NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

sábado, 24 de setembro de 2011

Somália - a terra da fome

Não tem petróleo e nem florestas, recursos naturais não existem então nem OTAN, nem ONU, nem Tio Sam, nem Europa que sobrevivem invadindo países por pretensos genocídios, proporcionam o maior deles pela forma mais cruel e desumana que pode existir:  FOME.
Envergonho-me de ser humano!


Fome devasta a Somália em um mundo menos disposto a intervir

Situação do país remonta aos anos 1990, porém sem as missões de bilhões de dólares e soldados que ajudaram os famintos na época

The New York Times 18/09/2011 08:01
Texto:
Será que o mundo está prestes a assistir 750 mil somalis morrerem de fome? Os avisos da ONU não poderiam ser mais claros. A fome gerada pela seca está devastando a Somália e matando dezenas de milhares. O grupo militante islâmico Al-Shabab está impedindo a maioria das agências de ajuda humanitária a acessar as áreas que controla e três quartos de um milhão de moradores vão ficar sem comida no próximos meses, segundo oficiais da ONU.
Foto: AP
Mães do sul da Somália seguram seus filhos em um centro médico localizado em Mogadíscio
Logo, as chuvas vão começar a cair, mas antes que qualquer plantação cresça, a doença irá florescer. Malária, cólera, febre tifóide e sarampo vão desolar populações imunossuprimidas, afirmam as agências de ajuda humanitária, matando milhares pela desnutrição.
Há uma espécie de déjà vu sobre tudo isso. No início dos anos 1990, a Somália foi atingida pela fome e, da mesma forma cruel, bandidos bloquearam a ajuda internacional, o que produziu imagens terríveis de crianças esqueléticas morrendo na areia. Na verdade, a fome daquela época atingiu a mesma região da Somália, o terço inferior da sua área, onde vivem os clãs de minorias impotentes que muitas vezes carregam o peso dos problemas crônicos desse país.
Mas na década de 1990, o mundo estava mais disposto a intervir. As Nações Unidas se reuniram atrás de mais de 25 mil soldados americanos, que embarcaram em uma missão de bilhões de dólares para combater os pistoleiros a tempo de conseguir colocar comida na boca dos famintos.
Compare isso com o que aconteceu na semana passada. Em uma reunião de cúpula sobre a fome em Nairobi, no Quênia, o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, propôs estabelecer corredores humanitários à força de modo que a ajuda alimentar possa ser entregue nas áreas controladas pelo Al-Shabab. Poucos doadores ocidentais se entusiasmaram com a ideia.
"Não há clima para intervenção", disse um oficial americano, que não estava autorizado a falar publicamente sobre o assunto. "As pessoas se lembram do que aconteceu na década de 1990. A conclusão é que isso ‘não funciona’."
A força militar estrangeira, segundo os analistas, nunca conseguiu resolver os problemas da Somália e não vai resolvê-los agora. Essa fome não se trata apenas do Al-Shabab impedir a chegada de alimentos. Trata-se de um Estado quebrado e da detruição humana que está causando.
Veja Mogadíscio, a capital. O Al-Shabab foi quase totalmente expulso da cidade em agosto, deixando o governo de transição da Somália no controle de grandes áreas da cidade, incluindo o campo de refugiados. Mas o "controle" do governo – esse termo mais parece uma aspiração significativa – não se traduz em uma operação de ajuda. Em vez disso, soldados do governo saquearam caminhões de ajuda e atiraram contra quem estava morrendo de fome.
Os políticos da Somália estão muitas vezes ocupados demais brigando para construir instituições como um Ministério da Saúde que funcione ou um departamento de saneamento que iria ajudar as vítimas da seca. Alguns dos grupos informais de pessoas acampadas para ajuda estão se desmantelando e não está claro para aonde os deslocados estão caminhando. Muitas agências de ajuda – e militares ocidentais – temem esse ambiente jutificadamente, e, até agora, a resposta para a fome tem sido bem aquém do que o necessário para conter a crise.
"Eu não acho que há argumento de que a fome pode ser mitigada através de uma intervenção militar", disse Bronwyn E. Bruton, um especialista em democracia e governança, que escreveu um ensaio provocador publicado pelo Conselho de Relações Exteriores pedindo que o Ocidente faça uma retirada da Somália.
A União Africana, que tem 9 mil soldados na capital, “não é capaz de salvaguardar a entrega de ajuda em Mogadíscio", disse Bruton. "Como eles poderiam, eventualmente, ampliar sua atuação para fora da capital?"
"A corrupção, o roubo e a violência são endêmicos", acrescentou. "O problema vai além do Al-Shabab, na verdade, ele é qualquer pessoa com uma arma."
E na Somália há muitas pessoas armadas. Esse foi o problema na década de 1990. A ONU pediu que as forças americanas desarmassem os senhores da guerra e suas milícias, mas o Pentágono não quis arriscar muitas vidas americanas para fazer isso. Em vez disso, os Estados Unidos optaram por uma intervenção restritiva e, em seguida, retiraram essas forças às pressas, depois que 18 militares foram mortos em uma épica batalha de rua imortalizada no livro que virou filme e videogame, "Black Hawk Down". De acordo com um estudo realizado pelo Grupo de Política para os Refugiados, a operação liderada pelos americanos e os esforços de ajuda externa salvaram cerca de 110 mil vidas, enquanto 240 mil foram perdidas para a fome.
É uma matemática sinistra, especialmente considerando o tamanho da operação de ajuda. O Grupo de Políticas de Refugiados tem um gráfico que mostram as vítimas da fome, que tendem a vir em dois picos: um no início da crise, antes que a maior parte da ajuda chegue ao país, o outro quando as chuvas começam. Para a fome atual, os analistas estão agora se preparando para possivelmente centenas de milhares de mortes.
"Perdemos esta rodada", disse Ken Menkhaus, professor de ciência política da Faculdade Davidson College, na Carolina do Norte. "Os números vão ser horríveis. Chegamos muito tarde."
A fome não mata instantaneamente. Os corpos são esgotados por meses de desnutrição e estresse. Muitos somalis, como evidenciado pela multidão em meia-vida, tropeçando pelos acampamentos de refugiados em Mogadíscio ou em Dolo, uma pequena cidade na fronteira com a Etiópia, já estão perdidos.
"Uma ou duas pessoas sobrevivem em cada família", disse Lul Mahamoud Ali, mãe de quatro filhos, que recentemente chegou de uma aldeia atingida pela fome. Seus filhos estavam apáticos e com os olhos vidrados, e Lul carregava com ela tudo o que tem – um colchão fino, um tapete vermelho e um baú de madeira, que estava vazio.









Criança desnutrida é mantida em maca de hospital em Mogadishu, Somália // Reuters (Reuters)

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