, ele e seus filmes necessitam de uma propagandazinha…

Quem fala demais acaba dando bom-dia a cavalo…

Assim, artistas não devem se meter onde não são chamados, principalmente artistas estrangeiros. Estes, deveriam se preocupar é com seus próprios países, que não andam nada bem. E nada de se meter com os assuntos do Brasil.
E como se não bastasse, o senhor Marone, mui sapientemente, sugeriu que houvesse mudanças no programa energético brasileiro, sugerindo que Belo Monte fosse substituída por sistemas eólicos e/ou solares – assim como as demais usinas hidrelétricas que estão para ser construídas. Será que o senhor Marone sabe que os sitemas eólico e solar podem custar até 10 vezes mais do que um sistema tradicional (para o mesmo fornecimento de energia), e com rendimentos de apenas 20% em relação aos sistemas convencionais?
Claro, nós somos um país rico, não é, senhor Marone? Podemos, então, optar por sistemas 10 vezes mais caros e 5 vezes menos eficientes, não é? Problema nenhum…

Que técnicos?

Aliás, gostaria de saber que técnicos foram aqueles nos quais o senhor Marone se baseou para dar um ar sério e técnico a seu depoimento? Quem são eles? Pelo que o senhor Marone leu, não sei se eles sabem tanto assim sobre energia… Ou se sabem…
Não nos esqueçamos que a Ciência, hoje, está cada vez mais politizada. Muitos cientistas se vendem (aos interesses estrangeiros) a fim de garantir seus investimentos em pesquisas – e para garantir seus empregos…

A ONG Amazon Watch

Só mais uma coisinha: foi falada, no programa, alguma coisa sobre a ONG Amazon Watch (além de sobre o Greenpeace e outras ONGs estrangeiras), e seu exemplo serve para mostrar como a coisa das ONGs funciona. Vejam o seguinte texto do livro «Máfia Verde», que o pessoal do Gota D’Água deveria ler, a fim de não continuarem a falar bobagens.
«A Fundação W. Alton Jones é uma das mais poderosas fundações estadunidenses. Seu balanço de 1999 revelou ativos superiores a 426 milhões de dólares, tendo feito doações da ordem de 58 milhões de dólares. Seus “ecodólares” têm sido fundamentais para a movimentação das campanhas anti-hidrovias na América do Sul, principalmente contra a hidrovia Paraná-Paraguai, para a qual doou diretamente mais de 1,1 milhão de dólares. Seus principais recepto­res foram as ONGs Internacional Rivers Network, Coalizão Rios Vivos, ICV, ECOA, Sobrevivencia, Ecotrópica, EDF e Wetlands for the Americas.»
«Adicionalmente, fez as seguintes doações para programas “ambientais” destinados ao Brasil: 100 mil dólares para a Fundação Brasileira para o Desen­volvimento Suatentável, presidida por Israel Klabin; 275 mil dólares para o Amazon Conservation Team; 204 mil dólares para a Amazon Watch; 100 mil dólares para a Fundação Vitória Amazônica; 80 mil dólares para o Instituto de Advogados para um Planeta Verde; 48 mil dólares para a SOS Amazônia; 684 mil dólares para o World Resources Institute (inclui outros países); 239 mil dólares para a Rainforest Alliance (inclui outros países); 100 mil dólares para a Universidade de Maryland; 184 mil dólares para a Universidade de Washington.»
É para essa gente que o Movimento Gota d’Água está trabalhando?

Minha sugestão é a seguinte:

Tenho um site intitulado  http://blogdoambientalismo.com . Esse site já tem uns dois anos e tem uma procura mensal por parte de mais de 12.000 pessoas, tendo já alcançado, inclusive, a classificação número 3 no rankindde sites do Google. Já publiquei quase 600 artigos sobre ambientalismo, governança mundial, sustentabilidade, indigenismo, ONGs etc etc etc.
O pessoal do Gota D’Água deveria dar uma olhada no meu site. Talvez eles aprendam alguma coisa, caso queiram, obviamente. Talvez consigam entender como é que a banda toca nesse mundo do ambientalismo. E se entenderem, verão como iniciativas dessas, do tipo das do Movimento Gota D’Água são, não só tolas, ingênuas (ou compradas), como nocivas ao Brasil. Eles sentirão vergonha.
E vergonha senti eu, quando vi no programa acima mencionado, as coisas que o senhor Marone falou a as propostas de seu Movimento. Vergonha e pena dessas pessoas, que não sabem de nada, mas acham que sabem. E como se não tivessem mais o que fazer, ainda se metem onde não são chamados. Imagine a pretensão dessa gente: fazer um movimento global no Brasil a fim de que seja “repensado” o programa energético brasileiro! Isso é uma piada!
Aliás, quem sustenta e financia o Movimento Gota d’Água? Boa pergunta, não é? Eu digo quem sustenta meu site. Eu mesmo, solitariamente, com meu salário e meu tempo.
Saudações e juízo, minha gente!
Husc
Imagens → http://ofuxico.terra.com.br ;http://www.novidadedahora.com.br ; http://epocanegocios.globo.com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

“Modelo Grécia” acorrenta país e o mundo


“Modelo Grécia” acorrenta país e o mundo

«Por muitos indicadores, a Grécia está retrocedendo em algo sem precedentes na moderna experiência ocidental. Um quarto de todas as empresas gregas fechou as portas desde 2009, e a metade de todas as pequenas empresas do país se diz incapaz de pagar as contas. A taxa de suicídios aumentou 40%, no primeiro semestre de 2011. Uma economia de escambo se estabeleceu, na medida em que as pessoas tentam contornar os efeitos de um sistema financeiro quebrado. Quase a metade da população abaixo de 25 anos está desempregada. Em setembro último, os organizadores de um seminário sobre emigração para a Austrália, patrocinado pelo governo, que havia atraído 42 pessoas no ano anterior, se viram sobrecarregados com 12 mil inscrições. Banqueiros gregos me disseram que as pessoas retiraram de suas contas um terço do seu dinheiro; ao que parece, muitas delas estavam guardando o que tinham de economias debaixo de suas camas ou enterradas nos quintais. Um banqueiro, que, atualmente, tem como parte do seu trabalho persuadir as pessoas a manter seu dinheiro no banco, me disse: “Quem confiaria num banco grego?”»
A descrição da tragédia em curso na Grécia, feita pelo correspondente do New York Times, Russell Shorto (13/02/2012) [imagem à esquerda], denota que os problemas do país europeu transcendem em muito as questões financeiras e econômicas e as próprias fronteiras gregas, apontando para o caráter civilizatório da crise sistêmica, da qual a nação que foi o berço da Civilização Ocidental se apresenta como uma advertência para todo o mundo.
Na Grécia, se joga o futuro da união monetária europeia em sua presente forma, estreitamente vinculada a políticas monetaristas de interesse majoritário da alta finança “globalizada” e crescentemente alienada das aspirações e necessidades das sociedades dos países membros do bloco.
Mas, acima de tudo, está em causa uma definição determinante sobre a natureza e as funções de um governo nacional e a orientação de suas políticas públicas, especialmente, as econômico-financeiras. Em síntese, pode-se dizer que se trata do próprio caráter do processo civilizatório. Assim como na tragédia de Ésquilo, se o “modelo Grécia” persistir, não apenas a economia do país e o bem-estar de sua população estarão acorrentados aos ditames oligárquicos, para assegurar uma incerta – embora finita – sobrevida a um sistema financeiro disfuncional e gerador de desigualdades, mas o processo tenderá a se estender a outros países, na Europa e fora dela, deixando a perspectiva de um retrocesso civilizatório de consequências imprevisíveis.
As recentes e violentas manifestações populares ocorridas em Atenas e outras cidades, envolvendo centenas de milhares de pessoas e deixando dezenas de prédios incendiados e estabelecimentos comerciais saqueados, representam um claro indício da revolta da população grega contra a imposição de uma virtual ditadura financeira ao país. Neste particular, não faltou a ironia da expulsão de seus partidos de 43 parlamentares da coalizão governista, que votaram contra ou se abstiveram de aprovar o mais recente pacote de austeridade imposto pela “troika” União Europeia-Banco Central Europeu-Fundo Monetário Internacional.
A votação do pacote, em troca de uma nova parcela do pacote de “resgate” de 130 bilhões de euros, para que o país não fique insolvente com o pagamento de sua dívida, foi concluída à meia-noite do domingo 12 de fevereiro, com o prédio do Parlamento sitiado por dezenas de milhares de manifestantes e sob forte proteção policial, que não impediu os tumultos. Os termos do pacote, para os quais a palavra draconiano não é suficiente, impoem condições verdadeiramente brutais ao governo e à população. Entre outros itens, destacam-se:
♦ a demissão de 150 mil funcionários públicos até 2015, sendo 15 mil ainda em 2012;
♦ cortes de 20% nos salários do funcionalismo público;
♦ redução do salário mínimo, de 750 para 600 euros;
♦ corte do salário-desemprego, de 460 para 360 euros;
♦ redução de 15% nas pensões.
Os termos do pacote estão contidos em um «Memorando de Entendimento» que se assemelha a um acordo de rendição de uma nação derrotada em uma guerra, o qual detalha as condições impostas pela potência vencedora (no caso, a “troika”, representando os interesses financeiros), chegando a requintes como exigir a redução de gastos com remédios e «a suspensão das limitações para os varejistas venderem produtos de categorias restritas, como alimentos infantis».
Um dos parágrafos mais humilhantes e emblemáticos do documento é autoexplicativo quanto ao processo que está submetendo o país:
«O governo não proporá nem implementará medidas que possam infrigir as regras da livre movimentação de capitais. Nem o Estado, nem outras entidades públicas, concluirão acordos de acionistas com a intenção ou o efeito de obstaculizar a livre movimentação de capitais ou influenciar a administração ou controle das empresas. O governo não iniciará nem introduzirá quaisquer limites de participação votante ou aquisição, e não estabelecerá quaisquer direitos de veto desproporcionais ou não justificáveis, ou qualquer outra forma de direitos especiais nas companhias privatizadas.»
Em síntese, liberdade total para os predadores financeiros que estão na origem da crise sistêmica em curso, e não apenas na Grécia.
Tudo isso, em meio ao anúncio de uma queda de 6,8% do PIB em 2011, mais que o dobro do previsto pela “troika” no início do ano passado, e com tendência de aumento.
A gravidade do cenário grego se mostra até mesmo nos comentários de um notório arauto do modelo financeiro anglo-americano, o conhecido colunista financeiro do Daily Telegraph londrino, Ambrose Evans-Pritchard. Em sua coluna de 12 de fevereiro, depois de qualificar como “cartaginesas” as condições financeiras impostas à Grécia, ele adverte, com um sentido histórico mais que oportuno:
«A política não pode controlar o consenso democrático ao longo do tempo. O partido Pasok, outrora dominante, desabou para 8% nas pesquisas. O apoio [popular] está se dividindo entre a extrema-esquerda e a extrema-direita, exatamente como a Alemanha de Waimar sob a deflação de [o chanceler Heinrich] Brüning. O próximo Parlamento grego será recheado com incendiários “antimemorando” e qualquer tentativa das elites gregas de evitar que as eleições ocorram deve empurrar os protestos de rua no rumo da revolução. Em um sinal dos tempos vindouros, a Federação Helênica de Polícia pediu a prisão dos funcionários da “troika” em solo grego, por ataques à “democracia e à soberania nacional”.»
Vinte e cinco séculos depois que Platão legou ao mundo a sua República, na qual delineou os princípios de atenção ao bem comum que deveriam orientar as ações de todos os governos, os gregos (desta vez, representados pela população como um todo) voltam ao centro do palco histórico. O desfecho da tragédia deverá ter repercussões mundiais.
Movimento de Solidariedade Íbero-americana

O Irã em "estado de guerra"! - Com toda a razão!


Em todos os compêndios jurídicos, o direito à defesa permite ao indivíduo o ataque preventivo, mormente quando o opositor diz que vai atacá-lo e age como se fosse.


Irã ameaça realizar ataques preventivos e diz que AIEA não visitará usinas

Tensão aumenta e general iraniano diz que Teerã não esperará uma ofensiva dos inimigos para agir

22 de fevereiro de 2012 | 0h 18
TEERÃ - O governo do Irã advertiu nesta terça-feira, 21, a comunidade internacional de que realizará um ataque preventivo contra seus inimigos caso sinta que seus interesses nacionais estão sob ameaça. O anúncio foi feito em meio ao aumento da tensão entre o Ocidente e Teerã, por conta do programa nuclear iraniano, e um dia depois de o Irã anunciar exercícios militares para proteger suas instalações atômicas.
O cenário atual na região levou a especulações de que Israel estaria planejando um ataque militar contra as usinas nucleares iranianas - que, segundo o Ocidente, estariam produzindo material para armas atômicas. Teerã nega as acusações e afirma que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Sem citar Israel diretamente, o general Mohamed Hejazi, o segundo na linha de comando das Forças Armadas iranianas, afirmou que o Irã não esperará que os inimigos atuem contra o país. "Nossa estratégia agora é que se sentirmos que nossos inimigos querem colocar os interesses nacionais do Irã em perigo, vamos agir sem esperar por suas ações", afirmou o general à agência de notícias Reuters.
Pressão
Apesar do embargo da União Europeia que entrará em vigor em julho, o ministro do Petróleo do Irã, Rostan Qasemi, ameaçou os países da UE afirmando que Teerã cortará o envio de petróleo se alguns dos integrantes do bloco não assinarem contratos de longo prazo com o pagamento garantido.
Segundo a agência Fars, Qasemi pressionou os países europeus que mais compram petróleo iraniano a tomar logo uma decisão para não ter o mesmo destino que França e Grã-Bretanha - nações cujo envio de combustível foi suspenso por Teerã no domingo.
AIEA
Uma equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não inspecionará as instalações nucleares iranianas e apenas se reunirá com funcionários de alto escalão nos dois dias de visita ao Irã, informou nesta terça o porta-voz da chancelaria iraniana, Ramin Mehmanparast. A declaração põe em dúvida se os inspetores da ONU conseguirão confirmar se o Irã está realmente tentando obter armas nucleares, como suspeita o Ocidente.
Com AP, Reuters e NYT