NÃO É SAUDOSISMO...

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NÃO É SAUDOSISMO...

... APESAR DE TER PASSADO, EM MINHA EXISTÊNCIA, PELOS MOVIMENTOS O PETRÓLEO É NOSSO E O NEFASTO PERÍODO DITATORIAL. SEMPRE APRENDI QUE ONDE HÁ FUMAÇA HÁ FOGO E NA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS SE APLICA MUITO BEM ESSE ADÁGIO POPULAR. LONGE DE SER ANTIAMERICANO E XENÓFOBO, ANALISO BEM ANTES DE EMITIR QUALQUER
OPINIÃO OU PENSAMENTO. TENHO RECEBIDO MUITOS LINKS E E-MAILS TRATANDO DO ASSUNTO INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA E JÁ POSTEI EM OUTRO BLOG, ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE O ASSUNTO. POR FORÇA DA MINHA PROFISSÃO - ANALISTA DE SISTEMAS - FUI PESQUISAR NA REDE O QUE HAVIA SOBRE O ASSUNTO. DEPAREI-ME COM APROXIMADAMENTE 23.300 LINKS. SE CONSIDERAR-MOS QUE PODEM HAVER 50% DE REPIQUES, AINDA SOBRAM AINDA 11.500 OPINIÕES. SE CONSIDERARMOS
50% PARA PRÓ E 50% PARA CONTRA, ENCONTRAREMOS 5.750 QUE SÃO CONTRA A INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA. VAMOS COMBINAR QUE SÓ 10% SEJAM POSIÇÕES BEM FUNDAMENTADAS E QUE POSSAM SER COMPROVADAS, SOBRAM 575 ARTIGOS QUE MANDAM EMBORA OS YANKEES( NÃO PODEM SER CHAMADOS ESTADOUNIDENSES, POIS OS MEXICANOS E BRASILEIROS TAMBÉM O PODEM SER - NORTEAMERICANOS TAMBÉM NÃO, POIS MEXICANOS E CANADENSES TAMBÉM O SÃO) - NÃO PEJORATIVO. VOU EM BUSCA DOS 575 ARTIGOS COERENTES.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Malditos comunistas! III -E agora, como explicar as críticas incoerentes a Cuba?

sexta-feira, 11 de novembro de 2011


E agora, como explicar as críticas incoerentes a Cuba?

Confira como a realidade de Cuba é bem diferente da que desejam seus críticos, que se guiam pela ideologia, e não pelos fatos 

Ignorando fatos concretos, os críticos de Cuba alardeiam que a ilha vive na miséria. Mas o país tem elevado Índice de Desenvolvimento Humano e excelentes indicadores sociais.

Cuba é um país inviável, no qual a população vive na miséria e passa fome. As cidades cubanas estão caindo aos pedaços, está tudo sucateado. Enfim, tudo em Cuba é ruim e o país é o mais claro exemplo do fracasso do socialismo.

Essa é a imagem de Cuba passada aos brasileiros por jornalistas, articulistas e curiosos que se baseiam em suas convicções ideológicas – principalmente --, em fontes internas e externas contrárias ao governo cubano e ao sistema socialista (sempre ouvidas) e em rápidas e superficiais viagens ao país.
Mas então é preciso que esses analistas, que gostam tanto de números, expliquem como é que Cuba está em 51º lugar, entre 187 países, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU. E como pode ser considerada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) uma nação de “desenvolvimento humano elevado”.

Não é muito coerente que os cubanos vivam na miséria e esfomeados, como se diz, e o país tenha elevado Índice de Desenvolvimento Humano, obtido a partir de indicadores nas áreas de saúde, educação e renda. E esteja entre os 51 países com o maior índice, dos 187.

O mais alto IDH é o da Noruega (0,943), seguido de Austrália, Holanda, Estados Unidos e Nova Zelândia. O primeiro grupo, de 47 países com “desenvolvimento humano muito elevado” termina com Argentina, Croácia e Barbados, esse com índice 0,793. O da Argentina é 0,797. Nesse grupo, só tem outro país latino-americano, o Chile, em 44º lugar com 0,805.

Entre os primeiros países de “desenvolvimento elevado”, estão o Uruguai (em 48º com 0,783) e Cuba, em 51º e índice de 0,776. Nesse grupo de 46 nações estão mais os seguintes latino-americanos: México (57º), Panamá (58º), Costa Rica (69º), Venezuela (73º), Peru (80º), Equador (83º), Brasil (84º) e Colômbia (87º). Os demais estão entre os que têm médio desenvolvimento humano, com exceção do Haiti, que tem baixo IDH.

O que coloca Cuba em 51º lugar e no segundo grupo é o baixo rendimento bruto per capita de sua população, que, ao contrário do que pensam ou querem que pensemos os analistas neoliberais, não significa necessariamente uma qualidade de vida muito menor. Em Cuba a renda é mesmo muito baixa, quase a metade da brasileira, mas com pouca diferença entre o mais baixo e o mais alto rendimento. Há um sistema de subsídios -- que está sendo revisto, mas com compensações -- à alimentação, ao transporte e à cultura, e a saúde e a educação são gratuitas em todos os níveis, do curativo à quimioterapia, da creche ao doutorado.

O “IDH de não rendimento” de Cuba (ou seja, o IDH sem o indicador de renda) é de 0,904, o que coloca o país em 25º lugar, ultrapassando 26 países que tem o IDH maior por causa da renda. O maior IDH de não rendimento é o da Austrália (0,975), seguido de Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Holanda e Canadá. Os Estados Unidos estão em 13º lugar (0,931). Cuba está na frente, dentre outros, do Reino Unido, da Grécia, de Portugal, de Israel e dos riquíssimos Emirados Árabes Unidos, Brunei e Qatar, sendo que esse último que tem rendimento bruto per capita 20 vezes maior do que a de Cuba.

Os números do PNUD mostram que não há muita diferença entre os indicadores sociais dos países com mais alto IDH e os de Cuba. Ou seja, o baixo rendimento per capita tem baixa influência sobre a educação e a saúde dos cubanos.

Basta comparar alguns índices:


País              Esperança de vida         Anos de escolaridade              Escolaridade esperada
Noruega                     81,1                                  12,6                                                17,3
Austrália                     81,9                                  12,0                                                18,0
Holanda                     80,7                                   11,6                                                16,8
EUA                           78,5                                   12,4                                                16,0
N.Zelândia                 80,7                                   12,5                                                18,0
Canadá                      81,2                                   12,1                                                16,0
Cuba                          79,1                                    9,9                                                 17,5

A título de curiosidade, uma comparação entre Argentina, Uruguai, Venezuela e Brasil:

Argentina                  75,9                                     9,3                                                 15,8
Uruguai                     77,0                                     8,5                                                 15,5
Venezuela                74,4                                     7,6                                                   14,2
Brasil 73,5 7,2 13,8

Um indicador bem revelador é o índice de mortalidade infantil da Organização Mundial de Saúde, com base em crianças de menos de um ano de idade mortas entre mil. Dos países citados -- os de melhor IDH, de alta renda e alguns sul-americanos --, a classificação é a seguinte:

Noruega: 2,8
Holanda: 3,6
Austrália: 4,1
Coreia do Sul: 4,2
Cuba: 4,6
Nova Zelândia: 4,8
Canadá: 5,2
Brunei: 5,8
Emirados Árabes Unidos: 6,1
Estados Unidos: 6,5
Qatar: 6,7
Chile: 7,7
Uruguai: 9,2
Argentina: 12,3
Venezuela: 13,7
Brasil: 17,3.


Pode-se gostar ou não gostar do sistema social que vigora em Cuba há 52 anos, pode-se considerar que Raúl e Fidel Castro fazem as coisas certas ou as coisas erradas. Cuba tem enormes problemas econômicos, sociais e políticos e há muita coisa que precisa e pode ser mudada. A população tem enormes carências, reconhecidas pelo governo cubano. Mas não há o caos que se pinta e a fome que se alardeia, nem é o país à falência que desejam seus críticos que se guiam pela ideologia, e não pelos fatos.

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