Rússia publicou sua resposta sobre DAM
23.11.2011, 21:38
A declaração do presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, expondo as medidas que a Rússia tomará por motivo da construção do sistema DAM dos EUA e OTAN na Europa coloca este problema em nova dimensão. Agora os países membros da Aliança do Atlântico Norte serão obrigados a considerar diretamente as possibilidades militares que Moscou tem. Trata-se, em particular, da introdução de estação de radar do sistema de advertência sobre ataque balístico na composição de combate em Kaliningrado e equipamento de novos mísseis balísticos estratégicos russos com complexos promissores de superação da DAM e novos blocos militares de alta eficácia. Na qualidade de medidas ulteriores examina-se a possibilidade de instalar na região de Kaliningrado o complexo de mísseis Iskander que garante a destruição do componente europeu da DAM dos EUA. E apesar de o presidente Medvedev ter salientado em sua declaração aos cidadãos da Rússia que o diálogo com os EUA e a Aliança do Atlântico Norte no campo da DAM continuará – os passos enumerados por ele têm um caráter rígido sem precedentes para as relações mútuas da Rússia e Ocidente nos últimos vinte anos. Dá sequência ao tema nosso observador Piotr Iskenderov.
A Rússia apresentou uma série de iniciativas – desde a resenha conjunta das ameaças balísticas existentes e a criação de sistema setorial da DAM até a formação de sistema global único, capaz de defender todo o planeta de mísseis e diferentes ameaça do cosmos.
Entretanto todas as iniciativas da Rússia chocaram-se com uma reação gentil, mas inalteravelmente negativas dos EUA e OTAN. Em palavras prometeram à Rússia que o sistema criado não está voltado contra ela – mas se recusaram categoricamente a dar garantias jurídicas disto. Mais do que isso, Washington concluiu uma série de novos acordos com seus parceiros europeus. Eles preveem a instalação de elementos móveis do sistema DAM de nova geração em amplo espaço da Polônia à Romênia e Turquia, e também em navios de guerra americanos no mar Mediterrâneo. Isto em todo o perímetro oeste e sudoeste das fronteiras russas,lembrou em entrevista à Voz da Rússia o diretor do centro russo de pesquisas sócio-políticas, Vladimir Evseev
Eu considero que a Rússia deve criar seu sistema nacional de defesa antimíssil. Pois o Ocidente evidentemente não aceitará dar garantir jurídicas. E sem garantias de que o sistema DAM não está voltado contra a Rússia, realmente é muito difícil falar de interação real. No entanto o processo de conversações deve continuar, para buscar novas possíveis soluções – inclusive no plano da troca de informações operacionais e verídicas, muito importante do ponto de vista da pratica militar.
E o dirigente do centro de pesquisas sócio-políticas russo, Fiodor Chelov-Kovediaev vê na situação criada em torno da DAM um aspecto militar-tecnológico importante – sobre o qual ele falou aos ouvintes da Voz da Rússia.
Eu considero que se trata de companhias americanas que se dedicam à elaboração de tecnologias militares e armamentos em geral que avaliam a DAM como nova etapa de desenvolvimento de tecnologias militares e obtenção de novos recursos financeiros para elaborações tecnológicas. E estes recursos podem ser obtidos apenas do orçamento americano – como aconteceu na época das famosas guerras nas estrelas do presidente Ronald Reagan. Assim que nos lançaram um desafio muito mais sério do que propriamente a possível ameaça militar – um desafio tecnológico. Eu avalio a declaração do presidente Medvedev sobre a DAM justamente neste ângulo. Eu considero que ele quer estimular a indústria russa a elaboração e produção mais intensivas de novas tecnologias inovadoras, que possibilitariam à Rú ssia tornar-se mais moderna e em pleno sentido da palavra uma potência moderna e competitiva no mercado das tecnologias.
Anunciando as medidas militares em resposta, na Rússia ao mesmo tempo exortam a não aumentar as paixões. Segundo o representante permanente russo junto à Aliança do Atlântico Norte, Dmitri Rogozin, o presidente Medvedev encarregou os participantes das conversações a continuar as consultas com os EUA sobre a DAM até que Washington não ultrapasse o ponto sem retorno. Sendo que a Rússia, segundo Rogozin, não admitirá nova corrida armamentista.
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