NÃO É SAUDOSISMO...

IANKEES GO HOME

NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Foxconn e iPhones: o que o Ocidente não vê


Lendo assim como quem não quer nada, a notícia é até boa, mas ...
Wilmar Lacerda
Secretário de Administração do GDF

Trabalhando em prol da comunidade local e entorno

- Foxconn amplia projetos para duas fábricas no país. Em reunião com o ministro Aloizio Mercadante, o presidente da empresa, Terry Goue, confirma plano de investir US$ 12 bilhões no Brasil e a produção de telas para computadores e celulares;  (1)
 >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>






10/10/2011


Foxconn e iPhones: o que o Ocidente não vê

Onde são produzidos os iPhones do cultuado (e falecido) Steve Jobs? Incrível como essa simples questão é ignorada nas reportagens sobre a Apple, localizada na Califórnia. Se você tem um produto da badalada empresa de Jobs, faça o teste. Olhe para a parte de trás do seu aparelho. Lá está a inscriçãoassembled in China.

Os celebrados iPhones da Apple são produzidos por trabalhadores chineses, apesar da empresa ser taiwanesa. Essa grande fábrica se chama Foxconn, que inclusive tem planos de instalar uma "cidade inteligente" no interior do Brasil para produzir iPads, iPhones e outros aparelhos.

Ontem mesmo foi publicada uma notícia que dizia o seguinte: "os dirigente da Foxconn, multinacional taiwanesa que planeja investir  US$ 12 bilhões na construção de um fábrica de touch screen para tablets, vem ao Brasil na próxima semana para rodadas de negociação em Brasília. Uma das propostas que será analisada pelos executivos é a do Paraná. O documento paranaense traz a oferta de uma área no eixo Londrina – Maringá como opção para receber o empreendimento e o detalhamento sócio-econômico do estado. O texto foi entregue há cerca de um mês para o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que encabeça as negociações".

Mês passado tive uma conversa com meu ex-orientador e amigo Paulo Roberto de Souza, professor de direito da Universidade Estadual de Maringá. Ele me explicou em detalhes a dinâmica de produção da Foxconn, que utiliza turnos ininterruptos para suprir a demanda de produção, numa cidade da região de ShenZhen, sudoeste da China. A empresa emprega mais de 300.000 pessoas, quase todas migrantes de outras regiões chinesas. Assim como na filial de LongHua, sul da China, a cidade é a fábrica, nada mais. A prestação de serviços e comércio gira em torno da fábrica, que monta grande parte dos iPhones consumidos no mundo todo. Os trabalhadores são todos jovens de 20 a 30 anos, sem maiores perspectivas de vida. As taxas de suicídio nas "cidades-iPhone" são altas (cf. 'Rohan Price, Chinese Factory Deaths and Low Wages: is no choice really a choice?'), apesar de serem mascaradas pela mídia local e não superarem em muito a média nacional, que é elevada (talvez reflexo do novo metabolismo social chinês).

A ideia dos dirigentes da Foxconn é estruturar essas "cidades-fábrica" em outras regiões além da China, como o Brasil. E as razões são várias: incentivos fiscais, mão de obra barata e pouco conflituosa - considerando que nos últimos três anos a China experimentou diversas greves e protestos trabalhistas, o que resultou numa nova legislação que garante padrões mínimos de trabalho e fiscalização intensa pelo governo (cf. Ming-Yuan Hsieh e Chaang-Yung Kung, 'How Low-Paid Advantage of Chinese Factory Disappeared After the Explosion of Labour Revolution?') - e posição estratégica para transporte.

É provável que seja mais lucrativo explorar os trabalhadores brasileiros por alguns anos. Afinal, qual o nível de treinamento necessário para trabalhar montando peças pré-fabricadas de um gadget como o iPad? Testar um aparelho eletrônico não seria uma espécie de trabalho operário com elementos de trabalho imaterial? Quem são esses trabalhadores?

Paro por aqui minhas reflexões e deixo um documentário sobre os atores sociais inseridos neste novo modelo de produção. É um filme curto que vai direto ao ponto: mostra as visões de mundo dos jovens responsáveis por montar os aparelhos que boa parte dos consumidores do Ocidente utilizam no seu dia-a-dia. O que desejam essas pessoas de olhos puxados? Será que um dia elas terão ciência do papel sistêmico que desempenham?

Nenhum comentário:

Postar um comentário