NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Brasil com a importância que sempre teve


América Latina se aproveita da 

‘década perdida’ dos EUA

William Márquez 
Da BBC Mundo, em Washington 

No afã de responder aos ataques do 11 de Setembro, os Estados Unidos 
colocaram o Oriente Médio e a Ásia Central no topo de suas prioridades 
políticas. Nos últimos dez anos, essas regiões têm ocupado suas atenções, 
a que os historiadores se referem como "a década perdida".

Além de outras mudanças na conjuntura internacional, a América Latina 
também aproveitou essa distração do gigante americano para abrir as 
asas e buscar novos rumos políticos, diplomáticos e sobretudo econômicos.

O resultado foi a eleição de governos latino-americanos menos palatáveis
 para Washington, a relação desses com outras nações um dia
 consideradas "exóticas" e a prioridade do intercâmbio comercial com a 
China.

Especialistas continuam discutindo as causas e os efeitos prolongados 
deste giro, mas o certo é que a região reafirmou sua identidade e
independência. Muitos países revitalizaram suas economias e saíram
 relativamente ilesos da crise financeira de 2008, que continua
 afetando os EUA e a Europa.
Acredito que não foi um cochilo de Tio Sam. Ele estava tão
acostumado com as atitudes de submissão, por parte dos 
governantes do Brasil desde a década de 1930, que achou
que tudo continuaria como nada estivesse acontecendo! 
Na verdade, nós os brasileiros comuns, votantes, descobrimos
a dicotomia entre o discurso e a prática do Big Brother do 
Norte ajudado por nossos militares primeiro e políticos depois.
Começou com a descoberta dos conchavos para que se efetuasse
o golpe de 1964 e os consequentes problemas que o mesmo trouxe:
estigmatização dos contrários ao regime, como terroristas e foi aí
que começou a ser usado o termo, instituição das corrupções 
em todos os níveis da administração pública como sustentáculo
necessário para validação do regime e consolidação de grandes 
grupos de mídia para servir de apoio ao regime, num 
relacionamento espúrio que perdura até hoje entre os políticos remanescentes e ela.
No campo econômico, Tio Sam orquestrou o que chamam de 
globalização e ordenou, primeiro, o corte de qualquer subsídio
para depois abrir a economia para os outros países. Só que isso
tinha uma só mão e o mundo que comandou essa globalização,
primeiro não se abriu a ela e segundo, tratou de criar empecilhos
alfandegários aos nossos produtos protegendo os deles.
O 11 de setembro em si não foi o causador do afastamento da 
América Latina e sim o que veio depois. No discurso The Big Brother
do Norte é o paladino em defesa da democracia, dos direitos 
humanos e de sua soberania. Na prática, só a soberania dele é
que prevalece, só a sua democracia de ocupação é correta e
usar outros países para prender e torturar pretensos guerrilheiros
é defender os direitos humanos. Falácias serviram de pretexto
para invasões, mortes e mais mortes de civis acima do que serviu
de pretexto( crimes contra humanidade) e nesse caso, necessárias
para estancar os genocídios(sic). Na realidade, pura e simplesmente
busca de recursos naturais que não dispõe. Sem falar no endividamento
enorme para enriquecer poucos de seu país.



Precursores

"O 11 de Setembro marca mais ou menos o momento em que a 
América Latina nasceu como verdadeira entidade independente",
 disse à BBC Mundo Larry Birns, diretor do Conselho sobre Assuntos 
Hemisféricos, COHA, de Washington.

Os precursores foram os governos de Luiz Inácio Lula da Silva, 
no Brasil, e Hugo Chávez, na Venezuela. O primeiro protagonizou
 uma intensa campanha para um assento permanente no Conselho
 de Segurança da ONU. O segundo destacou-se por seu desafiante
 populismo radical.

Seguiram o mesmo caminho, guardadas as devidas proporções, 
governos como o do casal Kirchner, na Argentina, de Rafael Correa, 
no Equador, e o de Evo Morales, na Bolívia, entre outros na América
 do Sul. O mesmo ocorreu com Daniel Ortega, na Nicarágua, e Mauricio 
Funes, em El Salvador.

Larry Birns reconhece que essa tendência da "esquerda"
 latino-americana poderia estar em gestação antes, mas consequências 
do 11 de Setembro aceleraram o processo.

A consolidação dessa mudança é vista em organizações multilaterais 
como a Unasul, que exclui os Estados Unidos e Canadá.

"A região está emergindo como um importante centro da política externa",
 diz o diretor do COHA. "A América Latina não é mais apenas um 
consumidor de eventos, mas também um gerador deles."

A nossa mídia, ainda calcada nas bases pseudo liberais( pseudo
por que não admite o contraditório então não é liberal) do seu
fortalecimento, menosprezou o que convencionou de "aero Lula".
Pois bem, somente com ele a via econômica de volta se concretizou
com negociações envolvendo os mais diversos países, abrindo 
mercados e expandindo nossa economia. Então não foi só a 
perseguição de uma vaga no Conselho de Segurança da ONU que
o destacou internacionalmente. E isso é de menos, quando se 
sabe que o Big Brother do Norte,  o atropela quantas vezes quiser.

Ritmo da China

Onde mais se nota a perda de hegemonia dos EUA sobre a região é na 
economia. A região estabeleceu fortes laços comerciais com outras 
potências emergentes e blocos.

A falta de atenção de Washington para com o seu "quintal" tradicional
custou aos EUA o privilégio automático de ser o primeiro parceiro comercial 
da América Latina. As razões para tanto são variadas.

Para começar, os pactos comerciais que resultaram nos anos 1990 no 
Nafta (entre EUA, México e Canadá) e no Cafta (para a América Central) 
foram apenas parcialmente bem sucedidos. Ao fim dessa década, e ao longo
 dos anos 2000, a região começou a diversificar seus parceiros comerciais, 
voltando-se para a Europa.

Em seguida, a iniciativa de criar uma zona de livre comércio do Alasca à 
Patagônia, a Alca, nunca se materializou, enquanto que vários pactos 
bilaterais entre os EUA e em outros países foram enfraquecidos ou não 
foram implementados.

A mudança mais significativa, no entanto, foi a emergência do Sudeste 
Asiático como polo de crescimento.

"A entrada da China na economia global é sem dúvida o evento mais
 importante neste período econômico que estamos vivendo", diz Augusto 
de la Torre, economista-chefe para América Latina e Caribe do Banco
 Mundial.

Num primeiro momento, a emergência da China produziu efeitos 
adversos sobre as economias do México e da América Central, que
 perderam espaço no mercado dos EUA. Acreditou-se inicialmente
que esta seria a tendência de toda a região.

A fase de desenvolvimento em que se encontra a China, no entanto, 
pelo fato de ser uma nação de renda per capita baixa e renda média
 em ascensão, faz do país um consumidor voraz de matérias-primas.

De la Torre ressalta que países que têm sua cadeia produtiva ligada
 às necessidades da China são os grandes beneficiários desse processo. 
Brasil, Peru, Chile, Argentina, Venezuela, Colômbia, Equador, Paraguai 
e Uruguai são alguns dos países puxados pelo crescimento do gigante 
chinês.

O Panamá, por causa do canal, também se beneficiou com o grande 
fluxo de comércio internacional.

Riqueza de conhecimento

Para manter a bonança no longo prazo, o mais importante é transformar 
a riqueza derivada das matérias-primas em "riqueza do conhecimento",
pontua De la Torre.

Seria seguir o exemplo do Japão após a a Segunda Guerra Mundial e agora 
da China, que se beneficiaram da transferência de tecnologia dos países com 
quem tiveram forte comércio.

"Quando o iPod é montado na China, há um grande número de engenheiros
 chineses estudando como ele é feito e como poderiam ser melhorados", diz
o economista.

Essa foi uma relação que a América Latina não aproveitou quando os laços
 econômicos com os Estados Unidos estavam no auge.

Esse foi o verdadeiro descuido do Tio Sam! Foi com tanta sede
ao pote que deixou seu bico! A mão de obra extremamente 
qualificada e absurdamente barata por falta de opções, reviveu
a escravatura que eles tinham perdido no século retrasado!
Foi vítima de uma estratégia comercial que eles mesmos criaram:
Quando se estabelecer, vender mais barato para desbancar os
concorrentes eliminando-os. Só falta (e pouco) para darem o golpe
final: aumentar os preços sem concorrência nenhuma, pois os
concorrentes desapareceram!
Há um ditado que diz que se o boi se desse conta de sua força, nunca
seria subjugado! Pois Napoleão, há muito tempo, disse que no
momento que a China se desse conta do seu tamanho o mundo iria
tremer!  Preparem-se para o terremoto!

Nova relação

Onde fica a relação com os EUA?

Os analistas reconhecem que houve um racha, mas o prognóstico geral é 
que as ligações continuem fortes, tanto política quanto economicamente, 
mas com uma perspectiva diferente.

"A América Latina quer expandir as suas opções", disse Geoff Thale,
 diretor do Washington Office on Latin America, WOLA, uma ONG que 
promove a relação “equilibrada” entre os EUA e seus vizinhos.

"Muitos países têm aprendido as lições da sua dependência política e 
econômica com os EUA e querem diversificar as suas relações", disse 
Thale.

No entanto, o analista destaca que as relações continuam a ser
 fundamentais e mutuamente benéficas.

"Em 2003, nos piores momentos entre Venezuela e Estados Unidos,
 em nenhum momento houve corte do fornecimento de petróleo, porque
 ambos dependem dele", lembra.

Thale ressalta que, apesar da retórica, todos os governos da América 
Latina, tanto os de direita quanto os de esquerda, querem um bom 
relacionamento com o grande vizinho do norte.

O diretor da WOLA diz que Washington precisa dar mais atenção 
política à região para fortalecer seus laços.

A mudança está dada e alguns suspeitam que é irreversível.

Larry Birns, diretor do COHA acredita que os laços permanecem, mas
 já não mais tão elásticos como antes.

"Uma coisa é certa: o status quo, aquele que existia antes de 2001, 
esse não existe mais", disse.


Leia mais em: O Esquerdopata
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Os parágrafos em destaque, são de munha autoria e podem ser utilizados
livremente.

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