NÃO É SAUDOSISMO...

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... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Uma onda de suicídios de executivos varre a França


Uma onda de suicídios de executivos varre a França

Viver a vida
Cláudio Lembo
Terra Magazine

Nenhuma notícia na imprensa pátria. Desconhecimento absoluto. Como se nada 
houvesse acontecido. No entanto, ocorreu. Uma onda de suicídios de executivos 
varre a França.

A França é o país europeu onde mais se verificam atos de morte voluntária. Todos
 os anos, mais de cento e sessenta mil pessoas atentam contra a própria vida. Doze 
mil morrem.

O caso francês, com situações correlatas em outros países da União Europeia, indica 
uma situação social de anormalidade. A Europa encontra-se esgotada.

O velho continente já não aponta para novas conquistas intelectuais ou materiais. 
Está em processo de fragilização. No entanto, muitos brasileiros ainda ficam 
extasiados quando se referem à Europa.

São incapazes de perceber que o vento do novo sopra sobre a América Latina, apesar
 das aparências por vezes em contrário. É neste continente - exatamente o Novo Mundo 
- onde se realizam as grandes mudanças.

Após anos de colonização direta e mental, os latino-americanos compreenderam a
 importância de se debruçar sobre as próprias raízes e captar a seiva que vem desta
 experiência.

Já não há menosprezo para os autóctones. Ser descendente dos colonizadores ibéricos
 já não é importante. Leva-se em consideração, na atualidade, o saber viver os valores 
locais.

Durante séculos, a História dos povos latino-americanos foi contada de acordo com a 
ótica do colonizador. Tudo era visto, a partir das descrições dos padres missionários.

A situação mudou. Os antigos manuais utilizados nos confessionários foram postos de 
lado. O pesado complexo de culpa que era disseminada na sociedade foi superado.

Hoje, nos trópicos e subtrópicos vive-se mais espontaneamente. De acordo com a 
natureza e de conformidade com valores elaborados, por aqui, no decorrer dos séculos.

Os surtos de melancolia que percorrem a Europa não atingem as praias do Atlântico
Sul ou do Pacífico austral. Novas formas de convivência brotaram abaixo do Equador, 
de maneira acentuada no Brasil.

Não recebemos os acordes tristes do fado. Ficamos com os ritmos vibrantes da África. 
Admiramos a capoeira e a transformamos no balé das terras do Sol.

Tudo isto parece mero ufanismo. Talvez seja. É incontestável, contudo, que se vive, 
nestas terras ensolaradas, de maneira diferente de nossos ancestrais europeus.

Eles trouxeram as velhas tradições de culto aos mortos. Ergueram cemitérios 
grandiosos. A morte se encontrava presente em todos os aspectos do cotidiano.

Nada, porém, menos presente nos costumes nacionais que a morte. Diferente de 
outros povos, onde o culto à morte é fundamental, os brasileiros amam a vida.

Querem viver e deixar viver. A dramática onda de suicídio presente na França,
dificilmente ocorreria por aqui. As pessoas contam, aqui, com tantos desafios.
 Estes geram otimismo espontâneo.

É importante que os brasileiros, especialmente aqueles que se orgulham de suas
 posições acadêmicas, exponham mais sobre o Brasil e suas qualidades.

São poucos os mestres que buscam na História do Brasil base para suas aulas. Gostam
 de mostrar erudição. Citar autores nacionais parece pouco qualificado.

São os intelectualmente colonizados. Precisam se libertar das amarras com o velho 
continente sem vigor. A nostalgia não é sentimento presente na alma brasileira.

Aqui se vive intensamente. Os corpos possuem a vibração vinda da própria atmosfera.
É preciso entender as exigências de nossa sociedade sob pena de alienação.

Os dramáticos suicídios disseminados entre os franceses demonstram um esgotamento 
de energia no espaço europeu. Vamos aproveitar a energia de nossa gente e construir
novas formas de convivência.

Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado 
de São Paulo


Leia mais em: O Esquerdopata: Uma onda de suicídios de executivos varre a França
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