NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

LÍBIA - o novo holocausto em curso


Neste mesmo blog coloquei em Réquiem para todas as vítimas II


Quantos holocaustos mais teremos que assistir? Afeganistão, Palestina, Iraque... qual vai ser o próximo?

Este já estava em andamento. Réquiem para este povo


LÍBIA ...
O QUE A MÍDIA JAMAIS IRÁ MOSTRAR

I -
QUE SEJA ESTRANHO, MAS
A ONU CONSTATOU EM 2007:




1 - Maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da África (até hoje é maior que o do Brasil);


2 - Ensino gratuito até a Universidade;


3 - 10% dos alunos universitários estudam na Europa, EUA, tudo pago;


4 - Ao casar, o casal recebe até US$50.000 para adquirir seus bens;


5 - Sistema médico gratuito, rivalizando com os europeus. Equipamentos de última geração, etc.;


6 - Empréstimos pelo banco estatal sem juros;


7 - Inaugurado em 2007, maior sistema de irrigação do mundo vem tornando o deserto (95% da Líbia) em fazendas produtoras de alimentos.


(Conheci há mais de 20 anos engenheiros brasileiros que deram consultoria neste mega-projeto.)


E assim vai...
II - POR QUE DETONAR A LÍBIA, ENTÃO?...


Três (3) principais motivos:
1 - Tomar seu petróleo de boa qualidade e com volume superior a 45 bilhões de barris em reservas;
2 - Fazer com que todo o Mar Mediterrâneo fique sob controle da OTAN.
Só falta agora a Síria;


3 - E o maior, provavelmente: O Banco Central Líbio não é atrelado ao sistema mundial financeiro. Suas reservas são toneladas de ouro, dando respaldo ao valor da moeda, o dinar, e desatrelando-o das flutuações do dólar.


O sistema financeiro internacional ficou possesso com Kaddafi, após ele propor, e quase conseguir, que os países africanos formassem uma moeda única desligada do dólar.


III - O QUE É O ATAQUE HUMANITÁRIO PARA LIVRAR O POVO LÍBIO:



1 - A OTAN, comandada pelos EUA, já bombardeou as principais cidades líbias com milhares de bombas e mísseis que são capazes de destruir um quarteirão inteiro. Os prédios e a infra estrutura de água, esgoto,
gás e luz estão seriamente danificados;


2 - As bombas usadas contêm DU (Urânio depletado); tempo de vida 3 bilhões de ano (causa câncer e deformações genéticas);


3 - Metade das crianças líbias está traumatizada psicologicamente por causa das explosões que parecem um terremoto e racham as casas;


4 - Com o bloqueio marítimo e aéreo da OTAN, principalmente as crianças sofrem com a falta de remédios e alimentos;
5 - A água já não mais é potável em boa parte do país. De novo, as crianças são as mais atingidas;


6 - Cerca de 150.000 pessoas por dia estão deixando o país através das fronteiras com a Tunísia e o Egito. Vão para o deserto ao relento, sem água nem comida;


7 - Se o bombardeio terminasse hoje, cerca de 4 milhões de pessoas estariam precisando de ajuda humanitária para sobreviver (água, comida e remédios) de uma população de 6,5 milhões de pessoas.


Em suma: O bombardeio "humanitário" acabou com a nação Líbia. Nunca mais haverá a nação Líbia. Foram varridos do mapa.

Fonte:
BLOG VIOMUNDO


Quinta-feira, 13 de outubro de 2011


Contraponto 6484 - "Juliana Medeiros : "Falo quase todos os dias (p...

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13/10/2011


Juliana Medeiros : Falo quase todos os dias (por Skype) com a Líbia

Do Viomundo - 12 de outubro de 2011 às 13:12
Líbia – Um relato pessoal
Falo quase todos os dias (pelo Skype) com a Líbia. Amigos em Trípoli,  Sirte, Bani Walid, Sebha, Misrata.. também muitos refugiados em Túnis,  no país vizinho. Gente que conhecia há alguns anos, mas a maioria  conhecia há pouco, quando os conflitos começaram. Uma rede que se  formou, de solidariedade e respeito mútuos, entre líbios e pessoas  comuns (muitos jornalistas, como eu) que verdadeiramente queriam saber  notícias sobre o que acontecia na Líbia e que iam encontrando pessoas,  parentes, amigos, alguém que conhecia alguém.
O motivo? Não há até o momento notícias confiáveis nas grandes redes,  a maioria de nós não confia nelas. Nós por força do óbvio, os líbios,  por pura indignação (com as mentiras constantes). É fácil entender. Não é  possível para qualquer rede de televisão em países que estão  bombardeando a Líbia fazer uma cobertura minimamente imparcial. Dentre  os outros, a maioria esmagadora, inclusive o Brasil, em função do custo  de manter um correspondente ininterrupto, apenas repetem o que dizem as  mesmas agências de notícias dos países envolvidos com a ação militar da  Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN.
Há uma grande rede de notícias do mundo árabe, Al Jazeera,  que até esse momento, vinha sendo o fiel da balança, o grande  “intérprete” do mundo árabe (e em alguns casos, do contexto islâmico)  para o mundo ocidental. Até que o país “alvo” fosse um inimigo do  príncipe do Qatar, dono da rede Al Jazeera e… membro da OTAN! Restam  apenas duas com coberturas feitas in loco: a RT, da Rússia, e a TeleSur,  latinoamericana. As duas, dando um show de cobertura desde o início dos  conflitos na Líbia, mas silenciadas por seus tamanhos diminutos, em  relação à outras redes, ou mesmo pela acusação de “cúmplices” de Gaddafi  (ou seja, não está do lado de Obama, Sarkozy ou Cameron, está contra).  Nessa guerra midiática onde a maioria serve a interesses políticos e  econômicos, um pouco de inglês e o acesso à internet, permitem a  comunicação direta com as fontes, sem intermediários.
Um desses amigos é esse na foto acima. Mohanned Magam, em foto tirada  na cobertura do Hotel que sediava a imprensa, em Tripoli, com a praça  em frente tomada pelo povo e suas bandeiras verdes. Um estudante de  ciência política da Universidade de Trípoli, que pegou em armas para  defender sua cidade e morreu, não vítima de um combate direto com os  ditos “rebeldes”, mas por via aérea, atingido por um míssel da OTAN, que  matou também vários amigos que estavam próximos a ele.
Depois de passar meses conversando com esse garoto, de 23 anos, um  líder estudantil, empolgado com a esperança, aliás, com a certeza na  vitória de seu país, contra o que ele chamou de “conspiração”, ou uma  “tentativa de manchar a imagem” da vida que tinham por lá, foi  inevitável uma crise de lágrimas quando soube de sua morte. Meu irmão  mais novo tem a idade dele e sua única preocupação é tocar bateria em  sua banda de rock.
Demorei a acreditar que era verdade. Tive que perguntar, no Facebook,  a vários de seus amigos e obter uma confirmação de um que falou com sua  mãe, por telefone, semanas depois. Olho para essa foto e penso em como  estamos vivendo em um mundo estúpido…
É inacreditável que homens como Obama ou Sarkozy durmam tranquilos em  seus travesseiros com tantas mortes sob sua responsabilidade. É  inacreditável que o planeta inteiro ainda aceite os mesmos argumentos  usados na guerra do Iraque e assista pela TV, impassível, ao genocídio  que acontece na Líbia há meses. ( Os grifos em verde negritado são do ContrapontoPIG)
Bush configurou-se em Obama, personagens  diferentes, para países diferentes, mas uma mesma história de morte e  apropriação de recursos que alimentam sistemas financeiros falidos e  retroalimentam a indústria bélica – eterna salvadora do modelo  capitalista – agora com a nossa audiência globalizada, em horário nobre.  Há muitos níveis de omissão e conivência com o que acontece agora na  Líbia. Como sempre, precisamos que ataquem nosso quintal para sermos  capazes de nos importar.
E lendo o que escrevi acima, vejo o quanto é difícil usar uma  linguagem “jornalística” ou “racional” para descrever tudo isso. Mas  aceitei esse desafio de um amigo “do exílio”, de tentar pelo menos  blogar os relatos que recebo, talvez como forma de acompanharmos mais de  “perto” as transformações, agora inevitáveis, a que o povo líbio está  submetido, e que definitivamente NÃO estamos assistindo pela TV. Aliás,  parte da minha indignação, de cidadãos líbios e de profissionais de  imprensa independentes, tem sido a observação da atitude submissa e  conivente de colegas que em nome da preservação de seus empregos,  incorporaram o discurso geral. Mas isso caberia em um livro, talvez. Um  case e tanto.
Por outro lado, percebo o quanto é surreal que a informação neste  mundo globalizado nos permita vermos um filme em nosso sofá, sabendo que  alguém do outro lado, passa a noite em claro em meio a bombas de  verdade. E, sim, eu sei que Gaza já vive isso há décadas, hostilizada  quase que diariamente por soldados das forças especiais israelenses. Mas  a Líbia não vivia uma guerra, não vivia uma ameaça mínima que fosse, o  povo sequer contava com uma, viviam no país reconhecido pela ONU em 2007  como o maior IDH de seu continente, reconhecido como “um dos maiores  combatentes do terrorismo”, um lugar sem impostos, aluguéis, com TODO o  aparelho de estado público e gratuito, com água abundante no meio do  deserto do Sahara, de maioria islâmica (sem embates religiosos, como  acontece em outros países do mundo árabe) e bem, creio que já é possível  perceber que essa história de “povo querendo ser salvo de um ditador  sanguinário” já demonstrou ser uma das maiores furadas da história  contemporânea. Um engodo, que grande parte do mundo comprou e que  resultou em um país arrasado e agora alvo de uma disputa de butim.  Jihadistas, membros da Al Qaeda (irônicamente alçados à “parceiros” dos  países da coalizão), mercenários, líbios opositores, tropas britânicas e  do Qatar e, claro, Sarkozy e Obama que já sabem qual será sua cota na  partilha.
Hoje falei com a viúva inconsolável de um dos amigos mortos na Líbia.  Um bem humorado professor universitário, orientador de mestrados na  área de pesquisas em biologia – que há poucos meses me dizia pelo Skype  que tentava ajudar seu governo a combater uma ainda improvável invasão  estrangeira, enquanto preparava provas para seus alunos, imaginando como  a maioria dos líbios, que tudo não passaria de negociações  diplomáticas. Médico veterinário e biólogo, passou cerca de oito anos se  especializando no Brasil, na USP e na UnB, entre os anos 80 e 90. Amava  o Brasil e aqui fez amigos, como eu e muitos outros. Eu sequer sabia o  que dizer para ela, me limitei a ouvir seu desabafo.
De Trípoli, ela informou que nada voltou ao normal. Pelo contrário, o  caos está por todos os lados. Não há previsão de retorno às aulas, não  há comida, remédios, sobra medo..
O “novo governo” que se anuncia pelos meios de comunicação num embate  midiático constante com membros do governo Gaddafi (e o próprio) – que  também não deixam de ocupar espaços na mídia local e do mundo árabe –  mantém controle de alguns bairros com neuróticos sentinelas que atiram  em tudo que vêem auxiliados por bombardeios constantes da OTAN que  “abrem” caminho para as milícias, numa ação coordenada inédita na  história humana. Há também muita tensão com corajosos soldados do  exército líbio que teimam em seguir na resistência mesmo sem as ordens  de seus comandantes.
Minha amiga sequer sai de casa há meses. Sem o marido, tenta proteger  os dois filhos, ainda menores de 14 anos. Não há esperança, apenas  apreensão. Quando ele ainda estava vivo, depois de iniciada a invasão  estrangeira de fato, sua família se limitou a permanecer por semanas  totalmente incomunicável, em silêncio, em seu apartamento, esperando que  não fossem atingidos pela artilharia antiaérea dos “rebeldes” que  miravam aleatoriamente nos prédios residenciais de Trípoli.
Depois de sua morte e de passar alguns dias tentando sepultar o  companheiro, numa capital mergulhada em guerra civil, só lhe restou  manter-se no apartamento escondida com seus filhos e apenas esperar que  novos ventos tragam a tranquilidade necessária para realizar as  cerimônias islâmicas de despedida do seu ente querido ou simplesmente,  tocar a vida em frente.
Soldados do CNT (o autoproclamado “Conselho Nacional de Transição”)  que rondam Tripoli, em sua maioria, não são líbios mas mercenários  contratados pela OTAN, Qatarianos e soldados das forças especiais  britânicas. Existe uma dificuldade na comunicação piorada com a tensão  constante. Grande parte dos milicianos, segundo ela, apesar de falarem  árabe, não são nativos (como se fossem os portugueses de Portugal, para  nós) por isso muitas discussões acabam em morte. É uma fórmula trágica  fácil de imaginar. Eles mantem guarda nas ruas, para evitar que algum  cidadão se “indisponha” com o “novo” regime que estão implantando.  Qualquer resistência termina em bate-boca e agressões que chegam à morte  com facilidade num país em guerra e sem qualquer policiamento ou  estrutura de segurança em funcionamento.
Ela relatou ainda que milicianos do CNT tentam identificar  ex-funcionários do governo anterior para interrogatórios e execuções  sumárias. Tudo isso, com o silêncio das “Nações Unidas”. Aliás, com a  garantia de assento no Conselho de Segurança da ONU para os assassinos!
Nesse momento a maioria da população deseja apenas que a guerra acabe  logo, seja com quem for. Não aguentam mais a pressão. Querem suas vidas  de volta. Ao mesmo tempo, parte da população silenciada durante o dia,  impedida de hastear suas bandeiras, forma redes de denúncia na internet  (a maioria em língua árabe) e grupos de resistência noturna para sabotar  as milícias do CNT.
Que povo é esse que resiste há meses à tão “esperada salvação”? É  impressionante o discurso construído para legitimar o genocídio das  forças estrangeiras sobre a Líbia! O único resultado visível da “ação  humanitária” da OTAN nesse país africano, são corpos espalhados pelas  ruas, hospitais em colapso e um medo incessante. Uma GUERRA incessante…  como podemos acreditar numa “liberdade” há tanto tempo sonhada com as  imagens espalhadas na internet de violência, desespero, tragédia,  diariamente?
Há alguns anos acompanhava a guerra no Líbano pela TV, com um amigo  libanês que falava da sua impotência em ver tudo de longe sem poder  fazer nada. Agora entendo o que é isso.
Uma única decisão mudaria o curso dessa história: cessar o  investimento na morte. Somália, Etiópia, Haiti, poderiam ser alimentados  por anos com o que estão investindo para destruir a Libya! Mas esse,  aqui no mundo real, não é o objetivo dos senhores da guerra.
Quando estive na Tunísia, fronteira com a Líbia, falei pela última  vez com Mohhaned pelo Skype, avisando que pretendíamos chegar logo a  Trípoli e que poderíamos conversar pessoalmente. A OTAN tinha iniciado o  bombardeio dos postos de fronteira, o início ao cerco, mas nós não  tínhamos ainda a dimensão do que estava por vir. Quando comentei que era  chato aquele “atraso”, ele me respondeu com um smile ao final,  “don´t worry, you will pass the border soon”. Tenho certeza agora de  que nós atravessamos, cada um à sua maneira, essa fronteira.

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