NÃO É SAUDOSISMO...

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... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Grécia perdeu democracia e pode perder soberania



Grécia perdeu democracia e pode perder soberania

A União Européia cogita criar uma forma de controle externo do Estado grego. A ideia é subordinar o governo da Grécia a uma autoridade econômica externa, a ser definida pelos demais governos da Europa.
Pelo plano em discussão, até a equipe econômica grega teria de ser aprovada pelos governos estrangeiros, que também teriam prioridade para definir os gastos do governo. Já está claro que a prioridade seria pagar dívidas.
Parece exagero mas não é. No plano político, a ideia é transformar a Grécia numa semi-colonia, proposta que não nasceu agora mas está mais desenvolvida do que se pensava. No plano da economia, pretende-se tratar um país em dificuldade como se fosse mais uma empresa privada que vai à falência. Nem isso, na verdade. Muitas empresas privadas são resgatadas e recuperadas, quando se conclui que podem cumprir uma função social necessária para um país ou uma região.
A  ideia dessa autoridade externa é um novo passo na perda de soberania da Grécia, iniciada no fim do ano passado, quando os mercados confiscaram determinados direitos democráticos da população.
A história ensina que um país pode perder a própria soberania de varias maneiras. A mais conhecida é a ocupação militar, no fim de uma guerra.
O drama grego ocorreu de outra forma e demonstra que a perda da democracia pode ser a forma mais rápida de um país perder a soberania.
Os novos governantes não usam a farda nem o quepe dos coronéis que mantiveram a Grécia sob uma ditadura em anos recentes. Usam ternos bem cortados, falam inglês e com certeza são capazes de discorrer sobre música clássica.
Mas fazem um governo com origem autoritária, ainda que, no último momento, o parlamento grego tenha apoiado a mudança — atitude que não quer dizer muita coisa, pois já deu origem a muitas ditaduras, como se sabe.
O último primeiro ministro grego perdeu a cabeça depois que teve a idéia de promover um plebiscito interno sobre os planos de austeridade. George Papandreou nem pretendia combater as propostas da União Européia. Mas defendeu o direito da população dar sua opinião sobre uma questão crucial em sua vida.
Contava com a possibilidade de ganhar apoio da oposição conservadora, favorável às políticas de austeridade. Com isso, imaginava que seria mais fácil suportar a resistência da população.
Mas o que se passou a seguir mostra que os mercados não querem riscos de nenhuma forma. Querem dinheiro. Se a democracia atrapalhar, pior.  Se a soberania incomoda, dá-se um jeito. Não há mediação, nem negociação. Apenas o jogo bruto.
Por isso Papandreou caiu em ambiente de conspiração e pavor para ser substituído por um tecnocrata da confiança dos credores. Está ali para cumprir ordens. Pela tradição do país, toda mudança de governo passa pelo voto popular. Dessa vez, não foi assim. A mudança ocorreu pelo alto, num acordo de cúpulas com o argumento de que não era possível perder tempo. Mas o impasse já dura vários meses e não se vê uma solução aceitável no horizonte.
Na verdade, a ideia sempre foi empossar autoridades que não tem obrigação de prestar contas ao povo, apenas aos credores. Podem fazer o serviço sujo e ir para a Metrópole, como os governantes  dos tempos coloniais.
Sem voto popular, a capacidade de resistência é menor, mesmo no caso de quem só pretende manter as aparências.
Mesmo assim, não é fácil chegar a um acordo aceitável.
A discordia envolve a taxa de juros. O governo grego aceita pagar 3,5% ao ano para seus credores. Já é uma barbaridade, num país que se encontra em recessão há cinco anos consecutivos e caiu 5% apenas em 2011. O país precisa de créditos fartos para crescer e equilibrar-se.  Se havia necessidade de uma prova adicional quanto ao fiasco dos planos de austeridade, o desastre dos últimos anos equivale a uma prova definitiva.
Mas os credores querem receber 4%.
Sem acordo, o país não recebe mais dinheiro. Em 20 de março, os gregos tem um pagamento de US$ 20 bilhões e já avisaram que estão com o cofre vazio.
Sob direção de um governo que não tem qualquer compromisso com o futuro de seus cidadãos nem qualquer ligação com  qualquer coisa que se possa chamar de interesse nacional, a Grécia está mais frágil do que nunca. A Europa também.

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