NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Santayana: qual foi o alvo em 11 de setembro


Santayana: qual foi o alvo em 11 de setembro

    Publicado em 09/09/2011
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Conversa Afiada reproduz texto de Mauro Santayana, extraído do JB:

Nota do colunista: reproduzo abaixo, sem qualquer alteração, o texto do artigo que publiquei, no dia 12 de setembro de 2001, no Correio Braziliense. Ele foi redigido na tarde do dia dos atentados, sob o calor dos fatos. Nada a acrescentar, a não ser as crianças trucidadas no Afeganistão, no Iraque, e, agora,  na Líbia , sem falar nas que morriam antes e continuam a morrer na Faixa de Gaza.

A hora do medo


por Mauro Santayana


Qualquer que tenha sido o grupo terrorista responsável pelo surpreendente ataque contra Nova York , o alvo foi o modelo de sociedade que os Estados Unidos adotaram e pretendem impor ao mundo. O golpe pode ter sido desfechado por palestinos ou curdos, iraquianos ou corsos, líbios ou porto-riquenhos, como pode ter sido obra da direita norte-americana.


Pode significar represália contra a morte de crianças palestinas pelos mísseis israelitas, como pode expressar a vingança dos direitistas internos contra a execução do detonador de Oklahoma.


Um amigo norte-americano me disse, recentemente, que os seus compatriotas se encontram exaustos. Já não se orgulham, como se orgulhavam antes, de seu way of life.

Fortalecida a hegemonia mundial com a derrota do grande adversário, os Estados Unidos só têm sustentado a sua grandeza mediante uma economia fundada na virtualidade eletrônica e na ameaça que representam seus arsenais militares. No interior do país aumenta a pobreza, com a redução real dos salários e o endividamento cada vez maior das famílias norte-americanas. Não há sinais de melhora à vista. Anuncia-se forte recessão mundial, assunto de que tratamos, neste mesmo espaço, na semana passada e ainda não foi encontrado o caminho para enfrentá-la.


Depois da penosa depressão dos anos 30, a grande saída para a economia do país foi a guerra: Pearl Harbour lhes deu o pretexto, mais interno do que externo, para a participação no conflito e essa participação os levou ao comando da economia global. E agora? Já houve quem comparasse a explosão do World Trade Center, símbolo do capitalismo globalizador, ao ataque de dezembro de 1941 à grande base naval da Ásia.


Mas as coisas não são exatamente as mesmas. Em 1941, havia uma guerra em curso, e a Alemanha, tendo rompido o pacto Molotov-Ribbentrop, já estava ocupando grande parte da União Soviética. A Inglaterra sofria os ataques aéreos, desfechados pela Luftwaffe, a França estava ocupada havia mais de um ano, sofrendo, além da presença militar do inimigo, o vexame que representava o governo capitulacionista de Vichy.


Toda a simpatia do ocidente e dos povos submetidos ao Eixo estava com os Estados Unidos e seu grande presidente Franklin Roosevelt.


Hoje não ocorre o mesmo. O presidente dos Estados Unidos, e essa é a conclusão da grande imprensa norte-americana, é um texano bisonho, escolhido em pleito controvertido, que declarou guerra aos interesses do mundo quando rejeitou os compromissos do Protocolo de Kyoto e serve de chacota aos humoristas. Nós, brasileiros, temos ainda outras preocupações com Mr. Bush: ele e seu vice-presidente declararam, recentemente, que os países devedores devem vender suas florestas para pagar a dívida externa. Como não existem mais florestas na África, já sabemos para quem é o recado.


Pode ser que os falcões do Pentágono aproveitem o clima de vingança para optar por uma guerra contra todos, e Blair já fala em solidariedade das democracias, mas, se assim agirem, os Estados Unidos correm imenso risco.


Não é possível, nestas primeiras horas, identificar os responsáveis, ainda que possam surgir numerosas versões no calor dos fatos. Um exame sereno da situação mostra, no entanto, que seria muito difícil, ainda que não improvável, a um grupo de terroristas estrangeiros seqüestrar tantos aviões, sem qualquer suspeita e, mais ainda, atingir o coração do sistema militar, que é o Pentágono. Se o grupo é estrangeiro, é conveniente acreditar em algum tipo de cumplicidade interna.


A verdade poderá assustar mais ainda os dirigentes americanos: nada seria pior do que uma sublevação interna nos tempos modernos. Não seria como a Guerra da Secessão, com os interesses delimitados pela geografia, mas uma explosão de descontentamento difuso. Na Casa Branca não se encontra Abraham Lincoln, habita-a Mr. Bush, o que não é o mesmo.

O mais triste é saber que morreram pessoas inocentes, que nada têm a ver com os donos do mundo. Muitas das vítimas eram apenas turistas que visitavam as grandes e orgulhosas torres. As torres simbolizam, na arquitetura, a petulância dos que pretendem erguer-se à altura dos céus, como pontes erguidas para o absoluto. Outras eram apenas os descuidados e confiantes passageiros dos aviões.


Compraram os seus bilhetes, telefonaram para as famílias, leram os seus jornais e, antes da morte, se assustaram ao ver que voavam entre os grandes edifícios da cidade.


Qualquer que venha a ser a reação dos

Estados Unidos, o mundo mudou, será outro depois das explosões de Nova York e a fragilidade do sistema se tornou evidente.


Não há pessoas invulneráveis à violência de nosso tempo; não há tampouco povos invulneráveis. A mais poderosa das armas é ainda o homem e a sua disposição para a morte, em nome de uma causa, de um dever, ou, simplesmente, de um equívoco.


No fundo, o que está em jogo é a probabilidade ou não de a humanidade vencer esse tempo que, para citar o grande humanista norte-americano Thomas Paine, põe à prova a alma dos homens.


Em Belfast, os protestantes tentam agredir as crianças católicas a caminho das escolas.


No Oriente Médio, os israelitas matam outras crianças, como represália a ataques dos palestinos. Nas cidades norte-americanas, crianças assassinam professores e outras crianças nas escolas e o seu exemplo é seguido no mundo inteiro, até mesmo em nosso país.


O medo é nosso vizinho mais próximo e entra em nossa casa pelos canais de televisão.


O medo em Nova York poderá, ao agravar-se, igualar-se ao medo que se apossou da orgulhosa Cartago, tal como, sucintamente, o descreveu, com merveilleuse désolation, o grande Montaigne:


“Não se ouviam senão gritos pavorosos. Viam-se os moradores saírem de suas casas, atacarem-se uns aos outros, entrematarem-se, como se se tratasse de inimigos que tivessem vindo ocupar a cidade. A isso chamaram terror pânico, em homenagem a Pan…”


Pan é um deus destes tempos, modernos e americanos, of course: os gregos o criaram para cuidar da masturbação e do medo.

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2011/09/09/santayana-qual-foi-o-alvo-em-11-de-setembro/
Conversa Afiada
Veja também - Réquiem para todas as vítimas neste blog

sábado, 10 de setembro de 2011

Réquiem para todas as vítimas!


Réquiem para todas as vítimas!

Converso neste momento com os amparadores do mundo. Amanhã haverá réquiem para cerca de 3.000 vitimas do Centro de Negócios do Mundo. Inocentes que morreram sem nem mesmo saber o por quê! Nós sabemos! Foi a criatura voltando-se contra o criador ao não ter mais seu apoio!
No desenrolar dos acontecimentos, duas guerras foram travadas: Afeganistão e  Iraque. Resultado? Quase um milhão de mortos segundo uns e cento e poucos mil civis segundo outros. Uma Lei de Talião meio as avessas e já usadas pelo Nazismo: para cada soldado alemão morto, quatro civis executados. A matemática não é igual, a vingança é a mesma!
Quem fará o réquiem para as outras vítimas?
Peço que as  ajudas que sempre os amparadores proporcionam aos dessomados, sejam mais abrangentes para todos os que são vitimados por essas guerrilhas oficiais ou não.
Por que peço isso? Pelo simples fato da Reencarnação explicado pelo Espiritismo e a Ressoma explicado pela Conscienciologia, que pode em futuro breve colocar desencarnados/dessomados novamente frente a frente em novas ressomas/reencarnação.
A interligação cármica está feita. Se não houver um trabalho hercúleo da rede assistencial extra-física esses novos conflitos continuarão por séculos e séculos indefinidamente. Vide o que acontece agora com israelitas, não estão fazendo a mesma coisa que os alemães fizeram com eles?  Dirão não estamos matando no atacado como eles fizeram. Será que não? Cortando ajuda humanitária e bombardeando-os dia sim e outro também? Matar aos poucos constantemente atingirá o mesmo objetivo!
Por que escrevo isso?
Houve uma vez um escrito que faz parte de uma biblioteca de livro único que se convencionou chamar de Bíblia(biblioteca) que entre as leis maiores propunha:
NÃO MATARÁS!
Assim enxuto sem condicionamentos e nem parágrafos! Além de ser bíblico, é uma lei natural!
Ao pedir por todos aos amparadores(= anjos, santos, espíritos superiores), humildemente movimento as forças do universo no sentido de uma futura promessa de paz. Essa certamente terá que vir do extra-físico pois que daqui (intra-físico) há pouca chance de sair alguma coisa! 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Brasil com a importância que sempre teve


América Latina se aproveita da 

‘década perdida’ dos EUA

William Márquez 
Da BBC Mundo, em Washington 

No afã de responder aos ataques do 11 de Setembro, os Estados Unidos 
colocaram o Oriente Médio e a Ásia Central no topo de suas prioridades 
políticas. Nos últimos dez anos, essas regiões têm ocupado suas atenções, 
a que os historiadores se referem como "a década perdida".

Além de outras mudanças na conjuntura internacional, a América Latina 
também aproveitou essa distração do gigante americano para abrir as 
asas e buscar novos rumos políticos, diplomáticos e sobretudo econômicos.

O resultado foi a eleição de governos latino-americanos menos palatáveis
 para Washington, a relação desses com outras nações um dia
 consideradas "exóticas" e a prioridade do intercâmbio comercial com a 
China.

Especialistas continuam discutindo as causas e os efeitos prolongados 
deste giro, mas o certo é que a região reafirmou sua identidade e
independência. Muitos países revitalizaram suas economias e saíram
 relativamente ilesos da crise financeira de 2008, que continua
 afetando os EUA e a Europa.
Acredito que não foi um cochilo de Tio Sam. Ele estava tão
acostumado com as atitudes de submissão, por parte dos 
governantes do Brasil desde a década de 1930, que achou
que tudo continuaria como nada estivesse acontecendo! 
Na verdade, nós os brasileiros comuns, votantes, descobrimos
a dicotomia entre o discurso e a prática do Big Brother do 
Norte ajudado por nossos militares primeiro e políticos depois.
Começou com a descoberta dos conchavos para que se efetuasse
o golpe de 1964 e os consequentes problemas que o mesmo trouxe:
estigmatização dos contrários ao regime, como terroristas e foi aí
que começou a ser usado o termo, instituição das corrupções 
em todos os níveis da administração pública como sustentáculo
necessário para validação do regime e consolidação de grandes 
grupos de mídia para servir de apoio ao regime, num 
relacionamento espúrio que perdura até hoje entre os políticos remanescentes e ela.
No campo econômico, Tio Sam orquestrou o que chamam de 
globalização e ordenou, primeiro, o corte de qualquer subsídio
para depois abrir a economia para os outros países. Só que isso
tinha uma só mão e o mundo que comandou essa globalização,
primeiro não se abriu a ela e segundo, tratou de criar empecilhos
alfandegários aos nossos produtos protegendo os deles.
O 11 de setembro em si não foi o causador do afastamento da 
América Latina e sim o que veio depois. No discurso The Big Brother
do Norte é o paladino em defesa da democracia, dos direitos 
humanos e de sua soberania. Na prática, só a soberania dele é
que prevalece, só a sua democracia de ocupação é correta e
usar outros países para prender e torturar pretensos guerrilheiros
é defender os direitos humanos. Falácias serviram de pretexto
para invasões, mortes e mais mortes de civis acima do que serviu
de pretexto( crimes contra humanidade) e nesse caso, necessárias
para estancar os genocídios(sic). Na realidade, pura e simplesmente
busca de recursos naturais que não dispõe. Sem falar no endividamento
enorme para enriquecer poucos de seu país.



Precursores

"O 11 de Setembro marca mais ou menos o momento em que a 
América Latina nasceu como verdadeira entidade independente",
 disse à BBC Mundo Larry Birns, diretor do Conselho sobre Assuntos 
Hemisféricos, COHA, de Washington.

Os precursores foram os governos de Luiz Inácio Lula da Silva, 
no Brasil, e Hugo Chávez, na Venezuela. O primeiro protagonizou
 uma intensa campanha para um assento permanente no Conselho
 de Segurança da ONU. O segundo destacou-se por seu desafiante
 populismo radical.

Seguiram o mesmo caminho, guardadas as devidas proporções, 
governos como o do casal Kirchner, na Argentina, de Rafael Correa, 
no Equador, e o de Evo Morales, na Bolívia, entre outros na América
 do Sul. O mesmo ocorreu com Daniel Ortega, na Nicarágua, e Mauricio 
Funes, em El Salvador.

Larry Birns reconhece que essa tendência da "esquerda"
 latino-americana poderia estar em gestação antes, mas consequências 
do 11 de Setembro aceleraram o processo.

A consolidação dessa mudança é vista em organizações multilaterais 
como a Unasul, que exclui os Estados Unidos e Canadá.

"A região está emergindo como um importante centro da política externa",
 diz o diretor do COHA. "A América Latina não é mais apenas um 
consumidor de eventos, mas também um gerador deles."

A nossa mídia, ainda calcada nas bases pseudo liberais( pseudo
por que não admite o contraditório então não é liberal) do seu
fortalecimento, menosprezou o que convencionou de "aero Lula".
Pois bem, somente com ele a via econômica de volta se concretizou
com negociações envolvendo os mais diversos países, abrindo 
mercados e expandindo nossa economia. Então não foi só a 
perseguição de uma vaga no Conselho de Segurança da ONU que
o destacou internacionalmente. E isso é de menos, quando se 
sabe que o Big Brother do Norte,  o atropela quantas vezes quiser.

Ritmo da China

Onde mais se nota a perda de hegemonia dos EUA sobre a região é na 
economia. A região estabeleceu fortes laços comerciais com outras 
potências emergentes e blocos.

A falta de atenção de Washington para com o seu "quintal" tradicional
custou aos EUA o privilégio automático de ser o primeiro parceiro comercial 
da América Latina. As razões para tanto são variadas.

Para começar, os pactos comerciais que resultaram nos anos 1990 no 
Nafta (entre EUA, México e Canadá) e no Cafta (para a América Central) 
foram apenas parcialmente bem sucedidos. Ao fim dessa década, e ao longo
 dos anos 2000, a região começou a diversificar seus parceiros comerciais, 
voltando-se para a Europa.

Em seguida, a iniciativa de criar uma zona de livre comércio do Alasca à 
Patagônia, a Alca, nunca se materializou, enquanto que vários pactos 
bilaterais entre os EUA e em outros países foram enfraquecidos ou não 
foram implementados.

A mudança mais significativa, no entanto, foi a emergência do Sudeste 
Asiático como polo de crescimento.

"A entrada da China na economia global é sem dúvida o evento mais
 importante neste período econômico que estamos vivendo", diz Augusto 
de la Torre, economista-chefe para América Latina e Caribe do Banco
 Mundial.

Num primeiro momento, a emergência da China produziu efeitos 
adversos sobre as economias do México e da América Central, que
 perderam espaço no mercado dos EUA. Acreditou-se inicialmente
que esta seria a tendência de toda a região.

A fase de desenvolvimento em que se encontra a China, no entanto, 
pelo fato de ser uma nação de renda per capita baixa e renda média
 em ascensão, faz do país um consumidor voraz de matérias-primas.

De la Torre ressalta que países que têm sua cadeia produtiva ligada
 às necessidades da China são os grandes beneficiários desse processo. 
Brasil, Peru, Chile, Argentina, Venezuela, Colômbia, Equador, Paraguai 
e Uruguai são alguns dos países puxados pelo crescimento do gigante 
chinês.

O Panamá, por causa do canal, também se beneficiou com o grande 
fluxo de comércio internacional.

Riqueza de conhecimento

Para manter a bonança no longo prazo, o mais importante é transformar 
a riqueza derivada das matérias-primas em "riqueza do conhecimento",
pontua De la Torre.

Seria seguir o exemplo do Japão após a a Segunda Guerra Mundial e agora 
da China, que se beneficiaram da transferência de tecnologia dos países com 
quem tiveram forte comércio.

"Quando o iPod é montado na China, há um grande número de engenheiros
 chineses estudando como ele é feito e como poderiam ser melhorados", diz
o economista.

Essa foi uma relação que a América Latina não aproveitou quando os laços
 econômicos com os Estados Unidos estavam no auge.

Esse foi o verdadeiro descuido do Tio Sam! Foi com tanta sede
ao pote que deixou seu bico! A mão de obra extremamente 
qualificada e absurdamente barata por falta de opções, reviveu
a escravatura que eles tinham perdido no século retrasado!
Foi vítima de uma estratégia comercial que eles mesmos criaram:
Quando se estabelecer, vender mais barato para desbancar os
concorrentes eliminando-os. Só falta (e pouco) para darem o golpe
final: aumentar os preços sem concorrência nenhuma, pois os
concorrentes desapareceram!
Há um ditado que diz que se o boi se desse conta de sua força, nunca
seria subjugado! Pois Napoleão, há muito tempo, disse que no
momento que a China se desse conta do seu tamanho o mundo iria
tremer!  Preparem-se para o terremoto!

Nova relação

Onde fica a relação com os EUA?

Os analistas reconhecem que houve um racha, mas o prognóstico geral é 
que as ligações continuem fortes, tanto política quanto economicamente, 
mas com uma perspectiva diferente.

"A América Latina quer expandir as suas opções", disse Geoff Thale,
 diretor do Washington Office on Latin America, WOLA, uma ONG que 
promove a relação “equilibrada” entre os EUA e seus vizinhos.

"Muitos países têm aprendido as lições da sua dependência política e 
econômica com os EUA e querem diversificar as suas relações", disse 
Thale.

No entanto, o analista destaca que as relações continuam a ser
 fundamentais e mutuamente benéficas.

"Em 2003, nos piores momentos entre Venezuela e Estados Unidos,
 em nenhum momento houve corte do fornecimento de petróleo, porque
 ambos dependem dele", lembra.

Thale ressalta que, apesar da retórica, todos os governos da América 
Latina, tanto os de direita quanto os de esquerda, querem um bom 
relacionamento com o grande vizinho do norte.

O diretor da WOLA diz que Washington precisa dar mais atenção 
política à região para fortalecer seus laços.

A mudança está dada e alguns suspeitam que é irreversível.

Larry Birns, diretor do COHA acredita que os laços permanecem, mas
 já não mais tão elásticos como antes.

"Uma coisa é certa: o status quo, aquele que existia antes de 2001, 
esse não existe mais", disse.


Leia mais em: O Esquerdopata
Under Creative Commons License: Attribution


Os parágrafos em destaque, são de munha autoria e podem ser utilizados
livremente.

Uma onda de suicídios de executivos varre a França


Uma onda de suicídios de executivos varre a França

Viver a vida
Cláudio Lembo
Terra Magazine

Nenhuma notícia na imprensa pátria. Desconhecimento absoluto. Como se nada 
houvesse acontecido. No entanto, ocorreu. Uma onda de suicídios de executivos 
varre a França.

A França é o país europeu onde mais se verificam atos de morte voluntária. Todos
 os anos, mais de cento e sessenta mil pessoas atentam contra a própria vida. Doze 
mil morrem.

O caso francês, com situações correlatas em outros países da União Europeia, indica 
uma situação social de anormalidade. A Europa encontra-se esgotada.

O velho continente já não aponta para novas conquistas intelectuais ou materiais. 
Está em processo de fragilização. No entanto, muitos brasileiros ainda ficam 
extasiados quando se referem à Europa.

São incapazes de perceber que o vento do novo sopra sobre a América Latina, apesar
 das aparências por vezes em contrário. É neste continente - exatamente o Novo Mundo 
- onde se realizam as grandes mudanças.

Após anos de colonização direta e mental, os latino-americanos compreenderam a
 importância de se debruçar sobre as próprias raízes e captar a seiva que vem desta
 experiência.

Já não há menosprezo para os autóctones. Ser descendente dos colonizadores ibéricos
 já não é importante. Leva-se em consideração, na atualidade, o saber viver os valores 
locais.

Durante séculos, a História dos povos latino-americanos foi contada de acordo com a 
ótica do colonizador. Tudo era visto, a partir das descrições dos padres missionários.

A situação mudou. Os antigos manuais utilizados nos confessionários foram postos de 
lado. O pesado complexo de culpa que era disseminada na sociedade foi superado.

Hoje, nos trópicos e subtrópicos vive-se mais espontaneamente. De acordo com a 
natureza e de conformidade com valores elaborados, por aqui, no decorrer dos séculos.

Os surtos de melancolia que percorrem a Europa não atingem as praias do Atlântico
Sul ou do Pacífico austral. Novas formas de convivência brotaram abaixo do Equador, 
de maneira acentuada no Brasil.

Não recebemos os acordes tristes do fado. Ficamos com os ritmos vibrantes da África. 
Admiramos a capoeira e a transformamos no balé das terras do Sol.

Tudo isto parece mero ufanismo. Talvez seja. É incontestável, contudo, que se vive, 
nestas terras ensolaradas, de maneira diferente de nossos ancestrais europeus.

Eles trouxeram as velhas tradições de culto aos mortos. Ergueram cemitérios 
grandiosos. A morte se encontrava presente em todos os aspectos do cotidiano.

Nada, porém, menos presente nos costumes nacionais que a morte. Diferente de 
outros povos, onde o culto à morte é fundamental, os brasileiros amam a vida.

Querem viver e deixar viver. A dramática onda de suicídio presente na França,
dificilmente ocorreria por aqui. As pessoas contam, aqui, com tantos desafios.
 Estes geram otimismo espontâneo.

É importante que os brasileiros, especialmente aqueles que se orgulham de suas
 posições acadêmicas, exponham mais sobre o Brasil e suas qualidades.

São poucos os mestres que buscam na História do Brasil base para suas aulas. Gostam
 de mostrar erudição. Citar autores nacionais parece pouco qualificado.

São os intelectualmente colonizados. Precisam se libertar das amarras com o velho 
continente sem vigor. A nostalgia não é sentimento presente na alma brasileira.

Aqui se vive intensamente. Os corpos possuem a vibração vinda da própria atmosfera.
É preciso entender as exigências de nossa sociedade sob pena de alienação.

Os dramáticos suicídios disseminados entre os franceses demonstram um esgotamento 
de energia no espaço europeu. Vamos aproveitar a energia de nossa gente e construir
novas formas de convivência.

Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado 
de São Paulo


Leia mais em: O Esquerdopata: Uma onda de suicídios de executivos varre a França
Under Creative Commons License: Attribution

domingo, 4 de setembro de 2011

E os índios brasileiros?

Ia colocar como título "E os nossos índios?" quando dei conta da possessão que paira sobre eles. Parecem aqueles bonecos que damos aos cães para que eles puxem de um lado para outro. De um lado os benfeitores  internacionais ensinando-lhes a língua deles como única evolução a ser disponibilizada para eles. De outro os benfeitores nacionais, que nem isso lhes impõe ou proporcionam. De um lado a perpetuação de sua situação sub-racial que os prendem à idade de antes do "homo sapiens" e que não os tiraria da situação de colonizados por organismos internacionais, sejam privados ou estatais, de outro, a lei do "se virem para conseguir o que querem" dos privados e estatais nacionais! De um lado ataques de guerrilheiros, garimpeiros, traficantes e posseiros sem a defesa de quem quer que seja, estrangeiros ou brasileiros, por estarem em em áreas que não interessam a ambos os grupos de disputa. De um lado a defesa intransigente e ilógica da floresta e recursos naturais que estão em suas terras, com várias falácias como base, vinda dos gringos e repetidas aqui como bons papagaios que somos! De um lado predadores de minérios finos como o nióbio, e do mesmo lado brasileiros sem escrúpulos, vendendo o que não é seu! De um lado empreendimentos enormes de empresas multinacionais ocupando milhares de hectares, sem serem contestados nos seus países de origem e de outro senadores possuidores de milhares de hectares, pregando a desobediência fiscal, trabalhista (trabalho semi-escravo) e legal (em questões de posse, criminalista- assassinatos e de preservação). É nesse cenário que vivem os índios e os extrativistas os ditos povos da floresta, nome pomposo que esconde exploração e condições sub-humanas de desenvolvimento como um todo.
Reorganizar tudo isso, arrumar quinhentos anos em alguns anos não é fácil, porém em algum momento deverá ser feito, sob pena de perpetuarmos os genocídios feitos por nós e por inúmeras nações ditas evoluídas e que agora nos cobram soluções!
Parto sempre do princípio que os povos dos países do Velho Mundo (Europa, Ásia e África) são os índios de sua região e somente no Novo Mundo e África há essa dicotomia entre os índios nativos e os índios colonizadores e nesse contexto é que temos repensar os índios brasileiros! Então os índios Anglo-saxões têm todo o conforto do mundo, comandam finanças mundiais, possuem ótimos índices de desenvolvimento humano  e tem ascendência política sobre outros povos. Os índios Germânicos também. Os índios Latinos (da Itália, Portugal e Espanha) um pouco mais pobres, mas ainda com grande margem frente aos índios brasileiros. Os índios Gregos, pais de todas as ciências maiores, tiveram seu apogeu e hoje não desfrutam de todo seu conhecimento. Os índios Emergentes da Ásia com conhecimentos milenares estão acordando para o conhecimento de sua força e estão saindo da letargia de séculos de dominação estrangeira, para serem os próximos imperadores do Mundo! E é nesse contexto que quero ver inserido o povo brasileiro, independentemente de origem: seja índio nativo ou índio colonizador!
Utopia?
Pode ser mas bem possível de alcançar. Temos feito progresso no campo da educação e a par de estarmos ainda longe de alcançar índices de Primeiro mundo, se passarmos metade dos nossos conhecimentos aos índios, eles darão um salto de qualidade enorme e começarão despontar mais lideranças indígenas que saberão levar os seus a um futuro mais promissor. Se conseguirmos dar um SUS para que eles saiam um pouco da sua pajelança, estancaremos as mortes por proximidade com os índios brancos. Se dermos metade da noção de que seja a cidadania, saberão que podem sim ser brasileiros com muito orgulho! Se dermos royalties sobre energia, minérios e proteção ambiental, podemos sim explorar o que temos de riqueza e ajudá-los a alcançar patamares maiores de desenvolvimento humano. Com certeza eles contribuirão para elevar o Brasil a condição de Nação desenvolvida! Mas para isso, temos que ser justos, honestos e ... Brasileiros! Com isso digo que não poderá haver a  sobreposição do individual ao coletivo e o desenvolvimento sem cumprimento das leis que beneficiam poucos. Também temos que parar de agir como se eles fossem animais que devem ser deixados a sua sorte em pedaços de florestas que não lhes darão sustento nem possibilitarão evoluir como seres humanos que são! Quero-os indo para o exterior para estudar, trabalhar, representar o Brasil em órgãos internacionais, defendendo suas posições e as do Brasil como um todo. Não os quero indo com bicho-propaganda com artistas internacionais que se beneficiam de pseudo-ajuda que dão aos pobres povos das florestas.

Quero-os dignos, altaneiros, com nariz empinado e ditando as regras de seu próprio destino.

sábado, 3 de setembro de 2011

EUA e Reino Unido cooperavam com Gaddafi


sábado, 3 de setembro de 2011

Serviços secretos dos EUA e Reino Unido cooperavam com Gaddafi, apontam documentos

Documentos descobertos em um prédio do governo líbio revelam ligações estreitas entre os serviços secretos dos EUA (CIA) e do Reino Unido (MI-6) e os serviços de inteligência do regime do ditador Muammar Gaddafi.
Segundo informações publicadas pelo jornal "The New York Times", os documentos, achados na sede de um órgão de segurança em Trípoli, apontam que em ao menos oito ocasiões o serviço de inteligência americano enviou suspeitos de terrorismo para serem interrogados na Líbia --país famoso por sua reputação com torturas-- dentro do controverso programa de "rendição".
Em 2004, durante o governo de George W. Bush (2001-2009), a CIA estabeleceu "uma presença permanente" na Líbia, diz uma mensagem de Stephen Kappes, um dirigente da CIA, dirigida a Mussa Kussa, chefe dos serviços de inteligência líbios entre 1994 e 2009.
Segundo o jornal "The Wall Street Journal", a mensagem começa com "Querido Mussa" e está assinada por "Steve".
Em Londres, o jornal "The Independent" publicou informações similares sobre ligações entre os serviços líbios e britânicos na mesma época.
Segundo o diário britânico, os documentos revelam, entre outras coisas, como detalhes privados de oponentes do ditador líbio exilados na Inglaterra foram passados ao regime de Gaddafi pelo MI-6.
Além disso, autoridades britânicas teriam ajudado a redigir a minuta de um discurso para Gaddafi quando este decidiu há alguns anos abandonar o apoio a grupo terroristas e colaborar com o Ocidente.
Outros documentos revelam que EUA e Reino Unido atuaram em nome da Líbia nas negociações deste país com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA).
Os despachos secretos foram descobertos na sexta-feira por membros da Human Rights Watch (HRW), que o entregaram à imprensa.